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A Psicologia da Educação

Por:   •  23/10/2017  •  3.464 Palavras (14 Páginas)  •  340 Visualizações

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O pedagogo tem um importante papel na educação da criança, porque é nesta fase que aprendemos e adquirimos as concepções de sociedade, moral e valores. O educador precisa ajudar a buscar o equilíbrio na construção do eu (ego) para que possamos ter eficiência na aprendizagem. Essas contribuições foram fundamentais, porque a mente humana se tornou alvo de estudos graças às conclusões freudianas. Para Freud, a psicanálise deveria quebrar os vínculos que fazemos ao nos comunicar uns com os outros, pois ele percebia conflitos entre os impulsos humanos e as regras que reagem á sociedade. Esses impulsos irracionais determinam nossos pensamentos, ações e até os nossos sonhos, são capazes de trazer a tona necessidades básicas do ser humano que foram reprimidas. Estes desejos, instintos e sensibilidade que todos nós temos e que fazem parte do inconsciente da nossa mente chamado id. Esse id é armazenado tudo o que foi reprimido e também as nossas necessidades insatisfeitas.Em cada um de nós existe o princípio do prazer. Uma função reguladora deste princípio que atua como censura ante aos nossos desejos e que nos ajuda na adaptação ao meio em que vivemos é o ego. A consciência do que podemos ou não fazer, segundo as regras da sociedade em que vivemos é a parte da nossa mente denominada superego (princípio de realidade). O ego vai se apresentar como um regulador entre o id e o superego, para que possamos conciliar nossos desejos com o que podemos moralmente fazer. O desenvolvimento psicossexual ocorreria em etapas, de acordo com a área na qual a libido está mais concentrada. A primeira fase é chamada de período inicial, oral e anal, onde a libido está direcionada para o próprio corpo, o prazer, o sugar e controlar sua defecação.A segunda fase é o período edipiano, onde a criança se sente atraída por seu progenitor oposto. Finalizando, temos o período de latência, iniciado logo após a puberdade, quando então a libido toma uma direção sexual definida.

Para Freud a psicanálise surge como possibilidade de compreender o fenômeno educativo através da noção de inconsciente, oferecendo as bases para pensar em uma educação que vise diminuir os efeito patogênico da repreensão e oferecer um modo de profilaxia as neuroses. Ele também percebia como os sintomas neuróticos poderiam resultar em certa inibição intelectual.

“È inquestionável que a pura liberdade não educa e não cria indivíduos saudáveis; pelo contrario, cria inadaptados, narcísicos que acreditam que o mundo gira à sua volta e que nada existe além de suas necessidades individuais” (SOUZA, 2003, p. 144).

A teoria psicanalítica pauta o desenvolvimento intelectual na sexualidade. Este fato é crucial para diferenciar esta teoria das outras teorias cognitivas do desenvolvimento da inteligência. Apesar de a inteligência pesquisadora ser impulsionada por uma carga energética sexual, a criança não é passiva em seu desenvolvimento, pois ela faz investigações, e estas a ajudam em seu desenvolvimento psíquico. Ainda que haja determinantes que levem a criança desejar aprender, ela precisa de alguém que a intermedeie seu aprendizado; e este alguém é o professor, não se aprende sozinho: existe uma relação entre professor e aluno. O professor só consegue transmitir conhecimento se é autorizado e acreditado pelo aluno, assim o mestre poder de influência sobre o aluno. A relação professor e aluno apresenta o que se pode chamar de "transferência".

Freud notou ser impossível ensinar, sem pedir que os alunos reproduzam o que aprenderam.

Portanto o educador tem de ser capaz de ensinar conhecimento aos alunos. Muitas vezes o aluno descobre sua vocação através de um professor e não da matéria que ele transmite.

Conclui-se então que a contribuição de Sigmund Freud na educação foi essencial, pois abriu os horizontes, ajudando os educadores a entenderem a sua responsabilidade de participar ativamente na formação pessoal de seus alunos, em seres livres e produtivos.

JEAN PIAGET

“O ideal da educação não é aprender ao máximo, maximizar os resultados, mas é antes de tudo aprender a aprender, é aprender a se desenvolver e aprender a continuar a se desenvolver depois da escola”. JEAN PIAGET frases (pensador UOL)

Jean Piaget nasceu em Neuchâtel, Suíça, em 09 de agosto de 1896. Aos 10 anos publicou seu primeiro artigo científico, sobre um pardal albino. Formou-se em biologia na Universidade de Neuchâtel e, aos 23 anos, mudou-se para Zurique, onde começou a trabalhar com o estudo do raciocínio da criança sob a ótica da psicologia experimental. Depois voltou à Suíça e tornou-se diretor de estudos no Instituto J. J. Rousseau da Universidade de Genebra. Lá ele iniciou o maior trabalho de sua vida, ao observar crianças brincando e registrar meticulosamente as palavras, ações e processos de raciocínio delas. Piaget casou-se com Valentine Châtenay, com quem teve três filhas. As teorias de Piaget foram, em grande parte, baseadas em estudos e observações de suas filhas que ele realizou ao lado de sua esposa. Em 1924, publicou o primeiro de mais de 50 livros, A Linguagem e o Pensamento na Criança. Morreu em 17 de setembro de 1980 em Genebra, na Suíça. Jean Piaget foi o nome mais influente no campo da educação durante a segunda metade do século 20, a ponto de quase se tornar sinônimo de pedagogia. Do estudo das concepções infantis de tempo, espaço, causalidade física, movimento e velocidade, Piaget criou um campo de investigação que denominou epistemologia genética – isto é, uma teoria do conhecimento centrada no desenvolvimento natural da criança. Segundo ele, o pensamento infantil passa por quatro estágios, desde o nascimento até o início da adolescência, quando a capacidade plena de raciocínio é atingida. As fases do desenvolvimento infantil segundo Piaget:

- Período Sensório-Motor (0 a 2 anos) - Nesse estágio, a criança está centrada em si mesmo e todas as relações que estabelece são feitas em função de seu próprio corpo.

- Período Pré-Operatório (2 a 7 anos marcados pelo aparecimento da linguagem).

- Período das Operações Concretas (7 a 11 ou 12 anos) É marcado pelo aparecimento das operações concretas, que são ações interiorizadas, móveis e reversíveis, cuja aplicação se limita aos objetos considerados reais, Isto é, concretos.

- Período das Operações Formais (11-12 anos em adiante) caracteriza-se pelo surgimento das operações intelectuais formais ou abstratas, que atingem um novo nível de equilíbrio por volta dos quinze anos, aproximadamente.

As descobertas de Piaget tiveram grande

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