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Categoria Trabalho Teoria da Modernidade

Por:   •  1/10/2017  •  1.766 Palavras (8 Páginas)  •  440 Visualizações

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Para serem trocados entre si, as mercadorias precisam da intermediação de outra mercadoria: o dinheiro. Em vista disso, continua Marx , “importar realizar o que jamais tentou fazer a economia burguesa, isto é, elucidar a gênese da forma dinheiro” . No primeiro ato de circulação, que é a de compra de uma mercadoria (D----M), o capitalista interrompe a troca para transformar a mercadoria pelo trabalho. Como o trabalho cria valor, no segundo ato da troca (M----D), a mercadoria pode ser vendida por um valor maior. Pelo processo de transformação da mercadoria, o capitalista contrata um operário e lhe oferece um salário por uma determinada jornada de trabalho.

Através de sua teoria, Marx quer fundamentar a tese de que o lucro tem sua origem na exploração do trabalhador pelo capitalista. Neta visão, é o operário que gera a riqueza, mas a relação de classes da sociedade faz com o que o capitalista se aproprie da mais-valia produzida pelo trabalhador.

A categoria básica da teoria econômica de Marx é o conceito de mais-valia. Ao longo de capital ao mostrar que existiam duas formas principais pelas quais é possível extrair lucro:

- Mais-valia absoluta: o lucro é obtido pelo aumento da jornada de trabalho, em outros termos, aumenta-se a quantidade de trabalho excedente em relação ao tempo de trabalho necessário (que serve para pagar os salários). Para Marx, os capitalistas sempre lucram ao longo da historia para estender o dia de trabalho a 10, 12, 16 ou até 20 horas, ou seja, até os limites da capacidade do operário.

- Mais-valia relativa: o lucro é obtido com o aumento da produtividade. Neste processo , o capitalista não precisa aumentar o tempo de trabalho. Basta fazer o operário render mais,. Isto se consegue especialmente através do aperfeiçoamento tecnológico, pelo qual o operario produz sempre mais, apesar de não virar o tempo de trabalho. É por essa razão que o capitalismo é tão dinâmico. Ele esta sempre inovando e aperfeiçoando o processo de produção para aumentar a produtividade e os lucros.

3.2.2 Tese da alienação: o fetichismo da mercadoria

Alem de criticar o modo capitalista de produção por estar fundado na apropriação

Do valor excedente por uma determinada classe, Max se dirige também uma segunda critica ao capitalismo: nesse sistema o homem encontra-se alienado. Conceito de alienação foi bastante importante para a obra do “jovem Marx” e não é mais localizado nos textos do chamado “Marx maduro”. Mas embora não volte a utilizar-se do termo, afirma-se que Max desenvolve a idéia da alienação sob o novo ponto de vista, fundado no conceito de fetichismo da mercadoria.

Seu ponto de partida para tal argumentação para apresentar sua tese parte também da análise da mercadoria. Segundo o autor “a primeiras vista a mercadoria parece ser coisa trivial, imediatamente compreensivo. Analisando-a ver-se que ela é algo muito estranho, cheia de sutileza metafísicas e argúcias teológicas” (MARX, 1994, p. 79).

Marx sustenta que a mercadoria perde sua relação com o trabalho e parece ganhar vida própria. Embora seu valor contido nela seja fruto do trabalho investido pelo homem em sua produção, tudo se apresenta como valor da mercadoria já estivesse contido nela naturalmente. As mercadorias relacionam-se entre si, a partir de seus valores como se tivesse vida.

Marx esclarece uma relação social definida, estabelecida entre os homens, assume forma fantasmagórica de uma relação entre coisas. Para encontrar um símile, temos que recorrer a região nebulosa da crença. Aí, os produtos do cérebro humano parecem dotados de vida própria, figuras autônomas que mantém relações entre si e com os seres humanos. É o que ocorre com os produtos de mão humana, no mundo das mercadorias. Segundo Marx isso se chama fetichismo, que esta sempre grudado aos produtos do trabalho, quando são gerados como mercadorias. É inseparável da produção de mercadorias.

Para Marx o capital, desvinculado ao trabalho, aliena o ser humano da produção de sua existência social. A alienação inverte o sentido das relações sociais: o homem(sujeito) se torna objeto, enquanto o objeto (mercadoria) se torna o sujeito.o processo de produção se desprende do controle social dos indivíduos e passa a funcionar segundo sua própria lógica interna: a busca por acumulação.

A tese do fetichismo da mercadoria exerceu substancial influencia na historia do pensamento marxista. Ela foi retomada por autores como Georg Lukács e pela Escola de Frankfurt que, através da sua teoria da reificação ou da coisificação, procuraram desenvolver a tese de Marx sobre o caráter de dominação das forma mercadoria sobre o conjunto da vida social.

3.3 Crise

Ao apontar as leis e mecanismo do funcionalismo capitalista de produção, ele também preocupava-se com as possibilidades de superação dessa forma socioeconômica. Por isso, na parte terceira (capitulo XIII) do livro III de O capital, ele apresenta uma teoria sobre a crise da sociedade capitalista no qual ele expõe a tese da “tendência decrescente da taxa de lucro” . Segundo as palavras de Marx (1994, p. 247), a lei da taxa crescente de lucro em que se exprime a mesma taxa de mais-valia ou ate uma taxa ascendente significa em outras palavras: dada uma quantidade determinada de capital social médio, digamos, uma capital de 100, a porção que se configura em meios de trabalho é cada vez maior, e a que se configura em trabalho vivo é cada vez menor. Uma vez que a massa global de trabalho vivo adicionada aos meios de produção decresce em relação ao valor desses meios de produção, o trabalho não pago e a que representa, do valor, também diminuem em relação ao valor de todo

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