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A Prática e Ginástica Coletiva em Alunos do Ensino Médio

Por:   •  11/7/2018  •  10.130 Palavras (41 Páginas)  •  340 Visualizações

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INTRODUÇÃO

A Ginástica enquanto conteúdo de Educação Física tem por si só um vasto leque de possibilidades de trabalho dentro de suas divisões – Ginástica Artística, Rítmica, de Trampolim, de Academia, entre outras variações – e resulta em uma ótima opção para professores e alunos.

Entretanto, mesmo com propostas e métodos facilitadores do planejamento e trabalho, o que se percebe na realidade atual é um alto índice de professores que não utilizam este conteúdo – bem como qualquer outro além de futebol – em suas aulas e, paralelamente a isso, um crescente número de jovens adolescentes buscando práticas alternativas fora da escola, mas que podem ser abordadas na Educação Física.

Além do eixo esportivo, o interesse pela vertente da Ginástica de Academia torna-se evidente quando, além do interesse natural pelo novo, fatores estéticos são fundamentais para os indivíduos de quinze a dezessete anos, que deixa a prática da Educação Física escolar de lado por, muitas vezes, não ter seus anseios supridos com a mesma.

Por meio de pesquisa de campo com alunos do Ensino Médio da cidade de Itararé-SP, através de questionário, observações e conversas, o presente trabalho tem como objetivos:

- Geral:

- Verificar o interesse dos alunos do Ensino Médio pelas ginásticas;

- Específicos:

- Apontar os motivos pelos quais os alunos procuram práticas fora da escola;

- Realizar pesquisa com alunos sobre as práticas que preferem nas aulas de Educação Física e fora delas;

Questiona-se a possibilidade de professores já desestimulados pelo tempo de profissão e sem novas perspectivas serem um fator de causa deste quadro, por falta de interesse ou chances de atualização profissional, acabando por parar no tempo.

A pesquisa também foca, na questão das atividades externas à escola, o que estas têm como atrativo para este público e quais os objetivos dos praticantes. A Ginástica de Academia pode ser uma alternativa de encontro entre os objetivos de um bom planejamento, prática prazerosa e motivação.

Espera-se, com isso, contribuir para uma reflexão quanto à escolha de conteúdos e métodos, sobre o que os alunos esperam e o que necessitam, aliando perfeitamente a Ginástica e seus interesses à Educação Física que tanto precisam.

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- GINÁSTICA: DAS ORIGENS À ATUALIDADE

Pode-se observar que a origem da Ginástica, segundo Gaio (2006) se mescla à da Educação Física, sendo registrada desde tempos antigos em modalidades competitivas e não competitivas englobadas, envolvendo força, flexibilidade e coordenação motora para fins de aperfeiçoamento físico e mental.

Para que esse aperfeiçoamento seja bem aproveitado, Batista (2006, p. 58) diz que “necessitamos compreender o que é esta Ginástica. Para compreendê-la, como parte integrante e fundamental da Educação Física, é necessário falarmos um pouco de sua história e alguns conceitos que fundamentam esse fenômeno.”

Marinho (apud BATISTA. 2006, p. 58) conta que na antiguidade a ginástica, antes de ser sistematizada era compreendida como expressão da cultura.

Pelo período histórico, a atividade física já pode ser vista em época pré-civilizacional, quando o homem primitivo era apenas inserido no meio ambiente, como lembra Saba (2001) “da atividade física espontânea e ocasional, aproximando-se da atividade corporal de um animal selvagem”.

Tendo esta idéia em mente, imagina-se que esta atividade física podendo ser expressada com a necessidade ataque, defesa e caça.

Mas, à partir da evolução natural humana, Saba (2001) salienta que surgem as atividades lúdicas, mais rudimentares, como algo que se aproxima das atividades físicas intencionais, já com regras pré-estabelecidas.

Saba (2001) ainda diz que “principalmente à partir do período peleolítico, registra-se um sentimento de competição justa, assemelhado ao fair play das competições esportivas atuais”. O autor ainda cita o aparecimento das danças e rituais de culto às divindades, uniões sociais na chuva, escassez, abundância e guerra, esta última gerando o aparecimento de um tipo de treinamento rudimentar para os jovens guerreiros, com sistematização ainda muito simples.

A este mesmo homem primitivo, diz Saba (2001), se credita a criação “do que evoluiria para atividades lúdicas e gerreiras sistematizadas, que, no decorrer da História, ocupariam um papel de destaque na motivação do movimento corporal humano”.

Pela antiguidade mais tradicional, os gregos tiveram papel importante no desenvolvimento da atividade física sistematizada, pois

Tendo inaugurado muitas das instituições da civilização ocidental, a civilização helênica – que compreendia a Grécia Continental, as ilhas do mar Egeu e as colônias ultramarinas da península itálica e da Ásia Menor – é o berço dos fundamentos de qualquer ramo do conhecimento ocidental, incluindo o do exercício físico. (SABA. 2001, p. 10)

Saba (2001) diz ainda que o estilo grego fez com que emergisse a busca pelo corpo e pela mente saudáveis, sendo a atividade física ferramenta para a busca do ideal da beleza física do ser humano, sendo que, não era suficiente que o homem tivesse conhecimento das artes, política e ciência, fosse para realização própria, culto aos deuses ou aceitação na sociedade, o homem grego fazia da atividade física parte do seu cotidiano.

Sendo a vertente ateniense do modelo organizacional grego, prezando a democracia e as artes, com os direitos de cada cidadão e a liberdade, havia um modelo conflitante, representado por Esparta, como afirma Saba (2001) ao dizer que “esparta foi a polis da oligarquia e do militarismo, centrada no dever de cada indivíduo para com a cidade-estado”.

Explicando essas diferenças, Saba (2001) salienta que, com estes conceitos tão diferentes, toda a sociedade helênica seguia um padrão ou o outro: o de Esparta, onde a atividade física desenvolveu-se unicamente com propósito militarista, focado no interesse coletivo, com as atividades

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