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A INSERÇÃO DE ALUNOS SURDOS EM ESCOLAS REGULARES DO MUNICIPIO DE ANANINDEUA

Por:   •  15/3/2018  •  2.401 Palavras (10 Páginas)  •  474 Visualizações

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For this, we were initially made visits, observations and interviews in regular elementary and secondary schools.

It was found that the professionals involved in the research show concern for teaching and learning, but do not use different methodologies in classrooms, in order to obtain knowledge compatible for deaf students and listeners.

Key words: Learning, teaching deaf students, insertion.

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Introdução

Segundo censo realizado em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE, cerca de 9,7 milhões de brasileiros possuem deficiência auditiva (DA), o que representa 5,1% da população brasileira. De acordo com este mesmo censo, o município de Ananindeua possui aproximadamente 127 mil deficientes, sendo que 25 mil deste total possuem deficiência auditiva parcial ou total.

Sabendo destes dados, podemos perceber a importância que deve ser dada a parcela da população no que diz respeito a educação. No que tange a educação, há uma necessidade de se terem escolas inclusivas, capazes de oferecer ao aluno surdo uma possibilidade real de aprendizagem.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB, nº 9394/1996) estabelece que os sistemas de ensino deverão assegurar, principalmente, professores especializados ou devidamente capacitados, que possam atuar com qualquer pessoa especial na sala de aula; pois não basta que o aluno surdo frequente uma sala de aula, mas que seja atendido nas suas necessidades, sendo o professor responsável por mediar e incentivar a construção do conhecimento através da interação com ele e com os colegas, valorizando o exercício da cidadania, o desenvolvimento do indivíduo e sua preparação para estar inserido nos variados contextos sociais.

O objetivo desta pesquisa é entender o funcionamento do processo de ensino aprendizagem, reconhecer os processos de inclusão dos alunos surdos nas salas de aula, onde os sujeitos envolvidos são na sua grande maioria professores e alunos ouvintes. A partir deste entendimento, procurar eventuais soluções para que esta inclusão possa progredir ainda mais em nossa sociedade.

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Uma breve abordagem da educação dos surdos

Durante a Antiguidade e por quase toda a Idade Média pensava-se que os surdos não fossem educáveis, ou que eram imbecis. Aristóteles (citado por Behares, 1987).

No período da idade média, são poucas as pesquisas encontradas em relação a educação dos surdos e os poucos textos encontrados referem-se com prioridade a relatos de curas milagrosas ou sem explicação, já no século XV tem-se registros de outro teor, quando Rodolfo Agricola, pedagogo, descreve sobre um jovem surdo que aprendeu a ler satisfatoriamente. (Moores, 1978). Citado por (Lacerda, 1996).

A partir do início do século XVI, começa-se a admitir que os surdos são capazes de aprender sem que haja interferências sobrenaturais. São encontrados diversos relatos de pedagogos que se dedicaram a trabalhar com surdos, e é apresentado diversos trabalhos adquiridos dessa pratica pedagógica. Deste período em diante, o propósito de educar os surdos era de que estes tivessem a capacidade de desenvolver seus pensamentos, obter conhecimento e comunicar-se com o mundo ouvinte.

Dalgano (1628-1687), afirmava que:

O potencial do surdo para aprendizagem era igual ao do ouvinte e que poderia alcançar níveis de aprendizagem semelhantes aos do ouvinte se fossem submetidos a uma educação adequada.

Marchesi(1987), citado por (Luchesi, 2003), comenta que na história da educação para surdos, a disputa entre oralismo e gestualismo ocupa lugar de destaque e perdura por aproximadamente dois séculos. Adotando como referencial o início da educação sistemática para surdos no século XVIII, atribui ao alemão Samuel Heinicke o método oralista. Considerando qualquer outro método ineficaz e falso, Heinicke salientava a importância de um enfoque exclusivamente oral, no qual a fala seria o único meio de comunicação utilizado na educação de alunos surdos.

Na França, o emprego do método gestual é atribuído ao abade de LÉpée que, com o objetivo de alfabetizar as pessoas surdas, começou a utilizar a linguagem de sinais para ensinar a língua francesa. (Luchesi, 2003).

No século XIX, aparentemente, educação de surdos e a educação dos normais encontram-se no mesmo nível de preocupação, na medida em que ambas se voltam para a questão do método.

A inserção de alunos surdos em escolas regulares do município de Ananindeua.

Hodiernamente, a educação dos surdos tem sido alvo de relevantes debates e pesquisas, pelo fato da ineficiência das propostas pedagógicas na incumbência de proporcionar aos alunos surdos condições para que tenham aprendizagens compatíveis aos seus colegas de idades semelhantes.

Estudiosos como Silveira Bueno(1994), Massota (1996) e Sassaki (1997), no Brasil, entre outros, argumentam que todos os alunos devem ter as mesmas oportunidades de frequentar classes regulares, defendem a necessidade de um programa educacional adequado às capacidades dos diferentes alunos, proporcionar desafios a todas as crianças atendidas e ainda, falam sobre a relevância de oferecimento de suporte e assistência as crianças com necessidades especiais e aos docentes, para que o sucesso e aproveitamento do ensino aprendizagem seja o melhor possível.

O Brasil decidiu construir um sistema inclusivo ao concordar com a Declaração Mundial de Educação para Todos em Jomtien (Tailândia, 1990) e ao mostrar conformidade com a Declaração de Salamanca (Espanha,1994). (Diretrizes Nacionais, 2001).

Mostraremos a seguir trechos desses documentos.

“As políticas educacionais deverão levar em conta as diferenças individuais e as diversas situações. Deve ser levada em consideração, por exemplo, a importância da língua de sinais como meio de comunicação para os surdos, e ser assegurado a todos os surdos acesso ao ensino da língua de sinais de seu país. Face às necessidades específicas de comunicação de surdos e de surdos-cegos, seria mais conveniente que a educação lhes fosse ministrada em escolas especiais ou em classes ou unidades especiais nas escolas comuns”.

Infelizmente,

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