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O pedagogo e as praticas inclusivas

Por:   •  5/4/2018  •  2.577 Palavras (11 Páginas)  •  316 Visualizações

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Os pedagogos devem receber formação para observar e considerar o desenvolvimento individual, mesmo que ele fuja dos critérios previstos para o resto do grupo. Os alunos de inclusão devem ser avaliados de acordo com os próprios avanços e nunca mediante critérios comparativos.

Para lidar com as inseguranças dos pedagogos com relação aos alunos inclusos é bom promover encontros de formação e discussões em que sejam apresentadas as novas concepções sobre a inclusão (que falam, sobretudo, das possibilidades de aprendizagem). “O contrato com teorias e práticas pedagógicas transforma o posicionamento do professor em relação a educação inclusiva”, diz Ramos (2010). Nesses encontros, não devem ser discutidos apenas características das deficiências.

“Apostamos pouco na capacidade desses alunos porque gastamos muito tempo tentando entender o que eles têm, em vez de conhecer as experiências pelas quais já passaram”; afirma Russo (2009) presidente do instituto paradigma, de São Paulo.

Existem bastantes debates, conversas e discussões sobre a inclusão nas escolas do Brasil. A inclusão é um desafio que deve ser enfrentado é um assunto que deve ser debatido principalmente na academia onde são formados os educadores. As escolas precisam urgentemente preparação para receber crianças com deficiência e nem todas as escolas municipais e até estaduais tem estrutura para melhor atender crianças com deficiências ou até mesmo o próprio educador não tem porte para melhor preparação desta criança.

Conseguimos melhor identificar as características humana através do seu convívio social, como ela é vista e aceita na sociedade isso não atrapalha só na sobrevivência mais também no psicológico da pessoa. A criança com deficiência precisa de um bom convívio para poder organizar seus pensamentos, precisa de interações com pessoas sem a deficiência para ela não se isolar e não querer participar das atividades escolares.

O pedagogo tem o papel de modificar suas atividades para que todos possam interagir todos juntos e que ninguém se sinta excluído e ate melhor avaliar a criança com deficiência.

Segundo Aucoutier e Lapiere, (1986, p.77) “É através de uma relação entre professor e aluno com deficiência relação esta que dever ser baseada de forma espontânea, autentica e comprometida é que fluirá uma comunicação numa relação dialética de trocas e que possibilitara ao educador compreender aquilo que a criança vive”.

O pedagogo precisa estar sempre à procura da melhor forma de desenvolver seus conhecimentos, na capacidade de cada aluno.

Mittler (2003, p.20) afirma que: “A inclusão depende do trabalho cotidiano dos professores na sala de aula e do seu sucesso em garantir que todas as crianças possam participar de cada aula e da vida da escola como um todo. Os professores, por sua vez, necessitam trabalhar em escolas que sejam planejadas e administradas de acordo com linhas inclusivas e que sejam apoiadas pelos governantes, pela comunidade local, pelas autoridades educacionais locais e acima de tudo pelos pais.”

Observamos aqui de acordo com o autor que esta tarefa vai muito além da sala de aula e não depende tão somente do educador. O aprendizado inclusivo desta forma deve ser construído dia após dia com o auxílio e acompanhamento de todas as esferas sociais desde a família ao governo.

A inclusão na escola não depende só do pedagogo, mas de todo o corpo docente, desde a merendeira a diretora.

Para que o pedagogo possa trabalhar com crianças deficientes além de procurar os melhores métodos de ensino para os educandos, ele também precisa de materiais e ambientes adequados para cada tipo de deficiência. Ele não deve seguir o currículo para criar suas aulas, o dever dele é avaliar a forma de aprendizagem, e o desenvolvimento de cada aluno, mostrando seus pontos positivos e não somente os negativos.

Para Vygotsky (1988), o universo social tem fundamental importância no processo de constituição do sujeito, portanto, a mediação do professor é crucial, nessa mesma constituição. Considera o papel do professor como essencial no processo de ensino-aprendizagem, sendo o mediador antecipando o desenvolvimento do aluno, propondo desafios que lhe auxilie na busca pelo significado do seu mundo.

Piaget atribui um papel essencial à escola e à ação docente. Diz ele:

“Proclamar que toda pessoa humana tem o direito à educação não é pois unicamente sugerir, tal como o supõe a psicologia individualista tributária do senso comum, que todo indivíduo, garantido por sua natureza psicobiológica ao atingir um nível de desenvolvimento já elevado, possui além disso o direito de receber da sociedade a iniciação às tradições culturais e morais; é pelo contrário e muito mais aprofundadamente, afirmar que o indivíduo não poderia adquirir suas estruturas mentais mais essenciais sem uma contribuição exterior, a exigir um certo meio social de formação, e que em todos os níveis (desde os mais elementares até os mais altos) o fator social ou educativo constitui uma condição do desenvolvimento. (PIAGET, 1972, p.33)”

Para ele não é possível desenvolver-se e, consequentemente, aprender sem outro, sem um professor, esse outro que permitirá a inclusão. Segundo ele a formação adequada e uma aprendizagem real dependem do estabelecimento de relações complexas entre professor e alunos e entre os próprios alunos. Assim, o adulto desempenha o importante papel de solicitar o pensamento e a atividade da criança, organizando situações estimulantes que envolvam criação, invenção, descoberta, questões e problemas a serem solucionados, trocas de pontos de vista entre parceiros e trabalhos em pequenos grupos. Cabe a ele organizar situações que possam constituir perturbações, levando ao desequilíbrio cognitivo e, assim, desencadeando o processo de equilibração, o desenvolvimento e a aprendizagem em sentido amplo. Sem isso a escola e os próprios docentes continuarão a excluir os que não aprendem e, portanto, estaremos longe de compreender o real significado da inclusão.

Para a educadora Maria Teresa Égler Mantoan, na escola inclusiva professores e alunos aprendem uma lição que a vida dificilmente ensina: respeitar as diferenças. Esse é o primeiro passo para construir uma escola mais justa.

Para ela inclusão é a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e, assim, ter o privilégio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de nós. Para isso, em primeiro lugar, a escola precisa de

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