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TRABALHO DE OBSERVAÇÕES DE PSICOLOGIA DO COTIDIANO

Por:   •  10/9/2018  •  3.381 Palavras (14 Páginas)  •  303 Visualizações

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Conclusão:

A conversa dos três meninos me deixou muito curiosa, queria ter ouvido o início. Esta conversa despertou muitas perguntas em mim. Fiquei tentando entender o que deu início aquela conversa. Será que o mais velho vem de uma família muito tradicional ou quem sabe machista? E o menor com toda aquela empolgação pra ser marido, imaginei que ele viesse de uma família tranquila, pensei que a mãe elogiasse o marido na frente dele. Ele falava de uma maneira tão ingênua. Inicialmente achei a conversa muito engraçada. Me senti tão bem ouvindo as palavras do pequeno.

Na conversa da parada de ônibus fiquei me perguntando se a mulher que não gostou que o senhor se relacionasse com outra mulher seria a ex esposa com ciúmes.

A conversa das moças me chocou bastante, como ainda tem pessoas que pensam dessa maneira? Por que falar mal da nora pras pessoas? A moça deu a entender que trabalhava pra conquistar as suas coisas. As pessoas ainda não estão prontas para respeitar o diferente.

ALUNO: Stefany Cristina Pereira da Costa

Data: 19 /03 /2016 Horário: 10:00h – 11:00h

Local: cachoeira Tempo de observação: 1 hora

Horário da aula: terça – noturno – 1º horário

Fui para a cachoeira imaginando estar cheia, mas para a minha surpresa estava vazia, acredito que por conta do mau tempo. Depois de 5 minutos observando vi um casal chegar. Logo de início o que chamou a atenção foi a beleza do rapaz. Percebi que as outras mulheres também o observavam, ele parecia ter 20 anos, estava acompanhado de uma mulher que aparentava ser mais velha que ele muito bonita e tatuada. Ele muito simpático e sorridente chegou cumprimentados as pessoas, conversando sobre o clima, perguntado o que as pessoas estavam achando da cachoeira. E a mulher sempre muito séria, com a cara fechada. Quando ela percebeu que as mulheres estavam olhando para o rapaz o abraçou e puxou para longe das pessoas. Virava ele de costas, conversavam baixinho, não dava pra ouvir o que eles falavam, não quis me aproximar para não interferir. Sempre que ele tentava olhar para onde as pessoas estavam ela o virava de volta, ficaram assim por uns cinco minutos. Ela foi para a água, mas sempre observando e com a expressão muito séria. Nesse momento chegou um casal um pouco mais velho aparentavam ter uns 40 anos, com equipamentos de esportes radicais. Começaram a organizar o material do rapel para descer a cachoeira. O rapaz ficou interessado e foi conversar com eles e a moça observando. O rapaz perguntava para o casal que esportes eles gostavam praticar, as cidades que conheciam, se eles já participaram de competições. Nesse momento a moça saiu da água e parecia estar irritada se aproximou e cumprimentou o outro casal, ficou séria e calada ouvindo a conversa por uns cinco minutos. Falou para o rapaz de maneira bem rude que queria ir embora ele não deu muito bola e continuou conversando. Ela o puxou pelo braço em direção a saída falando que queria ir embora. Ele se despediu rapidamente e a seguiu de cabeça baixa, parecia ter ficado com vergonha. Percebi que o outro casal ficou sem graça com a atitude da moça.

Continuei o observando o casal preparando a descida, eles trocavam informações sobre o equipamento, sempre sorrindo um para o outro, fazendo brincadeiras. Falavam sobre coisas do dia a dia e a próxima aventura do dia fazer tirolesa. Davam a impressão de serem muitos companheiros. Eles interagiam com outras pessoas. Eles foram descer a cachoeira.

Comecei a observar duas senhoras e um senhor, que fugiam do padrão de beleza. Eles pareciam ser bem instruídos, quando conversavam entre si usavam palavras pouco comuns e falavam das viagens para observar o céu no Deserto do Atacama e a beleza da Turquia. O que mais me chamou atenção foi o modo que as outras pessoas falavam das senhoras. Uma mulher falou que senhoras de idade não deveriam usar biquíni, pior ainda fio dental. Um homem que estava sentado ao meu lado falava que não tinha saído de casa pra um lugar tão bonito pra ter aquela visão. E elas estavam super tranquilas enquanto ouviam algumas ofensas. Tiraram fotos faziam poses sensuais, se deitaram para pegar um bronzeado. Algumas pessoas eram mais discretas olhavam e sorriam, cutucava o amigo pra olhar, cochichavam algumas coisas. Outros mais distantes delas falavam olha a baleia, cadê o bom senso, como tem coragem, eu nunca sairia de casa assim. E os três amigos compartilhado as belas paisagens que já viram e planejando outras viagens.

Conclusão:

O primeiro casal, a moça me pareceu ser muito ciumenta, em alguns momentos foi rude com o rapaz. Em vários momentos precisei disfarçar para continuar a observação. Fiquei tentando entender o porquê daquele ciúme todo. Será insegurança por conta da diferença de idade, será que ele já fez algo que ela não gostou. Me lembrei das varias noticias de relacionamentos abusivos e fiquei preocupada com eles. Será que pra um relacionamento dar certo precisa desse controle todo? Por que é o que mais vejo nos relacionamentos de hoje em dia. Nesse pensamento olhei para o meu namorado e pensei no nosso relacionamento que mesmo com a diferença de idade somos tão companheiros e não temos problemas com as diferenças, na verdade as diferenças sempre nos proporcionaram a oportunidade de conhecermos algo novo. Nunca precisamos controlar um ao outro para nos sentirmos seguros. Isso me fez sentir desconfortável com as atitudes da moça. Comparei o primeiro casal com o segundo e achei eles interessantes, passavam uma sensação de tranquilidade, de serenidade, acho que os casais precisam mais disso. Quando reli a observação me lembrei da aula em que falávamos sobre os sentimentos que mais vemos hoje. E os sentimentos do meu grupo foram medo, rancor, amor, companheirismo e percebi que a dinâmica que despertou tão questões internas, me fez olhar para as coisas de maneira diferente. Será que a moça ciumenta tem medo de perder o namorado, medo de ficar sozinha.

Fiquei impressionada como as pessoas impõem um padrão de beleza, o quanto a diversidade incomoda. Por que criamos um tipo ideal? Por que descriminamos tanto o diferente? Como se todos nós fossemos iguais. Achei um absurdo as ‘brincadeiras’ que pra mim era ofensas e fiquei contente e ver que elas não se ofenderam muito pelo contrário estavam felizes e respeitaram todos ao redor.

ALUNO: Stefany Cristina Pereira da Costa

Data: 19 /03 /2016 Horário: 15:00h – 15:10h

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