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Alimentacao na educacao infantil

Por:   •  24/1/2018  •  5.763 Palavras (24 Páginas)  •  300 Visualizações

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A promoção da saúde é considerada uma estratégia importante no processo saúde-doença-cuidado, sendo direcionada para o fortalecimento do caráter promocional e preventivo. Uma das estratégias mais efetivas que contribuem para promoção da saúde é a combinação de apoio educacional e ambiental, envolvendo dimensões não só individuais, mas também organizacionais e coletivas, visando, dessa forma, atingir ações e condições de vida conducentes à saúde. Nesse sentido, a educação alimentar nutricional pode ser considerado um componente decisivo na promoção de saúde.

Nessa perspectiva, a escola é um espaço privilegiado para a construção e a consolidação de práticas alimentares saudáveis em crianças, pois é um ambiente no quais atividades voltadas à educação alimentar e saúde pode apresentar grande repercussão5. Nesse contexto estão inseridas todas as dimensões do aprendizado: ensino, relações lar, escola, comunidade e ambientes físicos e emocionais, podendo assim beneficiar os estudantes em fases fundamentais de suas vidas: infância e adolescência.

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- REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria da Vigilância Sanitária. Portaria n° 216, de 15 de setembro de 2004. Aprova o regulamento técnico de boas práticas para serviços de alimentação. Diário Oficial da União; Poder Executivo, 2004. Por perceberem a importância da alimentação e o ensino da mesma.

CARVALHO, S. R; GASTALDO, D. Promoção à saúde e empoderamento: uma reflexão a partir das perspectivas crítico-social pós-estruturalista. Ciênc. saúde coletiva;13(supl.2):2029-2040, dez. 2008. Disponível em: . Acessado em: 16 mai 2009.

Brasil. Ministério da Educação. Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Programa Nacional de Alimentação Escolar. Coordenação-Geral do Programa Nacional de Alimentação Escolar. Manual de orientação para os conselheiros e agentes envolvidos na execução do Programa Nacional de Alimentação Escolar. Ministério da Educação. Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Brasília, 2006.

Nesta parte é apresentada uma breve revisão da literatura sobre a educação alimentar escolar, assuntos que embasam este estudo. A trajetória da presença da educação ambiental e alimentar na legislação brasileira apresenta uma tendência em comum, que é a necessidade de universalização dessa prática educativa por toda a sociedade. Já aparecia em 1973, com o Decreto n°73.030, que criou a Secretaria Especial do Meio Ambiente explicitando, entre suas atribuições, a promoção do esclarecimento e educação do povo brasileiro para o uso adequado dos recursos naturais, tendo em vista a conservação do meio ambiente (LIPAI, 2010).

A Constituição Federal de 1988 elevou o status do direito a educação ambiental, essencial para a qualidade de vida, atribuindo ao estado o dever de promover a educação ambiental a todos os níveis de estudo e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente (art. 225, inciso VI). A definição de educação ambiental e dada no artigo 1° da lei n° 9.795/99 como processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem como uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade, colocando o ser humano como responsável individual, ou seja, fala da ação individual na esfera privada e de ação coletiva na esfera pública (LIPAI, 2010.

Para que as mudanças culturais aconteçam é necessário promover mudanças nos

desejos e na forma das pessoas de ver a realidade a fim de promover o desenvolvimento nos padrões de produção e consumo, como almeja contribuir o ProNEA (BRASIL, 1999).

Nesse sentido, a criação do ProNEA se faz necessária para a gestão da Política Nacional de Educação Ambiental - PNEA, fortalecendo os processos existentes nessa direção na sociedade brasileira.O desenvolvimento do projeto horta escola, com plantio de hortaliças contribui para o consumo de alimentos saudáveis dos alunos previstos pelos órgãos legais, de forma positiva.Dessa forma, o Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE dispõe da gestão da alimentação escolar, do Conselho de Alimentação Escolar, das cantinas e cozinhas nas escolas e o trabalho dos nutricionistas e da educadora na escola (BRASIL, 2010).

A alimentação escolar por mais incentivada que seja as mudanças que se encontra

nas cantinas são pequenas, continuando na prática repleta de alimentos pobres em

vitaminas, como salgados industrializados ou fritos, os campeões de consumo pelos

estudantes.

Segundo Magalhães (2003), essa relação direta de consumo de alimentos impróprios também contribui para que o comportamento alimentar das crianças não seja voltado para produtos mais naturais e saudáveis, pois à ostensiva propaganda de produtos industrializados do tipo fast-food é criativa e induz a compra e ao consumo. O autor ainda afirma que utilizar a horta escolar como estratégia, visando estimular o consumo de feijões, hortaliças e frutas, torna possível adequar a dieta das crianças. Outro fator interessante é que as hortaliças cultivadas na horta escolar, quando presentes na alimentação escolar, faz muito sucesso, ou seja, todos querem provar, pois é fruto do trabalho dos próprios alunos.

A autora acredita que as oficinas culinárias para fazer saladas, sopas, sanduíches

naturais e sucos mistos de vegetais e frutas, são estratégias muito eficazes para promover uma melhoria à aceitabilidade desses alimentos, os quais, embora muito nutritivos, costumam ser os campeões de rejeição (MAGALHÃES, 2003). Ademais, levar os alimentos para a sala de aula, tentando, de algum modo, transformá-los em elementos pedagógicos, faz com que as crianças participem das ações de educação alimentar desenvolvida e não fiquem como meros espectadores (MAGALHÃES; GAZOLA, 2002).

É fundamental que se lance mão da educação ambiental na promoção de uma nova

cultura alimentar nas escolas, fazendo-os conhecer a importância dos alimentos, da

higienização desses alimentos, do valor nutritivo,

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