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A EXPANSÃO E CRISE DO CAPITALISMO NA CONFIGURAÇÃO DA PÓS-MODERNIDADE

Por:   •  1/11/2017  •  2.007 Palavras (9 Páginas)  •  453 Visualizações

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O Serviço Social como profissão emerge na sociedade capitalista em seu estágio monopolista, contexto em que a questão social, pelo seu caráter de classe, demanda do Estado mecanismos de intervenção não apenas econô- micos, mas também políticos e sociais.

Ao realizar uma análise do Serviço Social no método de reprodução das relações sociais, devemos iniciar do ponto de partida da maneira como o assistente social se constitui na profissão, mostrando como acontece a sua inclusão na sociedade. Essa análise acontecerá a partir dos serviços, demandas e pertinências que estão situados internamente em si próprios mediante os desafios da profissão. O Serviço Social não pode ser analisado em suas próprias dimensões, precisa ultrapassar os contextos sociais de suas relações na sociedade que defende o sistema capitalista, em especial nas respostas que a sociedade e o Estado estabelecem mediante as questões sociais impostas para as diferentes classes antagônicas ao modelo capitalista e as suas revelações nas mais diversas dimensões, que compõem a sociabilidade das pessoas e que se fazem presentes na atuação profissional cotidianamente.

Para uma melhor concepção do Serviço Social como profissão inserida na sociedade capitalista, se faz necessário entender o significado de reprodução social, na teoria social de Marx, que se define como determinadas relações sociais no modelo de produção do capital. Nesse contexto, a reprodução das relações sociais é percebida como sendo a reprodução da vida social em toda a sua totalidade, e que envolve não apenas a produção e reprodução de bens materiais na sociedade, mas também a reprodução social, cultural, religiosa e política que definem a consciência social, que resulta na forma em que o ser humano se situa na coletividade social.

O Serviço Social tem um espaço na divisão sociotécnica do trabalho, é importante rever qual foi a divisão que correspondeu a uma influência das precisões do modelo de produção capitalista. Na divisão sociotécnica do trabalho, o Serviço Social foi regulamentado como profissão pela Lei nº 8.662, de 7 de junho de 1993, tendo alterações impostas pelas resoluções do Conselho Federal de Serviço Social – CFESS nº 290/94 e de nº 293/94, e delimitada pelo Código de Ética, aprovado pela resolução do CFESS n º 273/93, de 13 de março de 1993. A profissão de Serviço Social é reconhecida desde a sua origem, mas é necessário analisar a sua natureza e as formas que decorrem de sua origem e construção e analisam que o fundamento da profissão é a sua expectativa sócio-histórica. Isso garantem que a ascendência do Serviço Social no Brasil, nos anos 1930, está interligada à classe burguesa emergente, como uma tática da burguesia para disciplinar e diminuir os problemas sociais, gerados pela expansão do sistema capitalista. A origem do Serviço Social como profissão é histórica, e a sua introdução na divisão sociotécnica do trabalho está interligada e articulada com as configurações assumidas pelas lutas das classes sociais subalternas, como o grupo do poder, no enfrentamento das questões sociais, emergente do próprio sistema.

O Serviço Social contribuiu substantivamente para fortalecer o domínio e a repressão praticados pela classe dominante e pela burguesia, perante o desenvolvimento veloz da miserabilidade e da pobreza, pois foi uma profissão que nasceu para controlar a demanda gerada pelo capitalismo, nasceu do sistema capitalista. Esse domínio originou-se da intimidação à ordem social, atribuído pela burguesia à classe de trabalhadores do modelo de produção. Nesse contexto a classe dominante determina e produz algumas categorias profissionais, e o controle nas configurações da atuação e construção do exercício profissional, como, por exemplo, a atuação de uma assistente social em uma empresa privada, onde o trabalhador precisa atuar conforme os interesses do seu patrão, porém deve seguir o princípios éticos e políticos da profissão.

O Serviço Social é uma profissão que está fundamentada em um processo de transformação histórica da sociedade, e que sempre esteve amparado nos valores humanos, perante a historicidade profissional. O desenvolvimento e as transformações dos espaços ocupacionais da profissão de Serviço Social necessitam de uma análise no seu processo de transformação histórica, a partir das configurações definidas pelo sistema capitalista no processo de fortalecimento da acumulação do capital mediante panorama das crises econômicas mundiais.

Com essa historicidade cíclica surgem as novas configurações do mercado de trabalho, novos e diversificados espaços de atuação do assistente social, novas demandas, exigências, habilidades, atribuições e competências profissionais. O mercado profissional começa a exigir novas especificidades de conhecimentos acadêmicos, que no decorrer de sua atividade profissional sejam relacionados aos processos de transformações sociais, seguindo o projeto ético-político e técnico-político da profissão de Serviço Social. Assim, assistente social no Brasil é majoritariamente um funcionário público, que atua predominantemente na formulação, planejamento e execução de políticas sociais com destaque às políticas de saúde, assistência social, educação, habitação, entre outras.

A empresa privada, como foco capitalista, desde as décadas de 80 vem sofrendo um conjunto de mudanças, que são oriundas do novo modelo de acumulação do capital, necessitando assim adaptarem-se às necessidades de um mercado competidor e globalizado. Essas mudanças, que vêm ocorrendo durante quatro décadas, com aval e influência estatal, abrangem a organização do modelo de produção, nos processos internos e externos de trabalho, que é fortalecida pelo desenvolvimento de novas tecnologias de produção ligadas a novas formas organizacionais. Os trabalhadores são conduzidos a novas condições de inclusão no mercado de trabalho e sendo através de requisitos que contrapõem aos instrumentos de proteção social.

A discussão da atuação profissional do assistente social nas organizações da classe trabalhadora, levantada pelo Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) e a Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS), e já no segundo campo de atuação, focado para o assistente social nas organizações privadas e não lucrativas. São campos de atuação polêmicos, pois primeiramente estimulam uma discussão sobre o trabalho do assistente social, que se iniciou no final da década de 90, através de alguns assistentes sociais.

Sendo as complexidades desses procedimentos ocorrem a partir de duas bases de referenciais

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