A Geografia e Modernidade

...

de uma posição epistemológica holística. O todo não e a soma das partes e o fato de se estudar os fenômenos somente sob certos aspectos não permite dar conta da totalidade fenomenológica. O terceiro ponto e que o homem e considerado produtor de cultura – cultura no sentido de atribuição de valores às coisas que nos cercam. O quarto ponto da concepção humanista da geografia concerne justamente ao método. Se o método lógico é analítico trabalha com abstrações artificiais, somente procedimento que leva em conta os contextos próprios e específicos a cada fenômeno pode ser considerado como eficiente. Este método chama-se hermenêutica, isto é, a arte da interpretação.

O geografo deve se colocar na perspectiva de um observador privilegiado, capaz de interpretar. Enfim, o ultimo ponto sensível para a maior parte dos geógrafos humanista diz respeito a relação entre a ciência e a arte. Para chegar a uma verdadeira interpretação, o geografo deve ser capaz de reunir o maior numero de elementos possíveis que tratam dos valores, das significações e das associações construídas por um grupo social. Aquilo que a ciência não chega a conhecer, devido aos limites impostos pelo método, arte o conseguem por um meio não racional. Assim da mesma maneira que os românticos, que considerava a poesia e a literatura como o berço das expressões dos valores humanos, os humanistas consideravam a arte como o elemento de medição entre a vida e o universo das representações.

O homem moderno esta no centro do mundo, assim como no fim da Idade Média, só que agora consciente da relatividade do espaço-temporal desta centralidade.

Segundo Relph, há tantas geografias quantas são as percepções do mundo. Cada grupo social compreende seu espaço em relaçoa aos hábitos e o código de valores que lhe é próprio e que derivam dos diversos generos de vida.

(Dward "Ted" Relph é um geógrafo canadense e estudou na Escola Mista de Geografia da Universidade de Londres e na Universidade de Toronto)

A modernidade para os humanistas é o período que marca a libertação do homem pela descoberta dos valores morais e intelectuais. Estes compõe o verdadeiro ambiente humano, que é diferente da pura natureza.