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DISCIPLINA E INCLUSÃO DO ALUNO SURDO NO ENSINO REGULAR

Por:   •  28/6/2018  •  3.322 Palavras (14 Páginas)  •  519 Visualizações

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A carência de profissionais intérpretes na linguagem de sinais não é, ainda, vista como uma prioridade no Brasil, e a consequência disso se revela na baixa participação de surdos em atividades socioculturais e políticas. Outra consequência é que os surdos não conseguem avançar em termos educacionais, o que gera a falta de motivação dos mesmos a participarem de debates e discussões de modo que possam apresentar as suas demandas e, por conta disso, cresce a tendência de falta de representatividade desse segmento ante a sociedade.

A linguagem de Sinais foi oficializada no ano de 2000, no estado do Rio Grande do Sul, pois, foi identificada a necessidade da regulamentação para atuação dos profissionais da área, um marco histórico para os profissionais e seu público.

Em 2001 foi realizado um encontro Internacional sobre a formação de intérpretes de libras, em Montevidéu. Concluiu-se sobre a necessidade de conscientização da comunidade de pessoas surdas a respeito da importância da sua língua e dos respectivos intérpretes. Concluiu-se também a respeito dos países que disponibilizam da linguagem e interpretes, a saber, Argentina, Brasil, Colômbia e Uruguai, devem auxiliar aos que ainda possuem maiores deficiências em suprirem tais demandas, tais como a Bolívia, o Paraguai, o Chile, o Equador, o Peru e a Venezuela. Estes países devem designar duas pessoas, uma ouvinte e outra surda, estes servirão como formadores. Com os vários níveis de formação de intérpretes para surdos no mundo, está crescendo cada vez mais a preocupação com a qualificação desses profissionais. Um aspecto de suma importância para a formação de bons tradutores é a participação ativa da comunidade surda na comunidade em que está inserida.

Diferentes países têm seus próprios métodos de ensino e aprendizagem da língua de sinais, mas todos têm os mesmos interesses, formar profissionais cada vez mais capacitados.

O intérprete educacional está sendo solicitado com frequência em escolas de todo o país. Ele será um intermediador entre aluno e professor, porém, o que vem acontecendo é que muitas vezes esse profissional é sobrecarregado e passa a atuar como professor, o que não pode acontecer, uma vez que ele está ali para transmitir a informação que está sendo passada. A criança, principalmente, por ter contato direto com o tradutor, acaba se identificando mais com o intérprete do que com o próprio professor regente. Além desses problemas, o que vem preocupando é a deficiência na tradução que está sendo feita nas escolas, evidenciando a falta de domínio da língua utilizada e pouca habilidade em realizar a tradução correta do conteúdo, prejudicando a aprendizagem do aluno.

O domínio da língua de sinais é o requisito principal para ser um bom intérprete, sendo que na educação se faz relevante o conhecimento pedagógico. Uma vez educador proficiente no uso e interpretação de Libras, o intérprete educacional pode ser contratado como professor que exerce a função de intérprete educacional, tendo os mesmos direitos e deveres. O correto seria a regulamentação da profissão, para que o interprete possa ser contratado conforme sua função de intérprete educador de surdos, não o único responsável, mas um mediador ativo na educação dos surdos.

Não basta apenas saber a língua de sinais e, muito menos, entrar em sala de aula despreparado, contando apenas com o que o professor vai falar para o aluno surdo, isso é insuficiente. O intérprete deve assumir seu papel de educador em conjunto com a equipe pedagógica da escola. A avaliação é de responsabilidade do professor, mas o intérprete precisa acompanhar a correção, para que o aluno não seja prejudicado.

3 O BEHAVIORISMO POSTO EM PRÁTICA Ao ALUNO SURDO

O aluno João, que é surdo, está sendo transferido de outra instituição e chega esta semana na escola. Em seu prontuário, há várias queixas de mau comportamento e isolamento com relação aos demais colegas. Para começar a entender o comportamento de João, foi feito uma reunião com os pais na qual foi constatado que os mesmos se encontram em fase de divórcio, o que parece estar contribuindo para o mau comportamento de João. Em princípio, a preparação dos professores e a contratação de um intérprete de Libras para atender o aluno, foi o primeiro passo dado. Para entender o comportamento de João, os professores irão se aprofundar no tema Behaviorismo, que analisa o comportamento humano, segundo Skinner, um dos principais nomes da era behaviorista, “A educação deve ser planejada passo a passo, de modo a obter os resultados desejados”.

Énecessário valorizar e incentivar até mesmo com alguma premiação, ainda que simbólica daquilo que está sendo feito de forma adequada frente aos colegas, mas também reprimir o inadequado.

Os surdos encontram várias dificuldades na comunicação e ao longo de seu aprendizado. É no início do processo de alfabetização que o desafio do aprendizado é proposto a atuação de profissionais, família e colegas para lidar com as situações de conflitos da comunicação. A busca de alternativas para os mais problemáticos é um exercício diário e todos precisam estar envolvidos no processo, objetivando o resgate de alunos surdos e de comportamento temperamental, seguido de seu histórico de vida em uma comunidade na qual, por muitas vezes, é refratária à sua socialização.

Há muitas coisas que uma coordenação, juntamente com a equipepedagógica pode fazer para ajudar um aluno surdo a ter umbom desenvolvimento cognitivo e comportamental na sala de aula e em outras atividades, estabelecendo algumas regras simples. Estar ciente de que tendo um aluno surdo em classe é necessário evitar reagir com raiva, ameaças ou punição, tendo em mente que para esse aluno é sempre mais difícil a comunicação, e com isso, as limitações podem vir de ambos os lados. Cabe ao professor e aluno criarem um ambiente de harmonia para o aprendizado e o educador deve sempre estar à frente da situação encorajando o aluno e o elogiandopelo comportamento positivo e trabalho bem feito de seu aprendiz.

Muitos alunos surdos ainda não têm conhecimento sobre os seus direitos na educação e acabam sendo prejudicados pela falta de estímulos. No caso do João, um aluno indisciplinado e surdo, há vários fatores a serem analisados, e o primeiro é saber se o aluno está sendo “ouvido”, se ele tem uma boa comunicação com professores e colegas. Se a escola está dando total suporte para o aluno se comunicar, pode ainda estar faltando criatividade nas aulas. É importante que o professor crie atividades de inclusão, em que

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