GESTÃO DE PESSOAS

...

Motivação

O militar tem uma missão nobre e difícil que é defender o cidadão, o estado e a pátria, sabendo de suas limitações ele anseia por uma qualidade de vida que lhe proporcione bem estar no trabalho e no seu dia a dia com a família e em sociedade. Contudo, é importante que haja por parte do Estado/gestor o interesse em garantir:

- Planos de cargos e salários bem definidos;

- Programas de incentivos (premiar o desempenho);

- Participação nos resultados do grupo (reconhecimento);

- Programa de capacitação corporativa (cursos e estágios).

Por outro lado, a motivação do policial, geralmente ocorre em circunstâncias como dispensa do serviço e como indicação para receber condecorações pertinentes aos bons serviços prestados em determinadas ocasiões e promoções. O policial normalmente aproveita tais circunstâncias para colocar em dia problemas particulares pendentes no primeiro caso e, no segundo, melhorar o seu conceito na corporação, já que tal fato quando efetivado é registrado em ficha pessoal. Nesse último caso, especialmente, observa-se a melhoria da autoestima pela elevação profissional. A Motivação para o trabalho é um estado psicológico de disposição, interesse ou vontade de perseguir ou realizar uma tarefa ou meta. Logo, a motivação para o trabalho é resultante de uma interação complexa entre os motivos internos das pessoas e os estímulos da situação ou ambiente.

Competências individuais: delegação

No militarismo a delegação se faz quando um superior hierárquico confia determinada função ao subordinado, que por sua vez tão logo execute sua missão retorne ao superior o resultado, ou seja, a resposta de que cumpriu a ordem. É o caso em que o comandante do quartel sai para uma reunião e autoriza o oficial delegado a enviar determinado documento ao escalão superior, assinando em seu impedimento. Outro caso ocorre quando o oficial, durante operação policial militar, é acionado para ir até o Comando Geral e o sargento assume o comando.

Saber delegar com eficácia significa dar a tarefa certa à pessoa certa, concedendo-lhe o grau certo de liberdade para que o trabalho se desenvolva de forma mais eficiente e produtiva. Observa-se que a competência do saber delegar permite ao superior e a toda a sua equipe dar o seu melhor, além de permitir o aperfeiçoamento progressivo. De outro modo, uma fraca capacidade de delegação prejudica a equipe.

Qualidade de vida no trabalho

A carreira militar requer dedicação igualmente às outras profissões, sendo que o policial passa mais tempo em atividade de trabalho e pouco tempo para vida social/familiar.

Para o policial, fica evidente a necessidade de um bom nível de qualidade de vida no trabalho e consequentemente fora dele. Para atingir esse elevado nível, nota-se também que o aspecto saúde e sua correlação com a atividade física são pontos importantes e pontuais para o bem estar e para a manutenção da capacidade de trabalho durante toda a sua carreira. Assim, a necessidade da melhoria dessas variáveis para quem se encontra abaixo ou em níveis insatisfatórios deve melhorar.

Desta maneira, o policial necessita de bons índices de qualidade de vida associados à saúde e atividade física para conseguir atingir altos patamares de satisfação com a profissão para que possa repassar esse contentamento no serviço atuante diário e não apresente dificuldades em conciliar o trabalho e a vida pessoal, tais como: dificuldades nas relações familiares, queda no desempenho profissional, aumento da tensão e desgaste emocional e, por fim, as exigências diárias de trabalho que têm agravado a saúde mental e o nível de estresse de muitos.

Gestão: adequação

Apesar de poucos avanços ocasionados na mudança da estrutura organizacional referente à Gestão de Pessoas no âmbito da Polícia Militar, verificam-se problemas que, ao longo do tempo, poderão ser corrigidos e adequados às necessidades da corporação. Quais sejam:

- Ausência da informatização no controle do efetivo nas sub-seções de pessoas das unidades policiais militares, pois o serviço ainda é feito via documentos e excesso de burocracia;

- Carência na capacitação e especificidade no pessoal encarregado dos serviços de Gestão de Pessoas;

- Precariedade de meios materiais;

- Pouca abrangência da política de capacitação, treinamentos, reciclagem,

orientação e programas de incentivos;

- Ineficiência na abrangência dos Programas Sociais para os policiais;

- Promoções, salários e gratificações como alvos de muitas críticas do

efetivo;

- Pouca abrangência nas ausências de assistência médicas e jurídicas nas

atividades policiais;

- Soluções a discutir em sala de aula.

Considerações finais

A partir do percurso proposto pelo texto sobre gestão, conclui-se que tal, como método, configura-se como uma das formas mais democráticas, principalmente por permitir que o grupo em consonância com a interação exprima seus anseios, seus sentimentos, suas incertezas e, principalmente, possa expor suas idéias e apresentar sugestões nas soluções dos problemas. Isso posto, acredita-se que é possível a gestão de pessoas na Polícia Militar, sobretudo pela valorização do ser humano e mais, pelo resgate dessa valorização que ainda está em vias de construção, porque apesar das