A construção do eu na modernidade
Por: Lidieisa • 23/8/2018 • 2.118 Palavras (9 Páginas) • 386 Visualizações
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No século XVII surgiram os moralistas que eram dedicados a observar os comportamentos dos humanos, assim também os primeiros a chegar perto do termo “psicólogo”. Exemplo de dois moralistas são La Fontaine que tem as obras como fábulas que aborda que o mau sempre trás más consequências, que o bem sempre vence no fim. Denominado equivocadamente apenas para público infantil, porém muito mais do que o ensinamento de certo e errado para as crianças mas para todos os seres humanos, em contrapartida temos La Rochefoucaul com obras em formato de provérbio, um único parágrafo que coloca a voz que o principal alvo dos humanos são seus ideais., suas próprias vontades e vaidades. Que diferente de como Descarte nos descreve, seríamos um ser desejante e o amor com seu próprio eu seria a chave de busca.
No mesmo século surge o século da inauguração da Modernidade, logo com o “eu” sendo o centro de tudo, já no século XVII o homem já não se encara como uma totalidade e será mais uma busca de uma boa auto imagem, resumindo como o espaço de privacidade era algo a partir destes séculos algo possível pela descrença do Deus onipotente e onisciente, eles encaravam a privacidade como algo anti social, você era dono do seus pensamentos e através dele sim, você pode tudo. Logo neste mesmo ideal temos o pensamento de Sade, porém ainda mais complexos, já que para Sade Deus não existia, então junto com a não existência de Deus também estava descrente das denominadas coisas certas ou erradas, porém como eram muito importantes para cada sociedade, colocava que o homem só estava completo quando seguia sua fantasia, mas fazendo uma separação do que imaginar e do que realizar.
Embarcamos também no romantismo que vem como um movimento de crítica ao Modernismo ou ao Iluminismo, ou com o seu racionalismo, colocando que o profundo, mesmo tendo individualidade com crença, sendo privado trás o sujeito como um fundamento. Não que o romantismo se encaixe na suavidade da paixão ou apenas uma ar bom, de todas as situações. Muitas características do romantismo aborda que o “homem romântico crê-se único , suas experiências mais profundas parecem-lhe incomunicáveis e radicalmente individuais” como diz o livro A Construção do Eu na Modernidade, resumindo ele tem sim um destino, bom ou ruim que está em sua essência que será realizado a qualquer custo, só se vive para a realização deste destino.
Romantismo assume diversos aspectos, todos parecendo criticar os projetos da Modernidade como a própria ciência – e remeter a algo maior e anterior ao eu.
O eu aparece reduzido diante de um elemento maior, como a paixão, uma causa, uma nação, etc. Ao mesmo tempo, o romantismo foi essencial no desenvolvimento do sentido de interioridade e profundidade da alma humana, constituindo-se em uma das bases do que poderíamos chamar de individualismo.
No início do século XIX nasce o modelo do Positivismo, muito importante O positivismo defende a ideia de que o conhecimento científico é a única forma de conhecimento verdadeiro. De acordo com os positivistas somente pode-se afirmar que uma teoria é correta se ela foi comprovada através de métodos científicos válidos.
Os positivistas não consideram os conhecimentos ligados ás crenças, superstição ou qualquer outro que não possa ser comprovado cientificamente. Para eles, o progresso da humanidade depende exclusivamente dos avanços científicos.
Arthur Schopenhauer. Em sua obra, “O mundo como vontade e representação’’.
É constituído por dois elementos: Vontade - Uma essência universal, uma energia subjacente (que está por baixo de tudo).
Representação: Cada coisa existente é uma manifestação ou representação (da vontade).
O homem, que acreditava ser a obra prima da criação, centro do universo e dono de uma vontade consciente, livre para se tornar o que bem quis este, vê -se diante de um despojamento total de sua importância: ele não seria mais do que um invólucro que porta a vontade e que pode ser, sem maiores problemas, substituído. Esta essência do mundo escapa totalmente à sua percepção consciente. Teríamos apenas acesso aos fenômenos que a expressam. A existência humana ganha o aspecto de relativa gratuidade, o que faz Schopenhauer ser considerado pessimista.
Temos Anton Mesmer Ele viveu numa época de transição entre crenças medievais e o Iluminismo. Passados alguns anos descobrimos que suas ideias influenciaram pelo menos três áreas que vão do hipnotismo, a psicoterapia e o espiritismo. No século XVIII. O Romantismo surge como um movimento de crítica à Modernidade, mais Especificamente como uma crítica ao Iluminismo e ao seu exacerbado racionalismo. Assim, eles rejeitam o princípio cartesiano - segundo o qual o homem se caracteriza como. Um ser pensante – ressaltando que a essência humana está em sua natureza passional.
O estudo cientifico dos aspectos psicológicos só se inicia no momento histórico em que o homem se percebe ao mesmo tempo experimentando sentimentos aparentemente únicos e particulares- sensação de ser detentor de uma subjetividade privada- e esta experiência privada é questionada, entra em crise. “Ter uma experiência da subjetividade privatizada bem nítida é para nós muito fácil e natural: todos sentem que parte de suas experiências são íntimas, que ninguém tem acesso a elas”. (...) Ainda com maior frequência temos a sensação de que aquilo que estamos vivendo nunca foi vivido por mais ninguém, de que a nossa vida é única, de que o que sentimos e pensamos é totalmente original e quase incomunicável.
CONCLUSÃO
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