AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA: UMA PRÁTICA EM BUSCA DE NOVAS ALTERNATIVAS
Por: Juliana2017 • 7/5/2018 • 8.721 Palavras (35 Páginas) • 476 Visualizações
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2. PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM E O PAPEL DA AVALIAÇÃO RESGATANDO AS IDÉIAS PEDAGÓGICAS
Segundo Perrenoud (1999, p. 9) “[...] avaliação nasceu com os colégios por volta do século XVII, tornando-se indissociável do ensino de massa que conhecemos desde o século XIX com a escolaridade obrigatória”.
Apesar de quase unânime de que a avaliação é necessária no processo de escolarização, a ação avaliativa continua sendo um tema polêmico.
A questão é saber se cada época reinventa a maneira em sua linguagem, ou seja acontece algo diferente. Acredita-se que a história muda no dia a dia, através de uma avaliação que possa auxiliar o aluno a aprender e quem sabe, apontar novas alternativas para a educação.
Sabe-se que a mudança não se dá de uma só vez, mas aos poucos, isto porque a avaliação é um processo que aprecia ser bem articulado no cotidiano escolar e que sobre influências do contexto histórico ao qual está inserido.
Atualmente existem pedagogos que buscam colocar a avaliação a serviço do aluno e não do sistema, e mesmo condenando notas, elas ainda estão presentes nas instituições escolares, e assim lentamente a escola muda nas perspectivas de encontrar novos rumos e possibilidades para o processo avaliativo.
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E ainda Perrenoud (1999, p.17) diz:
Mais dia, menos dias os sistemas educativos estarão encurralados: ou continuarão presos ao passado, fazendo um discurso de vanguarda, ou transportarão os obstáculos e orientar-se-ão para um futuro em que as hierarquias de excelência serão menos importantes do que as competências reais de maior número.
A partir disto, pode-se dizer que a escola começa a despertar para mudanças, pois sabe que os conflitos e dificuldades estão necessitando de soluções urgentes e criativas que possam superar esse momento de transição.
A avaliação escolar, hoje, é um grande desafio. Existem diversos instrumentos para analisar o desempenho do aluno e fazer com que todos vençam este desafio e se integrem ao processo ensino-aprendizagem.
O Processo de avaliação do resultado escolar dos alunos está profundamente marcado pela necessidade de criação de uma nova cultura sobre avaliação, que ultrapasse os limites da técnica e incorpore em sua dinâmica a dimensão ética.
No processo ensino-aprendizagem faz-se necessário a reconstrução do processo de avaliação como parte de um movimento articulado pelo compromisso com o desenvolvimento de uma prática pedagógica comprometida com a inclusão, com a pluralidade, com o respeito às diferenças, com a construção coletiva. Um movimento direcionado pela concepção de escola no território múltiplo, marcado pela diversidade de culturas e vozes.
Como podemos explicar o problema da avaliação? Como se desenvolve? E como permanece problemática há tanto tempo? Os professores apontam como problema fundamental da avaliação os próprios alunos, que são carentes, desinteressados, pobres preguiçosos e nas famílias que não acompanham seus filhos, mães que trabalham fora e pais analfabetos. Outros apontam ainda que o problema está no número de alunos por sala, a situação em que o professor tem que assumir aulas em excesso para sobreviver e o sistema que determina e cobra notas.
Vasconcellos (1998), afirma que estes são problemas aparentes: não que não constituam problemas, que inclusive precisam ser equacionados no processo, mas não são os problemas de fundo, determinantes.
Entendemos que o grande entrave está no seu uso como instrumento de controle, de inculcação ideológica e discriminação social. De fato nós percebemos a dificuldade que a avaliação apresenta e os resultados drásticos que podem trazer para a educação.
Geralmente o que se pode dizer é que avaliação, que deveria ser um acompanhamento do processo educacional, tornou-se objetivo desse processo, na prática dos educandos e da instituição: o aluno deve estudar para passar!
Esteban (2001, p.5) diz que:
O prazer de aprender desaparece quando a aprendizagem é reduzida a provas e notas, os alunos passam a estudar para se dar bem na prova e para isso tem que memorizar as respostas consideradas pelo professor.
A avaliação não pode ser confundida com qualificação, atribuição de notas. Para começar o professor deve ter em mente que o estar em jogo é o desenvolvimento do ser humano. Envolve projetos, aspirações, realidades e sonhos de seres em formação.
A avaliação é um elemento a mais no processo ensino-aprendizagem. Expressa acompanhamento do progresso de seus alunos, para que possam aprender, pensar e criar autonomia. E também um termômetro para o professor saber como está o próprio trabalho. A finalidade portanto, não é de classificar, recompensar ou punir o que perpetua a exclusão, a reprovação e o fracasso escolar.
Ao contrário, a avaliação serve para estimular os alunos, orienta-los nas tarefas, oferecendo novas leituras e explicações, sugerir-lhes investigações, provoca-los.
O movimento de ação-reflexão-ação é oposto a transmitir, memorizar, repetir, verificar, atribuir notas, classificar e rotular.
2.1 FUNÇÕES DA AVALIAÇÃO
A avaliação é um tema muito complexo a ser discutido, pois embora tenha tido seu início na escola, no processo de ensino-aprendizagem, ela é, hoje em dia, uma atividade constante na prática de profissionais nas mais diversas áreas, tanto na escola quanto em empresas. Enquanto ação educacional, a avaliação exige constante reflexão sobre o sujeito e suas implicações do ato de avaliar.
Faz parte do trabalho docente verificar e julgar o rendimento discente. E nesse sentido também que se pode dizer que o aluno é uma espécie de “espelho” do trabalho desenvolvido em sala de aula, uma vez que o professor que está avaliando seus alunos está, subjetivamente, avaliando o seu próprio trabalho realizado em sala de aula.
A avaliação é um recurso pedagógico muito ágil e necessário no auxílio a cada educador e cada educando podendo proporcionar melhores condições de relacionamento e construção de melhor modo de vida (seja dentro ou fora da escola) para o educando de forma que a
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