MÉTODOS PEDAGÓGICOS DE ENSINO DE MODALIDADES COLETIVAS
Por: Juliana2017 • 12/11/2018 • 3.292 Palavras (14 Páginas) • 384 Visualizações
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Esportivos Coletivos.
2.2 O MÉTODO TRADICIONAL TECNISISTA DE ENSINO
Neste método construído sobre as bases do treinamento desportivo, os professores focalizam seu trabalho no ensino de técnicas desportivas individuais e sistemas de jogos coletivos, em geral usando modelos que repetem e imitam os modelos de treinamento dos adultos com certas adaptações para as crianças.
2.3 O MÉTODO DA SÉRIE DE JOGOS
Este método foi idealizado e proposto na década de 80 pelos professores alemães Heinz Alberti e Ludwig Rothenberg. Os objetivos principais do aprendizado dos jogos são: 1) o aperfeiçoamento da técnica motora; 2) o domínio do material do jogo e 3) o ensino do comportamento tático. O princípio fundamental é que os jogos devem ser desenvolvidos sempre dos mais simples para os mais complexos e garantir uma intensidade máxima de prazer e participação.
2.4 O MÉTODO DOS JOGOS DESPORTIVOS MODIFICADOS
Esta abordagem oferece oportunidades reais para as crianças desenvolverem seus próprios jogos, envolvendo-se, desta maneira, em seu próprio aprendizado. Compartilham idéias, trabalham de maneira cooperativa e descobrem naturalmente porque as regras são importantes e seus propósitos. Os jogos são denominados modificados por apresentarem uma forma diluída do jogo principal. Eles podem ser competitivos ou cooperativos e são recomendados em qualquer nível de escolaridade (POZZOBON 2001).
2.5 O MÉTODO DO PROFESSOR CLAUDE BAYER
O método proposto por Bayer (1986) é composto por três elementos: 1) valorização dos jogos espontaneamente praticados pelas crianças podendo ser modificados por elas; 2) adequação à etapa de desenvolvimento das crianças objetivando a formação de um aluno inteligente, capaz de atuar por si e 3) valorização dos elementos perceptivos da própria conduta e sua reflexão tática, sendo conveniente eliminar o aprendizado extremamente mecânico que desenvolve comportamentos muito automatizados. Para isso, o professor deve facilitar propor condições de execuções variáveis, alternadas com períodos de fixação mais curtos e menos repetitivos.
2.6 O MÉTODO SITUACIONAL
No processo de iniciação desportiva universal adotada por Greco (1998) destaca-se o caminho que se faz da aprendizagem motora ao treinamento técnico e que consiste, basicamente, em desenvolver a competência para solucionar problemas motores específicos do esporte através do desenvolvimento das capacidades coordenativas e técnico-motoras.
Os objetivos deste tipo de treinamento são: a) Formação de automatismos flexíveis de movimentos ideais conforme modelos; b) Otimização dos programas motores generalizados; c) Aprimoramento da capacidade de variação, combinação e adaptação do comportamento motor na execução da técnica na situação de competição. Este método procura incorporar o desenvolvimento paralelo de processos cognitivos inerentes à compreensão das táticas do jogo e se compõem de jogadas básicas extraídas de situações padrões de jogo, aspecto este que, segundo o autor, é a grande vantagem deste método.
2.7 O MÉTODO CRÍTICO SUPERADOR
Descrito na obra “Metodologia do Ensino de EF” elaborada por um Coletivo de Autores em 1992, considera que o ensino dos esportes deve possuir princípios metodológicos da lógica dialética, e apresentados de forma organizada e sistematizados. São princípios do ensino: a relevância, a contemporaneidade, a adequação às possibilidades sóciocognoscitivas do aluno e a provisoriedade do conhecimento. No Método Crítico Superador os conteúdos constituem referências
que vão se ampliando no pensamento do aluno de forma espiralada, desde o momento da constatação dos dados da realidade, até sua interpretação, compreensão e explicação.
2.8 O MÉTODO CRÍTICO EMANCIPATÓRIO
Na concepção Crítico Emancipatória, o esporte não deve ser ensinado pelo simples desenvolvimento de técnicas e táticas, mas praticado e estudado. O ensino deve fomentar a capacitação dos alunos para um agir solidário, segundo os princípios da co-determinação, autodeterminação e da autorreflexão, através da interação aluno-aluno, aluno-professor e professor-aluno.
5 CONCLUSÃO
Não há, declaradamente, uma preocupação com o entendimento que os Esportes Coletivos se caracterizam pela integração entre companheiros de time e adversários marcado sempre pela imprevisibilidade das ações no momento do jogo, ou seja, não analisam os Esportes Coletivos diretamente por este ponto para o qual, no momento do jogo, exigirá uma estratégia de jogo fundamentada na técnica e tática ensinada nos treinos. Pensar a estratégia de jogo impõe conhecer teoricamente a equipe que será enfrentada. Portanto os treinamentos deveriam ter características peculiares da realidade do jogo.
Neste sentido, professores e/ou técnicos poderiam se utilizar de métodos marcados pela aproximação das características básicas do jogo, que são defendidos pelos autores Bayer (1994); Bunker; Thorpe (1982); Garganta (1998); Graça; Mesquita (2007); Greco (1998, 2001, 2002, 2012); Greco; Benda (1998); Griffin (2006); Mesquita; Pereira; Graça (2009); Mitchell; Oslin; Kroguer; Roth (2002); Rink (1993). Esses métodos são denominados de: Jogos Táticos, Modelo Pendular, Ensino de Jogos para a Compreensão, Método Desenvolvimentista, Educação Desportiva, Jogos Condicionados e Jogos Situacionais ou Escola da Bola.
Tais métodos são aplicados e representados em diversas partes do mundo. Todos eles por questões teóricas possuem diferenciações e organizações temporais diferentes, mas existe uma variável que permeia todos: que é o entendimento de que o conhecimento é algo complexo e que assim deve ser vivenciado pelo aluno e/ou atleta. Ou seja, sob esse prisma não deve haver fragmentação do processo, o conhecimento deve ser apreendido o mais próximo daquilo que é o real, de sua aplicabilidade.
Ficou evidente que os sujeitos entrevistados se utilizam de um método de ensino, porém, não sabem nomeá-lo e a maioria desconhece as possibilidades de métodos que existem. Nota-se que se utiliza de uma interatividade de métodos mesmo desconhecendo as definições conceituais dos mesmos.
Um segundo ponto de reflexão é o apontamento da pesquisa para a não utilização por parte dos sujeitos entrevistados de novas abordagens de
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