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A Cristologia na Pós-Modernidade

Por:   •  22/4/2018  •  3.114 Palavras (13 Páginas)  •  406 Visualizações

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No seu livro, O Deus Crucificado, Jurgen Moltmann, Pastor de Confissão Luterana dialoga sobre uma teologia crucis:

Hoje é fundamental que a igreja e a teologia reflitam sobre o Cristo crucificado para mostrar ao mundo a sua liberdade e, se elas quiserem ser o que elas afirmam ser: A igreja de Cristo e a teologia cristã. A justificada crítica sociológica, psicológica e ideológica à igreja e teologia, e que tivemos a sorte de vivenciar, só pode ser recebida e radicalizada por meio de uma teologia crítica da cruz. Há um critério inerente a toda teologia e a toda igreja que se afirma cristã e esse critério transcende toda crítica política, ideológica e psicológica de fora. Este critério é o próprio Cristo crucificado. Quando as igrejas, teologias e modos de fé recorrem a ele − e elas precisam recorrer a ele, se quiserem ser cristãs −, elas estão recorrendo ao juiz mais rigoroso e ao mais radical libertador da mentira e vaidade, libertador da luta por poder e do medo.

Dentro dos ditos acima, o corolário da fé cristã, é sim a Cruz de Cristo, tanto que John Stott no livro intitulado da Editora Vida, basificou seu discurso que não é a manjedoura o símbolo do Cristianismo, mas a Cruz. Soa-nos ainda destacar que nesse introito poderíamos escrever best seller’s , e mesmo assim a inesgotabilidade da Cristologia é um preço inestimável da história teológica.

Portanto, neste Séc XX tivemos vozes apreensivas que sacudiram as óticas usuais do Cristianismo Ortodoxo e seus segmentos, e sem esquecermo-nos de mencionar o alçamento de pilares pastorais no combate epistêmico ao liberalismo assediador nos portais das academias europeias e enamorando seminários norte-americanos de confissões protestantes reformadas. Temos a responsabilidade de anunciar o santo evangelho com foco nas biografias advindas dos Evangelhos canônicos, as consolidações epistolares, segmentando com os discursos da Patrística, os Pais do deserto, os reformadores, puritanos numa sólida ortodoxia.

Jesus de Nazaré segundo José Antônio Pagola, Teólogo Católico afirma:

“Jesus de Nazaré é a resposta humano-teológica de Deus para um mundo desorganizado e imerso na banalidade antissocial, religiosamente antidemocrática, portanto, Nele o filho de Deus repousa a shalom do ABBA.”

Em seu livro O Deus Crucificado, Jürgen Moltmann, analisa a missão do Cristo como combate as atividade do mal no mundo e residente na conduta judaica de sua época:

“Jesus morreu porque preferiu se acercar dos despossuídos deste mundo. Em vez dos palácios, preferiu estar juntos dos pequeninos, das prostitutas e dos deserdados da terra, aos quais, em verdade, pertence o reinado de Deus. Este seu comprometimento com os pobres e oprimidos lhe custou a vida. Mas a vida só vale mesmo a pena, quando é vivida intensamente. A vida perde o sentido mais profundo (ao ponto de nos apequenar) quando não se é capaz de ser leal a si mesmo e aos seus princípios. Jesus Cristo nunca tergiversou quando a questão era ser fiel a Deus e aos cansados e oprimidos. Todo confronto advindo dessa opção não pode ser visto como perda ou derrota, mas sim como vitória sobre si e sobre o mal presente no mundo”

A missão de Jesus sim era conduzir os apóstolos a irem ao mundo anunciando sua graça em luta constante contra a religiosidade humana, os legalismos inconsequentes, como dito em Atos dos Apóstolos pelo médico e historiador Lucas, de “Jerusalém à Roma”.

2 – CRISTOLOGIA NO SÉCULO XX, AS INCURSÕES DA TL ( TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO ) E TMI ( TEOLOGIA DA MISSÃO INTEGRAL )

Temos nas tratativas Cristológicas do Séc XX à chegada de um Jesus em termos de uma Teologia da Libertação (TL) das opressões sociais, econômicas e políticas. A TL foi descrita por seus principais representantes como uma reinterpretação analítica e antropológica da fé cristã, em vista dos problemas sociais existentes particularmente na América Latina. Lembrando que a TL trouxe rachas extra deprimentes na diretrizes do Catolicismo como no caso de Leonardo Boff e o até então cardeal Ratzinger ( Ex-Papa Bento XVI ). Se o viés era catalisar uma avalanche discursivo-prática, a TL teve seus expoentes falando com maestria em vários encontros, Gustavo Gutierrez em sua obra Teologia da Libertação, Ediçoes Paulinas, trata-a como um êxodo teológico.

O catedrático e Filosófo/Teológo Leonardo Boff, disse em 1984 num encontro de Bispos da CBB o seguinte:

“Por uma Teologia da Libertação, toda reprimenda social mostrará aos Latino-Americanos que Jesus de Nazaré luta constantemente em seu Reino pelos pobres, e essa foi a sua Missão.”

Rubem Alves, no livro, Por uma Teologia da Libertação, Fonte Editorial, assevera pontos teológicos sérios e nessa obra, o teólogo IN MEMORIAN, volta-se para a necessidade do terceiro mundo, em especial na América Latina. Cristologicamente a TL proposta por Rubem Alves não foi aceita na Igreja Protestante Brasileira, lembrando-se do capitalismo institucional que embarca o presbiterianismo de sua época pastoral, sem deixarmos de falar da doutrina calvinista, motor teológico estrito e ultra-exigencial.

Na década de 70 surge por meio do Congresso de Lausanne na Suíça, a TMI, Teologia da Missão Integral, que em âmbitos acadêmicos tentam aproximá-la da TL, mas isso é inconcebível, pois seu idealizador o Teólogo Equatoriano Renê Padilla, e seu redator o anglicano John Stott. Ricardo Gondim em sua tese de Mestrado na Universidade Metodista e livro lançado pela Fonte Editorial aponta uma sistemática interessante ao destacar a realidade utópica que esse novo movimento estaria ultrajando para solos latino-americanos.

O Profº Dr Ricardo Quadros Gouveia, diz-nos sobre a Missão Integral:

“A Bíblia no Novo Testamento, apresenta a Missão Integral nos discursos de Jesus e nas atuações apostólicas.”

Sabemos que a grande necessidade humana é amplificadora, todo o ser do Evangelho resume no devido tratado social das condições inóspitas e assim provermos sustentabilidade. Não se trata de um possível Evangelho e Sustentabilidade, mas a sustentabilidade humana por meio do Evangelho, o Reino de Deus deve aplacar o desafio Cristológico nas correntes denominacionais. Apenas ter um cadastro e popularidade eclesiológica, não demonstra a real potencialidade da Igreja de Jesus Cristo. Nosso estandarte é servir, irmos moldando o status social que penhora vidas ao sacrilégio.

Ariovaldo

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