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O SENTIDO EM QUE SE MODIFICOU A PAISAGEM SOCIAL DO BRASIL PATRIARCAL DURANTE O SECULO XVIII E A PRIMEIRA METADE DO SECULO XIX

Por:   •  31/10/2018  •  2.443 Palavras (10 Páginas)  •  555 Visualizações

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Freyre aborda o fato de ter havido dois tipos de educação: a patriarcal e a semi patriarcal. A primeira, a dominação rural sob o senhor de engenho, já a segunda o declínio do patriarcalismo e o surgimento dos sobrados. Para o autor as três instituições que começar a quebrar o pater famílias são: Igreja, colégio e teatro. Com a chegada da família real no Brasil, somos reeuropeizados, agora pelos franceses, ingleses, inserindo um novo capitalismo. O filho se torna especial somente no século XVIII com a burguesia onde se aborda a questão da inocência. No entanto os 6 anos de que o filho é considerado ter autonomia sobre o corpo, levando - o a precocidade em se tornar adulto, eram cobrados bons modos. Em relação ao sadomasoquismo da mulher no patriarcalismo, ela tinha frieza para tomar as decisões, nem estava apta a política, sua função era procriar e dar prazer. Mas as negras escolhidas pelo senhor tinham prestígio social, pois o prazer era visto como a ideia de possuir. A educação jesuítica tornava as crianças melhores, deram muita importância a questão da língua e para a literatura, o que abriu as portas para o humanismo e o universalismo. Onde houver o questionamento do pater família. As crianças vão para a França para estudarem e quando adquirirem conhecimento questionam o modo de vida dos patriarcas. Com a urbanização houve o surgimento da Boêmia, teatros e bordéis. Tudo que era velho acabou, havia a idealização da morte jovem, os poetas morriam cedo com sífilis e tuberculose.

- O HOMEM E A MULHER

Este capítulo caracteriza-se, basicamente pelo surgimento dos homens talentosos e seu desinteresse pelas coisas práticas. Neste caso, o autor destaca a diferenciação dos gêneros, sendo que os gêneros se transformam mais culturalmente do que biologicamente. Há uma modalidade dupla que diferenciam os papeis de homem e mulher na sociedade, sendo que o amadurecimento masculino precoce mostra que o homem estava predestinado a desbravar o mundo, a ser criativo e talentoso, já as mulheres estavam destinadas a vida doméstica e do lar, haviam uma limitação até mesmo com suas vestimentas.

Algumas mulheres tinham poder; essas eram vistas como “mulheres-homens”, pois repetiam toda estrutura do patriarcalismo e por isso se masculinizam. É importante ressaltar que algumas mulheres assumiam esse papel por não terem conquistado esse lugar, mas por um contexto especifico, como por exemplo a morte do marido.

Com o romantismo, o amor passa a ser necessário para se fazer o casamento, os homens passaram a ter que conquistar as mulheres, com isso acontece a elevação social feminina.

Freyre discursa também sobre o “rapto’ quando a mulher branca passa a ter um papel na vida pública, mesmo com a resistência da família, relata o protestantismo com Calvino que questionava a intermediação do sagrado; já que a ideia que os membros da igreja estariam mais perto de Deus. Trata das relações sadomasoquistas: alguém que tem prazer e para isso sente dor. No caso das mulheres, houve um grande consumo de guloseimas para suprir o desejo sexual. As solteironas eram consideradas abusadas, deviam obediência a todos da casa, sendo um fardo econômico, até as mucamas eram superiores a elas. Por fim este capitulo cita o tamanho do crânio para falar sobre a inteligência e superioridade de raças e gêneros.

- O SOBRADO E O MUCAMBO

- AINDA O SOBRADO E O MUCAMBO

Nesse capitulo Freyre mostra o comercio como único corpo aristocrático. Os senhores dos engenhos formaram uma nova classe, ela era mais conservadora e foi sustentada até o século XIX, pela escravidão, e a escravidão formou a ‘base do sistema colonial'. Entretanto, devido a Revolução no Brasil a ordem dos senhores do engenho e dos clérigos estava instável. Havia uma certa diferença entre o filho do brasileiro e o filho do português. O filho do brasileiro rico, quando saia da sua infância era considerado ‘miserável da sociedade’, mas o filho do português (mesmo sendo fraco), tinha grandes cabedais no Brasil. Eles não sabiam educar os filhos, nisso veio o termo ‘inimigo do pai’ e além disso ainda era substituído em casa pelo marido da irmã. O comercio estava cada vez mais sólido, porem a agricultura estava definhada pelo excesso de tributos cobrados ainda existia os quintais e as roças. Nisso até teve uma forte crítica aos senhores de terras. Com a introdução das maquinas na agricultura originou a ociosidade dos escravos. Nisso as casas grandes viraram casa de campo e os senhores passaram a viver mais na cidade. Nisso também houve uma grande rivalidade entre o luxo dos senhores de engenho e o luxo dos fortes negociantes. A classe de agricultores se se arruína, porque eles adquirem uma dívida com os portugueses e acabam virando escravos deles. O romantismo era apenas para o brasileiro. Surgiu nessa época também a figura caixeiro, nisso houve uma rivalidade entre estudantes e caixeiro. Pois o negociante português, preferia o genro português para caixeiro do que o próprio filho. Logo depois houve a ascensão do caixeiro com a indústria os escravos se alimentavam muito mal, porem nas casas grandes já se alimentavam muito bem. Nisso os escravos que tinha mais dinheiro começaram a copiar os brancos, tanto nas vestes como nas casas, até mesmo nas músicas

- O BRASILEIRO E O EUROPEU

Este é o capítulo onde Gilberto Freyre fala claramente sobre a influência europeia no século XI. Segundo ele o Brasil era mais brasileiro no século XIII. Houve mudanças nas estruturas e nos costumes sociais, tudo mudou: casas, roupas, alimentos. O Brasil foi tomado por influências francesas e inglesas, a tradição oriental sendo criticada, os tons orientais que dava vida nos dias comuns foram substituídos pelo preto e cinza da influência europeia. Houve muitas barreiras para reeuropeização, de ordens naturais, geográficas e culturais. A modernização afetou diretamente o patriarcalismo. O subdesenvolvimento do Brasil assustava os europeus, no que diz respeito às riquezas. Os europeus dominavam o comércio brasileiro e suas mercadorias eram caras de má qualidade. Apesar das coisas negativas que o europeu veio trazer, destaca-se três pontos positivos. Com a ocidentalização o conhecimento técnico, científico e as novas profissões. A educação também sofreu mudanças, os colégios jesuítas tiravam a autonomia infantil. No século XIX a segunda língua do Brasil era a francesa, símbolo de prestígio social.

Freyre destaca o processo de urbanização das diferentes regiões brasileiras, algumas de maneira mais fácil e rápida.

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