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Toxicologia em alimentos

Por:   •  30/5/2018  •  2.026 Palavras (9 Páginas)  •  365 Visualizações

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A implicação da agricultura no ciclo das águas repercute na utilização desta para irrigação, uso urbano ou industrial, que dobrou seu consumo, comprometendo sua disponibilidade no planeta. Cerca de 70% dessa água foi para o consumo na irrigação. Ao se associar esse consumo ao uso de fertilizantes e agrotóxicos, a qualidade da água fica ainda mais prejudicada, comprometendo as populações que vivem dos sistemas cultivados (PORTO; FREITAS, 2006).

Com a chegada dos europeus às terras indígenas ocorreu mudanças nos hábitos de seus habitantes, porque uma parte dessa população foi morta para domínio da terra, enquanto outra parte foi escravizada pela conveniência de trabalho.

Os indígena sob domínio português foram explorados na extração da madeira posteriormente da agricultura com base na monocultura, outras atividades agrícolas importantes foram as lavouras do fumo e do algodão. Destacando-se no Brasil-colônia a cultura da cana-de-açúcar, principalmente nas capitanias de Pernambuco e da Bahia.

Ao longo da história da humanidade, na agricultura a capacidade humana está ligada a manipulação da terra com técnicas de conter os fenômenos naturais, como pragas de insetos, grilos, gafanhotos e inundações, obtendo assim bons resultados na sua produção.

Se, no Antigo Egito, as chuvas deixavam as margens do rio Nilo férteis com o húmus, propiciando o cultivo de trigo e cevada (CAMPOS; MIRANDA, 2005) para suprir as necessidades humanas (VEIGA, 2003), também a humanidade tinha conhecimento da utilização de substâncias orgânicas, como o estrume e esterco, e de substâncias químicas, como arsênio, enxofre, calcário e outros (SILVA et al., 2004).

Com o passar do tempo para garantir a produção agrícola, iniciou a prática da utilização de substâncias químicas e, por volta de aproximadamente 1.000 anos atrás, os chineses utilizavam compostos químicos de arsênio, como o sulfato de arsênio, no combate às pragas. A utilização de agrotóxicos constitui uma das características fundamentais do padrão tecnológico introduzido na agricultura brasileira dos anos de 1960, através do processo conhecido como “Modernização Conservadora” (CARRARO, 1997).

No Brasil a chegada dos agrotóxicos veio do pós-guerra, a utilização de substâncias químicas ficou evidente antes da década de 1950, sendo notada sua presença entre as décadas de 1930 e 1940. A qual já se encontrava atado ao processo da Revolução Industrial. tendo como característica estimular a expansão das agroindústrias, a produção de máquinas, a produção agrícola e insumos de uso agrícola e a produção de processados para o mercado exterior. Este foi o caminho encontrado pelas indústrias para manter os lucros obtidos durante a guerra, transformando materiais explosivos em adubos sintéticos e nitrogenados, gases mortais em agrotóxicos, e tanques de guerra em tratores.

O pós-guerra conhecido como Revolução Verde, veio com promessas de desenvolvimento agrícola, com propostas de modelo de produção sistemática capitalista e pelo sistema socialista, acreditando ter solucionado assim em grande parte a questão da fome, tendo a agricultura como base e garantia do desenvolvimento em regiões dos países menos favorecidos, e incentivos de alguns países em desenvolvimento ou subdesenvolvidos.

Com a prioridade do subsídio de créditos agrícolas para incentivo na agricultura, pôde ser observado grande consumo de agrotóxicos, o que fez o agricultor brasileiro ser obrigado a comprar agrotóxicos mediante créditos agrícolas rurais, ofertado pelo governo. Parte desse crédito estava diretamente relacionada a compra de insumos tóxicos agrícola, como condição fundamental para a aprovação do financiamento rural. Outro fator de real importância foram as ofertas e a publicidade que enaltecia as propriedades dos agrotóxicos de restringir o trabalho com as pragas e de favorecerem alimentos, populações e trabalhadores. Na época atual empresas como: Monsanto, Cargill, Bunge, Syngenta, Bayer e Basf, entre outras, estabelecem condições e regras de produção que prestigia o modelo convencional da agricultura.

- METODOLOGIA

Este artigo de revisão bibliográfica teve como objetivo mostrar o uso de agrotóxico-fertilizantes químicos. Tratou-se de um estudo transversal, descritivo, com amostragem, composta por pessoas mobilizadas em uma única rede social, utilizando abordagem metodológica quantitativa e qualitativa. Para este estudo foi aplicado um formulário estruturado, contendo dados socioeconômicos, hábitos de vida, história pregressa familiar, caracterização do trabalho, exposição do trabalhador, orientações para o trabalhador em área de uso de agrotóxicos e exame físico.

- RESULTADO S E DISCURSÃO

O uso agrotóxico por empresa agrícolas é reconhecido por todos dos trabalhadores rurais. Todos consideram que os agrotóxicos podem causar danos à sua saúde e enfatizam já ter tido contato com esses produtos. O tempo de contato com estes agrotóxico variou de meses a anos. A frequência de exposição variou de 8 a 9 horas por dia e o último contato há menos de 12 horas da última atividade laboral.

No trabalho observou-se que os trabalhadores não sabem a qual fertilizante foi exposto ou qual foi aplicado durante o momento que estava trabalhando. Também não sabem se estiveram expostos a sulfeto de zinco ou enxofre agrícola. Mesmo assim reconhecerem que na empresa onde trabalham há presença de produtos químicos como fertilizantes e que em razão da quantidade de produtos usado ou até mesmo por não terem acesso a estas informações.

Existe também a prática de aplicação de mais de um produto químico, forcando estes trabalhadores a ficarem expostos a mais de dois produtos químicos de uma só vez. Esse tipo de exposição pode causar efeitos nocivos à saúde humana, levando em consideração relativos fatores e hábitos de vida desses agricultores expostos.

Os trabalhadores declararam ter recebido treinamento admissional, continuado ou eventual em saúde e segurança no trabalho. Sobre as atividades desenvolvidas pela empresa e seus riscos à saúde, trabalho e ambiente não receberam informação sobre essas atividades e também não receberam treinamento sobre proteção da saúde no trabalho com uso de agrotóxicos.

Apesar de todos terem recebido treinamentos para a prática do uso de EPI a utilização correta destes. também observou-se entre os entrevistados que a maioria não fez treinamento para realizar leitura de rótulos de produtos utilizados na empresa. Os trabalhadores se sentiram

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