FICHAMENTO PATRIMÔNIO HISTÓRICO
Por: Juliana2017 • 17/6/2018 • 1.649 Palavras (7 Páginas) • 342 Visualizações
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As cidades podem ser definidas como patrimônio ambiental urbano e em 1933, Ouro Preto se tornou a 1° cidade a ser preservada, com o intuído de se conservar um grande conjunto de edificações, que abrangeu a cidade toda, suas culturas e suas tradições.
E isso varia em cada cidade, pois cada caso é específico e deve ser levantado um estudo que respeite as suas condições particulares, sempre buscando relacionar a condição atual com a que foi se estabelecida primitivamente, para se poder ter a noção das condições do sítio em que a sociedade da época se estabeleceu.
Existem três hipóteses de situação urbanísticas:
1° Traçado Urbano qualquer, com construções originais, onde os edifícios antigos formam manchas na malha urbana, como Brasília, Ouro Preto e Parati.
2° As construções não são mais originais, como as antigas ruas centrais de SP.
3° Construções antigas situadas em ruas alteradas devido intervenções modernistas, como a Avenida Getúlio Vargas no Rio de Janeiro.
De modo geral, é preciso ordenar e classificar todos os bens quem compõem um patrimônio cultural, estabelecendo regras de como e onde preservá-los.
COMO PRESERVAR
Como preservar deve ser visto como um conjunto de ações e posturas interdisciplinares, que se relacionam com o patrimônio. Uma forma eficiente de preservação tem sido através de colecionadores que guardam objetos de seu interesse, com, por exemplo, receitas de culinária, livros, moedas, jóias e etc.
É dever do poder público preservar os bens imóveis ou monumentos, através de instituições para preservação do Patrimônio Histórico Artístico.
O programa de necessidades deve manter a relação com o edifício para que se mantenha preservado, como exemplo as igrejas que se mantem com cultos e celebrações desde muitos anos, sem alterar de forma drástica o programa de necessidades.
Manter a obra em funcionamento é uma maneira de preservar, mesmo que modifique seu uso.
Através de teorias podem-se perceber diferentes métodos de preservação. Como é o caso do método romântico, que tinha a intenção de recuperar todo o ocorrido no mesmo momento histórico, reconstruindo as obras de maneira original do projeto, mesmo se encontrando em ruínas.
No método historicista necessitava de documentação para que houvesse as reconstruções de ruínas. No método arqueologista só era possível aproveitar o espaço, consolidando as ruínas, e não aceitava que os acréscimos do tempo fossem demolidos.
No método científico não era aceitável a reconstrução de ruínas, e devia ser demostrado a diferença dos materiais utilizados na restauração, assim também nas obras com acréscimos, deveria retirar somente o que alterasse o partido original.
O “não método” analisa como cada caso é um caso, não aceitando a reconstrução de ruínas.
O método artístico foi à combinação dos métodos arqueologista e científico, que demonstrava as adequações estéticas e plásticas do monumento.
Em 1964, aconteceu um congresso em Veneza, com discussões sobre a falta de organização e de conceitos comuns para os trabalhos de preservação dos bens culturais, deixando registro de recomendações na Carta de Veneza.
O monumento deve ser analisado junto com o entorno, não podendo ser analisado de forma isolada, deve possuir interdisciplinaridade, deve manter usos funcionais, deve usar em conjunto as técnicas tradicionais, novas tecnologias, deve possuir valor histórico e estético, deve respeitar as alterações ocorridas em diversas épocas, não deve ser retirado o monumento do local original, apenas se correr riscos para se manter preservado, deve ser mantido na moldura original, deve ser tomados medidas de preservação de ruínas e descobertas, e deve conter documentação para a execução e levantamento de dados dos trabalhos.
Muitas vezes a falta de conhecimento sobre a importância da preservação da memória, processos políticos, de interesse imobiliário e processos jurídicos, impedem a preservação correta do patrimônio.
Os casos de tombamento são feitos com o objetivo de assegurar a permanência da memória, continuando a ser um bem do proprietário, mas acaba sendo desvalorizado, por falta de conhecimento do benefício que podem receber e é visto apenas como causador de prejuízos.
Em 1967, em Quito, Puntadel Este, houveram mais decisões sobre a preservação de monumentos que envolvem a América Latina, sendo o turismo, a função social e a obtenção de lucros, e incentivo ao comércio situações observadas muito presentes.
O “Compromisso de Brasília” foi muito importante pois registrou a demanda de preservação dos bens de valor nacional. A partir disso iniciou-se a formulação de medidas de preservação legais e financeiras vinculadas aos bens patrimoniais, como por exemplo:
- Criar organizações destinados a preservação;
- Criar cursos para a formação e especialização de técnicos;
- Criar a inclusão nos currículos escolares referentes à memória nacional;
- A proposta de manter os acervos em museus;
- A preservação das construções religiosas;
- A utilização de imóveis histórico como local de cultura;
- O desejo de profissionais publicarem trabalhos sobre o tema;
- E controle sobre a venda de obras de arte antigas.
Estudantes observaram além de núcleos de interesse, a preservação necessita de providências de planejamento, projeto e levantamento de dados em diversas áreas, e a implantação do projeto deve ser focado ao interesse social, pensando nos usuários.
Os centros históricos necessitam de Planos Diretores, que envolvem o planejamento de toda a cidade, trazendo práticas a longo prazo.
A diferença sócio econômica no Brasil impossibilita que haja uma padronização de procedimento de preservação, e as obras possuem um alto custo.
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