A FALTA DE PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO NAS AULAS DA ESCOLA REGULAR

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“O ensino escolar necessita, dessa forma, se basear numa concepção crítica, pois é pelo questionamento crítico que se chega a compreender a estrutura autoritária dos processos institucionalizados da sociedade e que formam as falsas convicções, os falsos interesses e desejos”. (KUNZ, 2006, p. 122)

A importância do planejamento é enorme porque é através dele que o professor organiza a sua ação didática, busca alcançar os objetivos, aprende a superar dificuldades encontradas, possibilitando trabalhar todo processo de ensino aprendizagem. Tendo em vista que o planejamento escolar sempre objetivou proporcionar ferramentas para os professores na sua constante contribuição a respeito da prática pedagógica, os professores de Educação Física precisam compreender a importância de fazer o planejamento escolar. Para (ALVES, 2006, p. 77) “Não, o problema fundamental da nossa educação não está na falta de recursos. O problema está em que não sabemos mais sonhar. Recursos abundantes nas mãos daqueles que se esqueceram de sonhar só podem produzir a morte”. Portanto, é necessário incitar novos questionamentos nomeio educativo para que ocorra um processo de entendimento e de compreensão, no sentido ao educar e ao aprender. A partir de uma nova visão a escola deve cumprir seu papel social e educativo, já o professor deve contextualizar a sua prática pedagógica de modo a ensinar o seu aluno a entender as razões que proporcionam o aprendizado. Assim, segundo Scarpato (2012, p. 70) “Para que, de fato, ocorra à aprendizagem é necessário que o conteúdo aprendido tenha um significado e esteja relacionado com as expectativas e projetos pessoais que cada aluno tem”.

É incrível mesmo no século XXI, como a educação no Brasil ainda caminha a passos lentos, no momento em que as tecnologias estão sendo renovadas cada vez mais e trazem ferramentas que podem facilitar o trabalho do professor no ensino da educação infantil, nem todos ainda tem acesso às mesmas. No entanto, é necessário frisar que as instituições de nível superior nem sempre formam bons profissionais o que acaba gerando um efeito em cadeia, porque, um professor mal preparado resultara em prejuízos, no qual, os alunos não serão bem orientados e não terão uma educação de boa qualidade. Assim, é possível perceber que as campanhas para a escolarização nem sempre surtem efeito, visto que, o Brasil em um ranking de educação de 50 países está em 48° lugar.

- CONCLUSÃO.

Portanto, o planejamento é algo essencial para que o professor de Educação Física possa mediar sua aula de forma correta, no qual, é necessário planejar a metodologia, o conteúdo, os recursos didáticos, os objetivos e principalmente como será o processo de avaliação de ensino-aprendizagem dos alunos. Esse cenário é o correto, no entanto, muitas vezes nada disso acontece na escola, às aulas nem sempre são planejadas de maneira coerente, com brincadeiras iguais sendo dadas em diferentes séries não respeitando a diferença de faixa etária e as particularidades de cada individuo e isso não pode acontecer, visto que, séries diferentes precisam de tipos diferentes de aula. Destaco ainda que para Daolio (2013, p. 65) “é interessante assinalar também que os professores, quando perguntados a respeito da especificidade da Educação Física, não conseguiram diferenciá-la de maneira clara de outras disciplinas [...]” Assim, o planejamento das aulas não pode ser pensado pelo professor de Educação Física com algo obrigatório e burocrático que é pedido pela escola e sim como um instrumento de fundamental importância que o ajudará a compreender melhor o que e como ensinar e como avaliar o seu próprio ensino e o que seus alunos aprenderam. De modo que o caso que coloquei como base para o desenvolvimento desse estudo é um exemplo a ser seguido e que se todos os profissionais tiverem o mesmo comprometimento que a professora acredito que a Educação Física deixara de vez para trás o passado sombrio que a acompanha.

- REFERENCIAL.

Alves, Rubem. Conversas sobre educação / Rubem Alves; [organização Raissa Castro Oliveira]. – Campinas, SP: Verus Editora, 2003.

Daolio, Jocimar. Da cultura do corpo. / 17ª ed. - Campinas, SP: Papirus, 2013. (Coleção Corpo & Motrcidade)

Kunz, Elenor. Transformação didático-pedagógica do esporte / 7. Ed. – Ijuí : Ed. Unijuí, 2006. – 160 p. – (Coleção educação física).

Scarpato, Marta. Didática e desenvolvimento integral / 1.ed. – São Paulo : Avercamp, 2012. 128p. (Didática na prática ; 4)