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Fichamento - Metodologia do Trabalho Científico

Por:   •  26/9/2017  •  1.755 Palavras (8 Páginas)  •  646 Visualizações

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A ciência, como hoje conhecemos, surgiu durante a modernidade quando se fez uma crítica ao modo de pensar metafísico. Por esse pensamento, poderíamos chegar à essência das coisas com a luz das razões. O pensamento metafísico se propagou durante muito tempo. Entretanto, foi a partir do Renascença que se chegou à conclusão de que só podemos conhecer os objetos por meio de uma experiência sensível, mas jamais à essência das coisas. Nasce daí, um novo modo de conhecer, o método experimental-matemático.

A ciência concebe seus objetos como fenômenos e procura estabalcer relações entre eles. Crias, assim, um pressuposto de que o universo é regido por regularidades. Por isso, todos os fenômenos se comportam de uma mesma maneira, sendo que as mesmas causas produzem os mesmos efeitos.

As Ciências Humanas, em seu surgimento, foram sendo constituídas por meio da metodologia experimentação-matemática, cabível às Ciências Naturais. Contudo, as particularidades e a complexidade do modo de ser do homem, evidenciaram a incapacidade do método positivista. Assim, procurou se baseia no referencial teórico-metodológico do Funcionalismo. Este pressupõe uma comparação das relações existentes entre o órgão de um organismo vivo e as formas de organização social e cultural. O objetivo das Ciências Naturais seria identificar as relações funcionais e descrevê-las dentro da sociedade.

Outra corrente usada do positivismo, o Estruturalismo, tinha por pressuposto um jogo de oposição, de presença e ausência, que formassem uma estrutura constituída em interdependência, o que acarretaria, em uma possível alteração, ocasionando a mudança de todo o conjunto. O Estruturalismo assume a fenomenalidade como objeto de estudo.

A epistemologia contemporânea, com um lado subjetivista, propõe outra maneira para se conceber a relação do sujeito com objeto. Enquadram-se nessa questão a Fenomenologia, E hermenêutica e a Arqueogenealogia. A primeira trata da inicial experiência do conhecimento, onde sujeito e objeto são polos puros nessa relação. A segunda discute que todo conhecimento produzido é fruto de uma interpretação feita pelo sujeito a partir de suas impressões das expressões simbólicas e dos signos culturais. Por fim, a terceira, procede de outras duas perspectivas epistemológicas contemporâneas: a arqueologia e a genealogia. Seus pensadores buscam desidentificar o racionalismo do pensamento contemporâneo, priorizando outros conhecimentos, além do raciocínio lógico.

A última tradição filosófica debatida na obra refere-se à Dialética. Segundo esse pensamento, existe uma reciprocidade entre sujeito/objeto a partir da interação social que se forma ao longo do tempo histórico. Seu paradigma se baseia em certos pressupostos que se relacionam à condição humana. São esses: totalidade – o ser humano não pode ser explicado fora da relação om a sociedade; historicidade – todo momento faz parte de uma articulação de processos históricos abrangentes; complexidade – todo fenômeno é resultado múltiplas determinações; dialeticidade – a história se desenvolve por um processo complexo, onde as partes se articulam e ocasionam um diferente modo de sucessão e acumulação; praxidade – aos acontecimentos se organizam na temporalidade e espacialidade e se desenvolvem por meio da prática; cientificidade – a explicação científica é também uma explicação das regularidades doa conexões causais de todos os elementos da fenomenalidade; concreticidade – o que prevalece é a prática social dos homens no espaço social e histórico.

O autor mostra, a partir de então, as modalidades e as metodologias de pesquisas para a produção do trabalho científico. Essa pluralidade acontece em decorrência da diversidade de perspectivas epistemológica.

A apreensão dos fenômenos através de formulações matemáticas denota uma relação de quantitativa entre os fenômenos do mundo físico. Isso caracteriza o método científico como experimental-matemático. No entanto, percebeu-se que esse método era insuficiente para se compreender as especificidades dos sujeitos. Ambas as modalidades podem ser usadas numa pesquisas. Tanto a primeira pode ser usada em uma pesquisa que necessite quantificar, quanto em uma que precise qualificar e vice-versa.

Já a pesquisa etnográfica abarca os processos relacionados do dia-dia, sendo imersão na realidade do objeto. Por isso, é um método exaustivamente descritivo, onde o observador precisa estar ao lado de seu objeto de pesquisa.

A pesquisa participante acontece quando o pesquisador se torna parte da vida dos sujeitos estudados. Há uma constante relação (não contínua) entre o pesquisador e a comunidade, com o intuito de identificação das aspirações da comunidade. Não há a intenção de transformação do meio pesquisado.

Na pesquisa-ação o indivíduo é pesquisador e também militante, ou seja, procura intervir diretamente na situação além de produzir uma análise diagnóstica. Envolve-se diretamente como objeto, podendo propondo aos sujeitos algumas práticas para mudanças de uma situação.

O estudo de caso é a pesquisa que se detém a uma situação particular, não se afastando de casos análogos. O caso pretendido sempre deve ser representativo e generalizado. E sua coleta de dados deve ser rigorosa e obedecer todos os procedimentos da pesquisa de campo.

Análise de conteúdo é estudo crítico de obras documentais nas mais diferentes linguagens como livros, teses, artigos, relatórios, entrevistas etc. buscando os significados das mensagens. Os documentos são indispensáveis para a compreensão dos problemas estudados. As mensagens podem ser de natureza escrita, oral, gestual, entre outras. Esses discursos podem ser coletados nas diferentes situações comunicativa de interlocução ou por meio de perguntas, entrevistas, depoimentos.

Dependendo da natureza das fontes, uma pesquisa pode ser classificada como bibliográfica, documental, experimental e de campo. O trabalho bibliográfico acontece através de registros encontrados em trabalhos anteriores, como dados e análises. O pesquisador produz sua obra a partir da contribuição analítica de outros autores; a pesquisa documental emprega como fonte documentos impressos e outros gêneros; a pesquisa experimental usa o objeto como sua fonte e o expõe à observação e experimentação; e na pesquisa de campo o sujeito é analisado em seu próprio ambiente, sendo a coleta de dados feita diretamente da observação do dos fenômenos sem

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