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PEDAGOGIA DAS MODALIDADES COLETIVAS E ABORDAGENS DE ENSINO DA EDUCAÇÃO FÍSICA

Por:   •  18/11/2018  •  4.353 Palavras (18 Páginas)  •  409 Visualizações

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2.1 MÉTODOS PEDAGÓGICOS DE ENSINO DE MODALIDADES COLETIVAS

No Brasil, em torno dos anos 50 que os conteúdos esportivos começaram a ser trabalhados nas escolas, mas foi a partir dos anos 60 que ela passou a ser quase que unicamente trabalhada nas aulas de Educação Física, porém a adoção de ensino era através do Método Tecnicista, ou seja, o objetivo era somente desenvolver as técnicas e táticas desportivas, empregando repetições de gestos pré-estabelecidos, levando muitas vezes até a exaustão dos alunos. Contudo, nos dias atuais, apesar de a formação do profissional de Educação Física ter mudado consideravelmente, o método empregado dentro da sala de aula pelo professor continua sendo através do Método Tecnicista/Tradicionalista.

As abordagens e métodos pedagógicos da Educação Física visam à implantação do domínio do pensamento pedagógico e científico da área, por meio de discussões do melhor caminho, porém a maioria das abordagens questiona a eficiência técnica e o rendimento esportivo, evidenciados na abordagem tradicionalista.

Diante desse problema, nossa preocupação se faz presente tanto durante os estágios em que estamos realizando, quanto na futura profissão de professor de Educação Física e isso nos motiva a estudar e analisar o assunto, pois a literatura a partir dos anos 80 começou a possibilitar uma gama de métodos para o ensino de modalidades coletivas. Não se pode pensar em abordagens e métodos pedagógicos de ensino das modalidades coletivas somente como ensino e aprendizado para os futuros atletas, mas deve abranger todos os alunos.

2.1.1 1ª Parte – Produção de Texto

Para Bayer, as modalidades esportivas coletivas podem ser agrupadas em uma única categoria porque todas possuem seis invariantes, que são uma bola, um espaço de jogo, parceiros com quem jogar, adversários, alvo a atacar e defender e regras específicas, essas invariantes que tornam possível o jogo coletivo. Bayer defende para essa abordagem seis princípios, três de ataque e três de defesa, os princípios de ataque são conservação individual e coletiva da bola, progressão da equipe e da bola em direção ao alvo adversário e finalização da jogada, visa à marcação do ponto, já os princípios operacionais de defesa são recuperar a bola, impedir o avanço da equipe contraria e da bola em direção ao próprio alvo e proteção do alvo e tem como objetivo impedir a marcação da equipe adversária. Através desses princípios o autor define as regras de ação que são os mecanismos necessários para operar os princípios citados, o autor coloca que para te sucesso em uma progressão de bola, por exemplo, necessita de algumas ações individuais e coletivas, tais como criar linha de passe, colocação individual em espaços onde a bola pode chegar e demarcação em relação aos jogadores adversários. Essa proposta de abordagem vai de encontro à abordagem tradicional, onde a técnica e o domínio de dimensão gestual era o centro das atenções. Bayer defende a ideia da tática que nada mais é do que as intenções individuais e coletivas que ocorrem dentro de um jogo que necessita de certos procedimentos técnicos, é a técnica aliada à tática, possibilitando um jogo de qualidade.

Na educação física escolar sempre teve uma tendência a enfatizar a dimensão procedimental, isso se deve a trajetória histórica, fazendo com que os professores voltem seus conteúdos para o sentido de saber fazer, deixando de lado as dimensões conceituais e atitudinal, fundamentais para a formação cidadã. Para Freire e Scaglia há três conteúdos referentes ao esporte na escola, jogos pré-desportivos que é a preparação para a aprendizagem, atividades de fundamentação do esporte, onde há aplicação de brincadeiras populares e manipulação de bola, e o esporte com bola que é os esportes coletivos convencionais e adaptados. Já Souza apresenta uma abordagem na quais três momentos são determinantes, a representação de modelo de jogo para os alunos, a consciência por parte do aprendiz da percepção da tática, a execução da habilidade no intuito de buscar os movimentos para jogar, acredita que o aluno possa valorizar o jogo quando começa a compreendê-lo. Em todos esses modelos os autores apresentam formas de desenvolver um trabalho direcionado a formação cidadã dos alunos, para Freire, não é só ensinar as habilidades que compõe as modalidades, mas também aspectos como, convivência em grupo, questionamento, discussão e a construção de regras, entrar em contato com situações desafiadoras, compreendendo as próprias ações. Darido acrescenta evidenciando a importância do componente curricular de educação física abordando as dimensões procedimentais e atitudinais como também a conceitual, onde da à oportunidade do aluno saber o porquê fazer, inter-relacionando as dimensões. Podemos observar que os autores concordam entre si que o jogo é um importante recurso pedagógico, mas que a uma grande facilidade me usar a dimensão procedimental, fácil intenção da dimensão atitudinal e dificuldade na aplicação dos conceitos havendo uma carência no procedimento didático para desenvolver esses temas.

Júlio Garganta aponta para duas competências básicas para a aprendizagem e pratica do esporte coletivo, a inteligência que é a capacidade de se adaptar as mudanças no jogo e a cooperação necessária para combinar as ações individuais com as do grupo. Essa abordagem tem a vantagem de formar alunos inteligentes, cooperativos e autônomos que utilizaram do esporte coletivo para seu lazer ao longo de sua vida. Outra vantagem dessa abordagem é a sequência dinâmica ao longo do processo, na forma tradicional, as bases para o ensino do esporte se daria nas fases cognitivo, motor e afetivo. Na visão de Garganta e Bayer, não há no ambiente escolar, uma maneira única e especifica para executar um movimento, pois para que o movimento seja técnico e perfeito necessita de grandes habilidades da parte do aluno, coisa que nem todos têm, e se partirmos para a ideia que os movimentos devem ser específicos, muitos alunos ficam à margem e sem oportunidade de jogar. Para analisar o simbolismo do esporte coletivo Bayer criou o modelo pendular que tem a intenção de mostrar que através do balanço do pendulo que os princípios operacionais na base realizam movimento menor que a extremidade onde esta os gestos técnicos, na região intermediaria encontram- se as regras de ação que são mecanismos necessários para a realização dos princípios operacionais, esse modelo tem intenção de mostrar a necessária ênfase no processo de aprendizagem iniciando nos princípios operacionais, regras de ação

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