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Identidade e Cultura na Pós Modernidade de Stuart Hall.

Por:   •  20/2/2018  •  1.357 Palavras (6 Páginas)  •  456 Visualizações

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pelo advento da globalização. Reflexão presente nos próximos capítulos 3 “As culturas nacionais como comunidades imaginadas”, onde para o autor a identidade nacional é uma das principais fontes de identidade cultural, algo que o sujeito introjeta desde o nascimento, como se fosse de sua essência. Segundo Hall, as culturas nacionais constroem identidades na medida em que produzem sentidos sobre a “nação” com os quais nos identificamos, como por exemplo, os símbolos, a língua, tradições etc. Também segundo ele as identidade culturais parecem neutras e as critica neste ponto, sob o argumento que podem ocultar as diferenças existentes na mesma nação como gênero e etnia. Cabe satlintar que a própria trajetória do autor deu a ele experiência pratica sobre as identidades nacionais que ele discute neste capitulo através das comunidades imaginárias, culturas e símbolos

No quarto capítulo, Globalização, o autor utiliza a definição de McGrew para entender o que chamamos de globalização. Ele afirma que devido a globalização diversos deslocamentos ocorrem nas identidades culturais nacionais, originando a migração dos povos, mas ao mesmo tempo resistência e nacionalismo. E que quanto mais a vida social é permeada por esse fluxo global, mais acontecerão fluxos culturais que resultam em identidades partilhadas, sendo difícil conservar identidades culturais intactas a influencia externa.

No quinto capítulo “O global, o local e o retorno da etnia”, o autor argumenta que a globalização explora a diferenciação local, mas não a substitui, ocorre então uma nova forma de articulação entre global e local. No que concerne a essa possível homogeneização global, o autor retrata que essa globalização é distribuída desigualmente no globo e que essa dita globalização tende a ser uma globalização ocidentalizada. Ele fala também de um movimento entre tradição (recuperação da pureza das sociedades) e tradução (naçoes que aceitam que as sociedades estão sujeitas as diferenças) ambos presentes na modernidade tardia e produzindo, portanto, culturas híbridas.

No sexto capitulo “Fundamentalismo, diáspora e hibridismo”, Hall amplia a compreensão de hibridismo cultural do capitulo anterior, afirmando que as identidades culturais são movidas por mudanças, encontros e desencontros. Assim cada sujeito tem sua identidade, mas está é passível de mudança sobre influencia de outros sujeitos e suas relações sociais. Hall mostra que não temos identidades fixas, mas somos múltiplos.

A guisa de conclusão

Uma leitura instigante e reflexiva é o que define esta obra, ao longo do livro de Stuart Hall é possível compreender que não há como se falar em sujeito em sua essência, pois este é totalmente influenciado pelo meio em que vive. A sociedade influencia o sujeito, que por sua vez a influencia, demonstrando a necessidade de adaptação deste sujeito. Hall queria nos fazer entender a idéia de múltiplas identidades, das quais o sujeito se apropria em sua relação na sociedade.

Considerando que as pessoas têm identidades múltiplas, seu ponto de vista, escolhas ou partidos é mais um exemplo desta construção coletiva da identidade. O autor cita também as instituições, que vão se modificando e inevitavelmente influenciam o sujeito que dela participa, lançando o desafio de entender que o mundo está mudando.

Assim suas contribuições nos convidam a encarar “o sujeito” de uma forma não fixa, nos abrindo a visão sobre as questões culturais e identitárias, mostrando o efeito de deslocamento provocado pela globalização, que altera as identidades fixas, transformando-as em plurais e diversas, ou seja, somos constituídos por representações.

Aponta ainda a concepção de identidades hibridas como conseqüências de tais mudanças para a modernidade tardia, fomentando o debate sobre os efeitos da globalização. Neste sentido, é relevante para qualquer pesquisador das ciências sociais e humanas conhecer o conceito de híbridos culturais e saber sobre as manifestações dos sujeitos individuais e coletivos, levando a rever os conceitos sobre formas culturais e capacidade de interpretação do mundo moderno, nos levando a uma reflexão sobre a categoria “identidade”.

Referências:

HALL, Stuart. 11a ed. Rio de Janeiro: DP&A Editora, 2006.

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