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A METAFÍSICA DA MODERNIDADE

Por:   •  15/2/2018  •  3.703 Palavras (15 Páginas)  •  490 Visualizações

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No percurso realizado por Descartes, nota-se uma incontestável valorização de razão, do entendimento do intelecto. Acentua se no caráter absoluto e universal da razão, que, partindo do cogito, e só com suas próprias forças, descobre todas as verdades possíveis.

Uma consequência do cogito é o dualismo corpo-consciência, segundo o qual o ser humano é um ser duplo, composto de substância pensante (recordar, raciocinar, querer...)e substância extensa (possui massa, alimenta-se, digere...).

O empirismo britânico

A tendência empirista disseminou se principalmente na Grã-Bretanha. De fatos britânicos tinham fortes tradição empirista, que remontava as pesquisas realizadas na universidade de Oxford.

Francis Bacon: saber é poder

De acordo com o espírito da nova ciência moderna, Bacon aspirava a um saber instrumental que possibilitava o controle da natureza, por isso foi um crítico severo da filosofia medieval, por considerá-la desinteressada e compilativa.

Bacon inicia sua reflexão pela denúncia dos preconceitos e das noções falsas que dificultam a apreensão da realidade, aos quais chama de ídolos.

Formigas, aranhas e abelhas.

Francis Bacon criticou os que ao dedicarem-se à ciência procederam como aranhas (racionalistas) ou como formigas (empiristas), pois, segundo este, "os racionalistas, seguindo o exemplo da aranha, tecem quadros a partir da sua imaginação", ou seja, o seu conhecimento não tem qualquer fundamento real. Já em relação aos empiristas afirma "os empiristas, seguindo o exemplo da formiga, amontoam os fatos e apenas usam a experiência adquirida", nomeadamente, obtêm o conhecimento através da experiência, mas não o trabalham, ficando-se apenas pela própria experiência.

Para Bacon devíamos seguir o modelo da abelha para obter conhecimento científico, pois a abelha "colhe o suco do seu mel nas flores dos campos... Mas sabe, ao mesmo tempo, prepará-lo e digeri-lo com uma habilidade admirável", ou seja, deveríamos colher o conhecimento da experiência e trabalhá-lo com a razão de modo a podermos chegar à verdade.

John Locke: A tabula rasa

Ele negava radicalmente que existissem ideias inatas, tese defendida por Descartes. Quando se nasce, argumentava, a mente é uma página em branco (tabula rasa) que a experiência vai preenchendo. O conhecimento produz-se em duas etapas: a) a da sensação, proporcionada pelos sentidos, e b) a da reflexão, que sistematiza o resultado das sensações. Na educação, compilou uma série de preceitos sobre aprendizado e desenvolvimento, com base em sua experiência de médico e preceptor, que teve grande repercussão nas classes emergentes de seu tempo.

A origem das ideias

Locke busca conhecer de modo mais profundo as capacidades da razão humana, o que é próprio da razão e o que não é, busca conhecer melhor quais são as reais qualidades e possibilidades da nossa razão. Existem dois tipos de experiências, as externas, das quais derivam as sensações, e as internas, das quais resultam as reflexões. Nossas ideias estão em nossa mente, mas no mundo externo existe algo que tem a capacidade de produzir em nós essas ideias. Essas ideias estão vinculadas à linguagem que nasce da necessidade que os homens têm de se comunicar. A linguagem é a convenção de sinais que representam ideias que usamos acreditando que eles existem também nas outras pessoas.

David Hume: o hábito e a crença

Para o filósofo David Hume, o nosso conhecimento do mundo se dá por meio de percepções. Ele as subdivide em impressões e ideias. As primeiras, as impressões, são as percepções atuais que temos das coisas e do mundo são, portanto, fortes e mais vivas. Enquanto as ideias são fracas e menos vivas porque geralmente são cópias das impressões. De acordo com Hume, todo o nosso conhecimento é baseado em nossas experiências. Por isso, ele vai dizer que determinadas conclusões que chegamos sobre o mundo e as coisas não são fundamentadas na razão, mas no hábito.

As relações de causalidade

Causalidade, ou relação de causa e efeito, é o vínculo que correlaciona fenômenos diferentes fazendo com que alguns deles apareçam como condição da existência de outros. Na vida cotidiana, a ideia de causa está associada à da ação de alguém que cria algo. Ideia semelhante é inspirada pela observação da natureza: certos acontecimentos são considerados responsáveis pela produção de novos acontecimentos.

O Ceticismo

O posicionamento cético de David Hume apresenta-se como dissolução da pretensão da ciência de obter pela razão um conhecimento universal e necessário.

O filósofo em questão se nega a aceitar a lógica da indução como meio de ampliar o conhecimento. Para ele, é impossível afirmar racionalmente que um efeito sucederá a uma causa, uma vez que ambos são eventos diferentes que nosso hábito se acostumou a perceberem unidos.

Todo um conjunto de exemplos que queiram demonstrar uma causalidade só consegue se aplicar ao passado, não se podendo inferir nada sobre a necessidade daquilo se repetir no futuro.

A crítica à metafísica

A questão epistemológica adquiriu um interesse central no pensamento dos filósofos Descartes, Bacon, Locke e Hume, que estabeleceram métodos para investigar o alcance e limites do conhecimento humano. Por isso, houve o confronto entre as tendências opostas do racionalismo e do empirismo que levou a concepções diferentes da metafísica aceita na antiguidade e na idade média.

A Ilustração: O Século das Luzes

O século XVIII, também chamado de "Século das Luzes", foi um momento histórico em que se aprofundaram as críticas ao Antigo Regime (foi o período em que predominou o capitalismo comercial, o absolutismo, o sistema colonial e a sociedade baseada em escamentos) e em que se propuseram novas formas de organização social, política e econômica.

Kant: O Criticismo

Caracteriza-se por considerar que a análise crítica da possibilidade, da origem, do valor, das leis e dos limites do conhecimento racional. Constituem-se no ponto de partida da reflexão filosófica. Doutrina filosófica que tem como objeto

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