RELATORIO EM EDUCAÇÃO INFANTIL

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A educação infantil, ao promover experiências significativas de aprendizagem da língua, por meio de um trabalho com a linguagem oral e escrita, se constitui em um dos espaços de ampliação das capacidades de comunicação e expressão e de acesso ao mundo letrado pelas crianças. Essa ampliação está relacionada ao desenvolvimento gradativo das capacidades associadas às quatro competências lingüísticas básicas: falar, escutar, ler e escrever.

Período de 17/08/2015 até 21/08/2015 –

a aula teve inicio com uma oração, em seguida os alunos colocaram a agenda na lousa por ordem de fileira, enquanto a professora escrevia a data e perguntava se o tempo estava nublado, chuvoso ou ensolarado; fazendo no quadro negro um desenho correspondente ao clima. Ainda por fileira a professora pede para cada um pegar seu estojo, e entrega o calendário para as crianças pintar o número referente ao dia do mês, interagindo com os alunos sobre quantos dias tem uma semana, um mês e se tem aniversariantes naquele dia. A sala é composta por 24 alunos 17 meninos e 7 meninas. Notei que a sala estava organizada o material dos alunos dispostos em casulos com seu respectivo nome. Notei nas paredes letras do alfabeto e números feito em EVA e papel diversos.Poesias e figuras de animais cobrem parte da parede da sala.Formas geométricas em cores diferentes e alegres; o nome dos alunos em EVA fixados na parede tinham a primeira letra destacada, chamando assim a atenção dos pequenos, que reconhecem seus nomes e dos amigos através da primeira letra.

Segundo Ferreiro, a partir dos quatro anos de idade, as crianças começam a distinguir desenho de escrita. Esta distinção permite que vejam desenho e escrita como objetos substitutos com naturezas e funções diferentes, pois o desenho passa a representar a forma dos objetos e a escrita, o nome deles. Muitos confundem esta escrita com a garatuja, mas a escrita é um sistema representativo e sua conquista transcende o aspecto motor e a percepção de letras. A partir deste momento, a criança começa a construir hipóteses sobre a escrita. (SEBER, 1997, p.38)

Durante a semana a professora trabalhou atividades na apostila; o conceito ‘mais’ ‘menos,’’dentro’ e ‘fora’ além da leitura dirigida do alfabeto e dos números de 0 a 10.Pude observar os métodos utilizados por ela, como música para ensinar os numerais e letras,leitura de história seguida de perguntas sobre os personagens,notei nesse momento que algumas crianças gostam de dar sua opinião, enquanto outras preferem só ouvir; e tem os que gostam de imitar os personagens o que deixou a aula prazerosa e divertida; me reportando as palavras de Cunha:

“Brincar desenvolve as habilidades da criança de forma natural, pois brincando

aprende a socializar-se com outras crianças, desenvolve a motricidade, a mente, a criatividade, sem cobrança ou medo, mas sim com prazer”.( Cunha 2001, p.14).

Na hora do lanche, a professora passa álcool nas mãos dos alunos e todos saem em fila para o intervalo. Após o mesmo chega à hora de levá-los ao parque da escola onde observei as crianças brincar na areia, no escorregador, balanço e outros. Sempre sobre o olhar atento da professora que quando necessário chama a atenção de um ou de outro mediando pequenos conflitos. No parque aproveitando os pneus que os pequenos brincavam a professora relembrou o conceito ‘dentro’ e ‘fora’ trabalhado na classe, mas agora em forma de brincadeira; quando ela falava dentro as crianças entravam no pneu e quando falava fora elas saiam; assim os que não conseguiam entrar nos pneus davam a vez para outro colega entrar na brincadeira.Observando a cena me lembrei das palavras de Vigotsysk :

“no brinquedo, o pensamento está separado dos objetos e a ação surge das idéias e não das coisas: um pedaço de madeira torna-se um boneco e um cabo de vassoura torna-se um cavalo”. Vygotsky (1991, p. 111)

Período de 24/08/2015 até 28/08/2015

Dando continuidade ao estágio, essa semana a professora me pediu para participar de algumas atividades. Ajudei na distribuição do desenho e auxiliei as crianças na hora de recortar e colar.A professora contou para as crianças a lenda do Saci-Pererê, notei que muitos aluninhos já tinham algum conhecimento sobre o personagem enquanto outros diziam que ele não era de “verdade”.Pude notar que ao contar a história a professora envolveu os pequenos num clima de magia e fantasia, a classe ficou em completo silêncio aguardando o final.Após a contagem da história a mestra ensinou e cantou uma música que falava sobre o Saci-Pererê,todos todos cantaram e pularam com uma perninha só envolvidos pela letra da música e incentivados pela professora.

A literatura infantil é um caminho que leva a criança a desenvolver a imaginação, emoções e sentimentos de forma prazerosa e significativa. É importante para a formação de qualquer criança ouvir muitas e muitas histórias, pois é através dos livros e contos infantis que a criança enfoca a importância de ouvir, contar e recontar. De acordo com Abramovich (2009, p.14), “escutá-las é o início da aprendizagem para ser um leitor, e ser leitor é ter um caminho absolutamente infinito de descoberta e compreensão do mundo”

Durante essa semana foi trabalhado a pintura e recorte do personagem, ajudei na distribuição da atividade auxiliando os alunos. Muitos me perguntaram qual “lápis preto” deveriam usar; se o lápis de pintar ou o de escrever.Assim que terminaram a pintura a professora explicou que as próprias crianças deveriam fazer três traço na vertical na folha e depois recortar,colando em seguida na ordem lógica. Durante a atividade ajudamos os alunos a fazer o risco com a régua e em seguida recortar sobre ele, nesse momento notamos a dificuldade de alguns para usar a tesourinha, foi necessário ensina-los, encorajando-os e incentivando-os a superar as dificuldades. Trabalho concluído os alunos estavam orgulhosos de terem feito “sozinhos” a atividade.

Do ponto de vista moral, a cooperação leva não mais à simples obediência às regras impostas, sejam elas quais forem, mas a uma ética da solidariedade e da reciprocidade. Essa moral caracteriza-se, quanto à forma, pelo desabrochar do sentimento de um bem interior independente dos deveres externos, ou seja, por uma progressiva autonomia da consciência, prevalecendo sobre a heteronomia dos deveres primitivos (PIAGET: p.118).

Outro momento que pude observar durante a semana foi o comportamento das crianças em dias chuvosos. O tempo que já estava nublado de repente mudou,o céu

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