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O JAPÃO DO SÉCULO VII AO SÉCULO VIII

Por:   •  20/12/2018  •  1.826 Palavras (8 Páginas)  •  282 Visualizações

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Bussokusekika

‘’A antologia Man’yôshû, registra um único exemplo desta forma poética. [...] Literalmente, bussokusekika significa ‘’poemas gravados na lápide que registra os traçados dos pés de Buda’’ (p.49)

‘’O Kojiki insere um poema bussokusekika no seu capítulo dedicado ao imperador Seimei. [...] A forma poética é assim chamada em virtude de sua identidade com os poemas da lápide do templo Yakushiji, entoados pelos devotos do budismo daquela época.’’ (p.49)

‘’O poema do tipo bussokusekika n.°3884, da antologia Man’yôshû, fala de uma certa corça deitada aos pés da divindade, e, segundo o professor Kojima Noriyuki, deveria fazer parte dos cantos populares das danças da corça’’ (p.49)

Renga

‘’O renga, a nosso ver, não constitui uma nova forma poética, ainda que aventada como tal pelos estudiosos japoneses, por causa de seu processo de elaboração inusitado no Man’yôshû’’ (p.49)

‘’Renga, que significa ‘’poema encadeado’’, foi muito difundido e apreciado no Japão do Século XIII ao XIX. [...] O renga citado no Man’yôshû é atualmente conhecido como tanrenga (‘’renga curto’’).’’ (p.50)

‘’ Nos finais da Era Heian (794-1185), o renga começa a permitir maior número de participantes por grupo (sete a oito pessoas em média), com um aumento excessivo dos segmentos que chegavam a cem versos por obra. Neste processo do desenvolvimento já surge a figura do mestre do grupo, que se encarrega dos três primeiros metros, conhecidos como hokku. Este hokku se desenvolve como uma unidade poética independente e passa a constituir o haiku.’’ (p.50)

‘’O renga não é só uma corrente poética, mas uma correnteza de assuntos encadeados, sujeitos apenas à reação sensorial criativa de cada participante ante a produção de seu precedente. É motivo de desaprovação quando surge uma identidade semântica em três versos consecutivos.’’ (p.50)’’

‘’ Nos séculos XIII e XIV começam a surgir duas escolas de renga: uma seguidora das tradições dos nobres que visam ao waka (poema japonês) elegante, buscando o refinamento do vocabulário, e a outra, surgida em reuniões populares (festejos religiosos dos bairros) realizadas ao ar livre, junto com os jogos de azar, que tendia mais para o humorístico e sarcástico. Desta escola surge o haikai renga, conhecido também como renku.‘’ (p.51)

Afirma-se que se deve, em parte, à pratica do renga a sobrevivência, até nossos dias, da forma tanka no japão. (p.51)

Chôka

‘’Em oposição ao tanka, ‘’poema curto’’, vamos encontrar na antologia Man’yôshû o chôka, ‘’poema longo’’.

O chôka se concretiza como uma forma poética no Man’yôshû, onde seu processo de desenvolvimento pode ser observado.’’ (p.51)

‘’Por volta da Era Taika (645), é incentivada a entrada da cultura chinesa no Japão e começa a surgir uma modificação na forma do chôka, influenciada pelo poema chinês em voga no continente. Torna-se comum, então, depois de elaborado o chôka propriamente dito, seguindo sua métrica conforme o esquema citado, acrescentar-lhe um outro poema, geralmente com a métrica de um tanka [...] denominado hanka ou kaeriuta (‘’poema de retorno’’), que vem a sintetizar, reforçar ou completar a idéia desenvolvida em seu poema longo’’ (p.52)

‘’Assim, dentre os 265 chôka, 221 possuem hanka, o que torna o acompanhamento do hanka já uma das características dos chôka no Man’yôshû.’’ (p.54)

‘’ De seu lado, o chôka propriamente dito pode ser seccionado em vários períodos quanto a suas unidades semânticas. Quando essa divisão semântica não corresponde a nenhuma divisão formal, não havendo quebra em sua métrica, os analistas japoneses costuman denominar cada unidade semântica de dan ou danraku, e quando a divisão formal e semântica coincide no poema, com alguma quebra do esquema métrico feita pelo autor, cada período assim considerado é denominado setsu ou kai.’’ (p.54)

‘’Os poemas constituídos de várias unidades semânticas (dan ou danraku), conservadas as métricas do chôka, valem-se de recursos ténicos, que serão explicados mais adiante, como makura kotoba, tusiku ou até mesmo do jokotoba.’’ (p.54)

‘’Segundo Shimizu Katsuhiko, a regulamentação formal do poema japonês, dá-se no início da antologia Man’yôshû, que coincide com a era do imperador Jomei, quando os poemas até então de caráter oral, foram registrados na forma escrita, havendo, então, natural preocupação por parte de seus anotadores [...] que segundo uma tendência natural, já se anunciavam na métrica das 5 e 7 sílabas e neste processo talvez a observância dos poemas chineses tenha alguma parcela de contribuição’’ (p.57)

‘’ O waka, denominação dada ao poema em estilo japonês que engloba várias formas poéticas como chôka, tanka, sêdoka, katauta etc., em oposição à idéia de kanshi, poema em estilo chinês, é considerado, em princípio, um poema lírico, quaisquer que sejam suas formas de expressão, visto que seu fio condutor sempre foi a emotividade do homem.’’ (p.60)

‘’ Por sua vez, Hisamatsu Sem’ichi, considerando o chôka como um poema longo eminentemente lírico, classifica-o, segundo sua matéria, em chôka de conteúdo subjetivo e chôka de conteúdo objetivo.

O conteúdo subjetivo comparta, evidentemente, o elemente sentimental e a matéria racional, que vêm do intelecto: pensamento e idéia.

O conteúdo ou a matéria poderão ser estático-paisagísticos, ou dinâmico-ocorrenciais.’’ (p.61)

TEMÁTICAS E ABORDAGENS

Banka

‘’’ A conceituação de literatura clássica japonesa é muito vaga e, segundo o dicionário kôjien, ela é ‘’toda a literatura do passado que compõe e delimita uma cultura e seu povo’’.’’ (p.64)

‘’ Os poemas da antologia Man’yôshû acham-se classificado, quanto às temáticas, em banca, sômon e zôka.’’ (p.64)

‘’Em poucas palavras, os dois primeiros tipos referem-se aos relacionamentos humanos: o banka, aos sentimentos voltados aos casos particulares de mortoe e o sômon, aos sentimentos ligados ao viver cotidiano.’’

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