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APRENDER BRINCANDO: O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Por:   •  29/8/2017  •  1.692 Palavras (7 Páginas)  •  733 Visualizações

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Nesse contexto, a inserção do brincar pode constituir-se em um elemento importante para o ensino nas instituições educativas. Isso porque o brincar é um dos principais processos e uma das atividades mais presentes na infância, em que são construídas as capacidades e as potencialidades da criança (Moyles, 2002; Pereira, 2002). Desse ponto de vista, a autora vê o brincar como uma ação mais voltada para os aspectos educativos, e não apenas brincar por brincar.

METODOLOGIA:

O modelo de investigação aplicado foi do tipo experimental, usando como recursos metodológicos brincadeiras, jogos e dinâmicas desenvolvidos na sala de aula. Os participantes foram 19 crianças, de ambos os sexos e da faixa etária de 5 e 6 anos oriundas da Escola Municipal Tia Dorinha Xavier. Participaram também das atividades a professora titular e a auxiliar.

Os episódios de jogos, brincadeiras ou dinâmicas foram realizados em dias alternados e em sala de aula embora estas não estejam compatíveis com o número de alunos, por serem pequenas, o pátio não foi utilizado pelo fato do acesso do sol não permitir a permanência das crianças por muito tempo, por isso foi usada a sala de aula que embora pequena torna-se bem mais confortável, geralmente depois do recreio com um tempo de 1h, e sempre com o cuidado de trazer algo novo e que envolvesse a turma inteira. Dentre algumas das atividades desenvolvidas, será dada ênfase apenas a três: o aquário de números, tijolinhos de palavras e passa a bola contando.

Na primeira brincadeira foram usados peixes confeccionados em EVA e cartolina, sendo que cada peixe estava enumerado de 0 a 49, porém foram distribuídos para as crianças de forma aleatória, visto que a quantidade de alunos e professoras somavam apenas 21, o quadro de acrílico dá suporte como o aquário, em seguida chama-se um aluno pela frequência, o mesmo apresenta-se com seu peixe e o cola em qualquer lugar do aquário, apartir de então começa a questão da lógica numérica, conforme os alunos apresentam-se o objetivo é que coloquem os peixes em ordem numérica e que quando isso não for possível porque faltam alguns números, o aluno possa dizer oralmente quais números faltam até chegar ao seu, dessa forma observa-se o domínio individual como também o coletivo, quando as outras crianças procuram ajudar o colega. Além dessa observação pode-se chegar a outras, como é o caso de uma aluna que colocou o peixe dela distante dos outros, mesmo mostrando ter um domínio bom com os numerais faz questão de manter-se distante, ao final tenta-se conversar com a referida aluna e descobre-se que existem problemas relacionados aos outros alunos, por isso mantém-se afastada alegando não sentir-se bem próxima dos demais.

Na segunda brincadeira, confeccionaram-se tijolos com isopor e cartolina e o teto de uma casa, cada tijolo traz a imagem de um objeto, seguido do nome e a família silábica da letra que inicia esse nome, distribuem-se então esses tijolos entre as crianças e em seguida cada uma vem à frente e com ajuda da professora soletra a palavra, logo após lê a família silábica, cola o tijolo abaixo do teto e circula-se na família silábica o pedacinho que deu origem à palavra, e assim sucessivamente até que todos tenham colocado seu tijolo e juntos constrói-se a casa, dessa forma observa-se o nível de aprendizagem das crianças como também se identifica as dificuldades; quanto à criança, ela tem um contato visual direto como objeto, a palavra como também com as sílabas que a formam, desenvolvendo a relação entre o símbolo o nome e o próprio objeto. A brincadeira permite ainda uma roda de conversa antes ou depois, e dentre muitos outros temas possíveis de trabalhar, pode-se citar os valores de cada ser na construção de um bem comum a todos.

Na terceira brincadeira, as crianças fazem fila indiana e cada uma representa um numeral, então o primeiro passa a bola de costas e por baixo das pernas para o segundo e conforme vai passando vai contando, quando chegar ao último, este passará para frente e a brincadeira continua até que fique em ordem crescente novamente, com essa brincadeira trabalham-se os movimentos e o raciocínio lógico, enquanto que a criança diverte-se e ainda aprende a sequencia numérica crescente.

RESULTADOS:

Foram analisados, no total foram 05 episódios de Brincar e 03 deles foram desenvolvidos conforme o citado na metodologia. Dentro das observações e práticas que foram obtidas em sala de aula com crianças de 5 a 6 anos da Escola Municipal Tia Dorinha Xavier pode-se perceber o real significado de brincar para eles. O brincar é interagir, motivar, criar, e principalmente desenvolver seu “eu” interior. Vários foram os momentos em sala de aula onde as brincadeiras não tinham um objetivo educacional, e o professor era um mero observador das ações dos alunos. Já em outros ocorreram atividades ligadas ao brincar, onde o professor era quem mediava à brincadeira, onde as crianças desenvolviam suas habilidades motoras e cognitivas. Puderam-se perceber resultados satisfatórios com o aprender brincando, ou vice versa, é notório a satisfação, interesse e aprendizado por parte das crianças quando o conteúdo estudado é aplicado através de uma ação que eles praticam instintivamente, porém lhes proporciona imenso prazer que é o Brincar.

CONCLUSÂO:

Portanto o brincar é fundamental na construção do conhecimento da criança, não podendo ficar de fora da sala de aula. Utilizar esta ferramenta é saber trabalhar com a criança da melhor forma possível, pois é trazer o mundo dela para dentro da escola. Dentro da perspectiva do brincar, o educador

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