A UTILIZAÇÃO DA INFORMÁTICA E SUAS CONSEQUÊNCIAS NO ENSINO DA MATEMÁTICA
Por: Ednelso245 • 14/2/2018 • 3.085 Palavras (13 Páginas) • 282 Visualizações
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Para essa relação mais profunda com os números, é preciso mudar essa proposta de educação formal e criar situações que deixem mais fácil o entendimento e criem situações de aprendizado da matemática vinculadas ao cotidiano para que os sujeitos possam apropriar-se dos conhecimentos em toda sua potencialidade e não restringi-los ao ensino de fórmulas matemáticas e, o pior, fazê-los tomarem ódio ao ensino da mesma.
É preciso considerar que todo aprendizado deve envolver, além de trabalho, o prazer da compreensão e a relação do assunto com a realidade.
Foi essa inquietação originada na constatação de que aprendizado e prazer estão dissociados na escola, sobretudo, que levou à hipótese desenvolvida neste trabalho, uma contribuição, ainda que pequena, para a vinculação entre aprendizado, prazer e realidade.
Nesse trabalho será apresentada uma abordagem de Educação e da Educação Matemática, em que se procurou analisar aspectos da construção de conceitos em matemática e sua contextualização através de atividades lúdicas envolvendo a informática.
É necessário, portanto, uma análise das práticas educativas matemáticas, como no caso a bibliográfica, bem como dos conceitos de saber científico, saber escolar e saber cotidiano, para se ter uma visão do processo educativo matemático. No final, pretende-se relacionar o uso de jogos de computador com a construção de conceitos matemáticos nas séries iniciais.
2. UMA VISÃO DA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA
A disciplina de matemática pode ser vista como uma estratégia de trabalho para explicar, entender e manejar a realidade sensível, perceptível, e conviver com ela e com seu imaginário, dentro de um contexto natural e cultural.
Para manter o conhecimento e, desenvolver o indivíduo e a coletividade, para satisfazer suas necessidades de sobrevivência e satisfação, entra a educação, como uma estratégia de estímulo ao conhecimento.
A aquisição individual e social do conhecimento passa por um processo cumulativo, por meio do qual o saber é gerado, organizado e difundido. Assim aparece a idéia de contexto, visto que, esse saber está subordinado ao contexto natural, cultural e social. (DUARTE, NEWTON, 2001).
O conhecimento estudado é normalmente fruto do que o indivíduo já passou, com vista a uma utilização futura. Assim, pode-se ver o processo de aprendizagem como um elo entre passado e futuro, onde as informações são processadas, e esse processo como uma ação para modificar a realidade.
Vive-se hoje uma fase em que para se alcançar informações e o processamento de informações buscam-se na informática instrumentos auxiliares que seriam impossíveis em outros tempos. Sabe-se que a teleinformática apresenta um grande potencial para a interação entre indivíduos.
A história da matemática foi fundamental para que se entendesse como teorias e práticas matemáticas foram criadas, desenvolvidas e utilizadas especificamente em determinas épocas.
Saber o porquê de se elevar o ensino da matemática a grande importância que tem hoje, são conhecimentos essenciais para que se possa fazer qualquer proposta para inovar a Educação Matemática.
A maior parte dos conteúdos previstos na estrutura curricular consiste de em conteúdos fechados e acabados, fora do contexto de hoje. Tornando-se cada vez mais difícil incentivar os alunos a gostarem de uma ciência que parou no tempo.
O uso de computadores como recursos para a educação vem ocupando seu espaço hoje na sociedade.
A teleinformática, compreendida por rádio, telefone, televisão e computadores, vem se impondo de forma marcante nos dias de hoje. Assim, é natural a sua entrada na educação, e é necessário que os professores se familiarizem com mais esse recurso.
Em uma comparação feita por Ubiratan D´Ambrosio sobre a resistência ao uso de computadores na educação, o mesmo afirma:
Ou os educadores adotam a teleinformática com absoluta normalidade, assim como o material impresso e a linguagem, ou serão atropelados no processo e inúteis na sua profissão. Procure imaginar um professor que rejeita os meios mais tradicionais: falar, ver, ouvir, ler e escrever. Lamentavelmente ainda há alguns que só praticam o falar! (D´AMBROSIO, 2003, p 60).
A forma de se abordar a Matemática deve ser diferente, conforme os meios utilizados, bem como os objetivos a serem alcançados precisam de outros meios de medição.
Utilizar apenas exposições teóricas, em que os conteúdos são apenas repassados aos alunos, e realizar uma prova final, com o objetivo de medir quanto o aluno é capaz de reproduzir os exercícios-modelo apresentados, sabe-se que não concorre para uma educação que visa à autonomia.
Há de se reformular conteúdos e objetivos, visando uma utilização mais adequada aos tempos de hoje, que é a realidade que cerca o aluno, geralmente inserido num mundo informatizado.
Se a Educação Matemática pode ser vista como uma estratégia para facilitar o desenvolvimento do potencial de cada indivíduo, é fácil ver que a mera repetição de modelos impede o desenvolvimento desse potencial e mostra que a avaliação através de provas diz muito pouco sobre a aprendizagem.
3. A TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO E A EDUCAÇAO MATEMÁTICA
Vive-se hoje em uma sociedade que respira a tecnologia, em que o mundo muda muito rápido. Portanto, não se pode ignorar essa mudança e o que ela provoca nas pessoas e muito menos desprezar o potencial pedagógico que tais tecnologias e mudanças apresentam na educação.
Nos dias de hoje o computador já é visto como um objeto valioso no processo de ensino e aprendizagem, porém cabe a escola por meio de uma proposta pedagógica atual, utilizar este objeto tão valioso de uma forma mais coerente.
O uso de computadores e softwares educacionais tem que ser feito de forma a ajudar o aluno para que o mesmo compreenda conceitos, reflita sobre eles e, conclua novo saberes para sua realidade, tornando-se, assim, um sujeito ativo do processo de aprendizagem, ou seja, precisa-se instigar os alunos para que os mesmos se tornem agentes dinâmicos e não conseguiremos isso com um professor que somente transfere seus conhecimentos, mas sim com um professor mediador, que trabalha junto com os alunos e os instiga a trabalhar sempre ativamente.
[...] Ensino representa treinamento, instrução, informação, enquanto
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