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O PEDAGOGO E AS PRATICAS INCLUSIVAS

Por:   •  20/3/2018  •  1.745 Palavras (7 Páginas)  •  315 Visualizações

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Aprender a trabalhar com a inclusão é um desafio para os docentes e para a Escola de modo geral, que necessitam criar meios para aprender a trabalhar com perspectiva. Assim, o professor, cuja função é ensinar, tem também a necessidade de aprender.

“Aprender é adquirir conhecimentos, construir saberes que são ferramentas para desenvolver seu trabalho. O professor vai aprendendo a ensinar enfrentando cotidianamente diversas situações que lhe possibilitam construir tais ferramentas” (TARDIF, 2002).

O sucesso do processo de aprendizagem depende do projeto de inclusão, com trabalho cooperativo entre o professor regular e o professor especializado para atuar com crianças com necessidades educacionais especiais, na busca de estratégias de ensino, alternativas metodológicas, modificações, ajustes e adaptações na programação e atividades. A inclusão traz questão de que nós, pedagogos e professores não estamos prontos, formados. Nos faz enxergar que sempre temos algo a aprender e que essa aprendizagem é diária e tem que fazer parte do nosso cotidiano.

A Lei de Diretrizes Educacionais - LDB (Lei 9394/96) estabeleceu, entre outros princípios, o de "igualdade e condições para o acesso e permanência na escola" e adotou nova modalidade de educação para "educando com necessidades especiais." Essa lei de Inclusão vem gerando algumas controvérsias, tanto no meio acadêmico quanto na própria sociedade, acarretando sentidos distorcidos. Porém, é possível perceber que as escolas regulares que seguem orientação inclusiva, constituem os meios capazes para combater as atitudes discriminatórias, criando comunidades abertas e solidárias, construindo uma sociedade inclusiva e atingindo a educação para todos.

“As escolas devem ajustar-se a todas as crianças, independentemente das suas condições físicas, sociais, linguísticas ou outras. Neste conceito devem incluir-se crianças com deficiências ou superdotadas, crianças de rua ou crianças que trabalham, crianças de populações imigradas ou nômades, crianças de minorias linguísticas, étnicas ou culturais e crianças de áreas ou grupos desfavorecidos ou marginais” Declaração de Salamanca, UNESCO, 1994.

Conforme CARVALHO, Especiais devem ser consideradas as alternativas educativas que a escola precisa organizar, para que qualquer aluno tenha sucesso; especiais são os procedimentos de ensino; especiais são as estratégias que a prática pedagógica deve assumir para remover barreiras para a aprendizagem. Como esse enfoque temos procurado pensar no especial da educação, parecendo-nos mais recomendável do que atribuir essa característica ao alunado. (2000, p.17)

Tal conceito nos remete a mudanças significativas no contexto escolar no que se refere às questões pedagógicas, relacionais, administrativas e institucionais, garantindo a aprendizagem de todos os alunos, tendo em vista o respeito pela diferença. Acompanhando este raciocínio, CARVALHO( 2000, p. 17) “[...] a diferença não é uma peculiaridade das pessoas com deficiências ou das superdotadas. Todos somos absolutamente diferentes uns dos outros e de nós mesmos, a medida que crescemos e nos desenvolvemos. Somos todos especiais.”

Partindo da premissa de que quanto mais a criança interage espontaneamente com situações diferenciadas, mais ela adquire o genuíno conhecimento, fica fácil entender porque a segregação não é prejudicial apenas para o aluno com deficiência. A segregação prejudica a todos, porque impede que as crianças das escolas regulares tenham oportunidade de conhecer a vida humana com todas as suas dimensões e desafios.

Dessa forma, a Escola busca organizar a prática pedagógica, possibilitando a individualização do ensino de acordo com as particularidades de todos os alunos. Atendendo a esse princípio, a Escola trabalha com professor de apoio permanente para os alunos que necessitam de atendimento individual que é a participação de mais de um professor em sala de aula. Pressupõe, sobretudo um trabalho de planejamento coletivo e de colaboração entre os profissionais, centrando-se no contexto do grupo, atendendo não só os alunos com necessidades educativas especiais, mas também as eventuais especificidades dos demais alunos, contribuindo, dessa forma, com o processo de inclusão escolar. As adaptações curriculares, tanto no que se refere às adaptações dos objetivos, dos métodos, como também da avaliação, ocorrem como uma das formas mais específicas de contemplar as necessidades individuais do aluno.

A educação direcionada as pessoas com deficiência mostra-se lenta durante muitos anos, no entanto, não devemos desistir. A pretensão de favorecer o processo de integração escolar ocorreu mediante a Conferencia Mundial de Educação para Todos, ocorrido na Tailândia nos anos 90. Essa Conferência trouxe para essa parcela da população a possibilidade de melhorias no ensino.

Ainda nos dias atuais ocorre segregação destas pessoas e tudo isso culmina num processo desigual. Parafraseando Pacheco (2009), as instituições dos tempos atuais refletem nada menos que uma humanização precária, onde a Escola ainda é vista como berço de desigualdades.

Corremos o risco de nos deparamos em sala de aula com estas pessoas e não sabermos de fato como lidar com elas. Poucos são os profissionais que procuram se aperfeiçoar e se preparar para enfrentar tamanha tarefa, que é a de incluir sem excluir.

Buscando o aprofundamento da educação com vistas à educação inclusiva o pedagogo bem como a equipe pedagógica, necessitam preparar-se e tentar adequar suas escolas para receberem estes alunos. Hoje, finalmente, se percebeu que cabe a escola se adaptar às necessidades deles e não o inverso, tudo isso na tentativa de atender com qualidade toda a diversidade existente.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A inclusão ainda tem um longo caminho a percorrer na educação. Os professores devem ter acesso aos outros profissionais, como fonoaudiólogos e fisioterapeutas envolvidos no desenvolvimento das crianças com necessidades especiais. Com certeza este é um importante passo que traz contribuições significativas para as ações do professor em sala de aula.

À medida que os profissionais convivem e adquirem maiores informações sobre a condição especial do aluno com necessidades especiais, maior é a tendência em aceitá-los, por isso a inclusão é tão importante.

Para que a inclusão ocorra é imprescindível a necessidade de melhorias das práticas de ensino que viabilizem o atendimento à diversidade. A aceitação da diversidade exige o desenvolvimento

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