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O SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL

Por:   •  22/12/2017  •  2.868 Palavras (12 Páginas)  •  408 Visualizações

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O resultado disso na pratica chama-se "lucro". A verdade é que, este sistema tem como principal característica, a exploração da mão-de-obra do trabalhador, pagando menos do que aquilo que seu trabalho realmente vale, gerando desigualdades sociais, econômicas e culturais.

Com o crescimento da sociedade burguesa no século XIX, durante a segunda guerra mundial, a classe dominante se ver obrigada a encontrar uma forma de amenizar as dificuldades desta classe proletária a fim de se evitar revoltas e movimentos de ruptura com o sistema vigente.

Certifica-se, então, a necessidade de um profissional que "cuide" da área social, assistindo o proletário, garantindo o controle da burguesia sobre esta parcela da população. Baseados nestes princípios o Serviço Social surge “da iniciativa de grupos e frações de classe dominante, que se expressavam através da Igreja, como um dos desdobramentos do movimento do apostolado leigo” (IAMAMOTO, 2004, p. 19).

A história do Serviço Social tanto na Europa como nos EUA, foi marcado por muitas lutas e conquistas pelas assistentes sociais. Na Europa tendo como corrente o Positivismo, se trabalhava com o Serviço Social de Grupo, pois entendiam que era preciso agir na sociedade, já nos EUA era visto como manifestação de problemas individuais sendo chamado de Serviço Social de Casos, direcionando seus estudos através da psicanálise. Assim se desenvolve a pratica do Serviço Social na Europa, melhorando depois nos EUA com a criação de pequenos núcleos associativos católicos, que dedicavam a reflexão sobre a questão social dentro da Igreja. Em 1869 surge a Sociedade de Organização da Caridade em Londres como forma de desenvolver a filantropia, essa sociedade foi resultado da junção entre a burguesia, a Igreja e o Estado, pretendiam com isso a ajuda aos mais desfavorecidos, sendo inicialmente praticada por mulheres de alta burguesia, denominada as Damas De Caridade, vindo depois se profissionalizar.

Devido à comprovação por parte da classe dominante, da necessidade de se organizar a assistência social em forma de filantropia, surge no final do século XIX, (1898), em Amsterdã, a primeira escola que regulamenta essa profissão, de caráter assistencial, caritativo, missionário e beneficente, trazendo uma nova perspectiva e um novo olhar sobre as necessidades das pessoas mais carentes.

Uma grande colaboradora para esse desenvolvimento foi Mary Richmond, que nasceu em 05 de agosto de 1861, na cidade de Belleville, foi criada por sua avó e tia, perdeu seus pais bem cedo aos três anos de idade, aos 11 anos começou a freqüentar a escola, e em 1878 se graduou e foi para Nova York. Não tinha boas condições financeiras e passaram muitas situações difíceis, sua única distração era a leitura. Com muito esforço e dedicação em 1888 começou a trabalhar para Sociedade de organização da caridade de Beltimore, por sua vez Mary Richmond, propôs que se criasse uma escola para ensino aplicado, essa idéia foi concretizada em Nova York em 1898, escreveu diversos livros entre eles “O bom vizinho na cidade moderna”, “Diagnostico Social”, e “What is Social Case Work?” (O que é Serviço Social como caso?). Seu método de trabalho era dividido em três partes: Estudo Diagnostico e Tratamento, sempre na compreensão para a individualizado e características pessoais de cada um. Mary trouxe à sua categoria de assistente social um entendimento sério e profissional sobre o Serviço Social. O seu pensamento social influenciou a profissão de assistente social do mundo inteiro, onde existe duas principais noções: “Diagnostico Social” e “Caso Social” que profetiza o estudo do caso não só a partir da observação, mas também como das razoes que estariam por trás delas, de modo a compreensão inteira de cada caso.

3.1 O SERVIÇO SOCIAL ROMPENDO COM A ALIENAÇÃO

A Revolução Industrial teve início na segunda metade do século XVIII, na Inglaterra, com a transição da manufatura e cultural artesanal para a mecanização dos sistemas de produção, encerrando a transição entre feudalismo e capitalismo, a fase de acumulação primitiva de capitais e de preponderância do capital mercantil sobre a produção. Completou ainda o movimento da revolução burguesa iniciada na Inglaterra no século XVII.

Esse período a ser considerado a Idade Moderna, definida como a busca de alternativas para melhorar a produção de mercadorias. O crescimento populacional incentivou a burguesia detentora do capital, na época, a buscar maior produção a menores custos.

A Revolução Industrial foi sem dúvida o grande evento que fornecia as mais variadas transformações tecnológicas, mudando o cenário social, foi também responsável por tirar o Capitalismo da fase mercantil e lhe garantir o que conhecemos por Capitalismo Industrial. Do mesmo modo que o capital crescia, também se expandia a população operária, aumentando a base da pirâmide social.

Esse crescimento não se limitava apenas ao campo econômico, mas atuava e transformava todos os setores da sociedade, inclusive a formação de cidades e o êxodo do campo. Os operários, por sua vez, já lutavam contra essas situações desde épocas primitivas, porém, isso veio a se intensificar na Inglaterra, nas primeiras décadas do século XIX.

“As primeiras formas de oposição dos trabalhadores a essa dura realidade expressaram-se na resistência, dirigindo-se não diretamente ao opressor, ao explorador, mas ao instrumento de exploração, ao símbolo da opressão: a máquina” (MARTINELLI, 2007, p. 43).

As primeiras revoltas contra a máquina aconteceram também na Europa, no final do século XVII, enquanto o Estado promulgava leis para punir quem atentasse contra as máquinas ou as fábricas. Sobraram para os trabalhadores as manifestações em massa, estabelecendo novas bases de luta. Essas revoltas eram contra a submissão às máquinas e aos capitalistas. No entanto os operários estavam sempre em desvantagem. Após tantos embates deram-se conta que o “grande vilão” era, na verdade, o capitalista (o burguês) dono dos meios de produção e assim estava nascendo a consciência de classe, a consciência organizativa.

“No final da primeira década de 1800 (...), já se podia reconhecer certa identidade de classe entre os trabalhadores, construída a partir de interesses comuns e apoiada em uma consciência social” (MARTINELLI, 2007, p. 46).

Os trabalhadores tinham duas possibilidades de organização: o cooperativismo e o sindicalismo. A formação de sindicatos se intensificou quando o Parlamento exonerou leis que impediam os proletários (operários)

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