O Herói de Mil Faces
Por: Juliana2017 • 14/5/2018 • 1.393 Palavras (6 Páginas) • 365 Visualizações
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É um conceito revolucionário chamado monomito a ideia de que por trás de todas as mitologias, existe uma sequência de etapas que acontece e que são realizadas por todos os heróis, e é isso que ele no Herói de Mil Faces descreve passo a passo quais são todas essas etapas vividas por todos esses heróis e mitologias do mundo inteiro. O propósito de Campbell era estudar o mito e compreender mais sobre a natureza humana e a partir disso entendeu o que estas histórias revelavam sobre cada cultura, cada povo e sobre o que é ser um ser humano, todavia na prática o sua obra tornou-se uma espécie de guia prático de trabalho para as pessoas que querem ser escritores, quanto na literatura, no cinema e na televisão.
No diagrama jornada do herói criado por Campbell mostra os passos a serem seguidos pelos heróis na maioria das aventuras por mais repetida que seja, essa mesma trajetória tem dado origem as histórias mais empolgantes, mais populares tanto do cinema quanto da literatura moderna. A série Star Wars, por exemplo, o diretor George Lucas nunca negou ter se inspirado na jornada do herói descrita por Joseph Campbell e que ele seguiu direitinho toda trajetória, também os livros Senhor dos anéis, Harry Potter e Jogos vorazes que são os mais destacados da atualidade.
Em linhas gerais, a história do herói funciona como se fosse um ciclo, ele começa a história no alto do círculo que costuma se chamar de “vida normal”, vida cotidiana, até que acontece alguma coisa que coloca o herói em um universo completamente diferente a qual não estava acostumado. Isso pode acontecer de maneira forçada como aconteceu com Katniss personagem principal dos jogos vorazes, e também pode acontecer do herói escolher espontaneamente seguir à sua aventura, que é o caso de Harry Potter que escolheu sair da casa dos tios para estudar em Hogwarts, entretanto também pode ocorrer do herói cair meio que por acaso na aventura, como o caso de Alice que caiu na toca do coelho e literalmente mergulhou e descobriu por acaso o país das maravilhas, mas esse é só o primeiro passo da jornada.
Depois de aceitar o chamado para a aventura, o herói precisa enfrentar algumas provas, alguns desafios, e ele normalmente conta com a ajuda de amigos e de algum mentor mais velho e mais experiente, até que finalmente depois de enfrentar várias provas, vários desafios, várias derrotas e várias vitórias e finalmente ele tem que enfrentar o desafio final sozinho, se o herói é bem sucedido é a glorificação. É como se a antiga pessoa que existisse dentro dele morresse e desse lugar a um nova pessoa, mais sábia, mais feliz, mais realizada, mais iluminada. Quando ele atinge esse ponto voltando para o círculo ele já está uma pessoa nova, renascida praticamente porque enfrentou todos os seus maiores medos e neste momento ele retorna para vida normal, para vida cotidiana, e levando consigo todo aprendizado que adquiriu como se fosse uma espécie de “elixir”, o qual usa para ajudar todos de seu “mundo comum” esse é o ciclo do herói.
Em virtude do que foi mencionado o autor faz uma algumas abordagens na qual destaca Freud e Jung e relaciona as teorias defendidas por ambos inserindo-as na explicação do mito. Freud em sua concepção psicanalítica diz que os sonhos são recorrentes até que a pessoa supere e atinja sua maturidade emocional, isso quer dizer que esse processo ocorre individualmente, entretanto, Jung postulava a ideia de que o mito provém de nossa psique coletiva. Campbell durante a obra traça a jornada do herói revelando toda sua trajetória desde a partida de sua terra até seu retorno, após retornar ao seu mundo normal ele já não é mais o mesmo, pois trará consigo um grande aprendizado, uma lição de moral ou talvez um boa história para contar.[1]
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