Psicologia no Trânsito

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No ambiente, há uma série de condições adversas que podem facilmente provocar acidentes, como: luz (luz solar intensa, ofuscamento à noite, a passagem de um ambiente de luz para um escuro), tempo (chuvas, alagamentos, ventos fortes, neblina e nevoeiro), a via (curvas fechadas, má sinalização, aclives e declives, pista escorregadia e/ou estreira e túneis), trânsito (engarrafamento, carros em alta velocidade) e condições do veículo no seu interior (nível de combustível, água, óleo, correias, freios, pneus, excesso de carga). Então o condutor, dentro de alguma dessas condições entra, em conflito com as características desse ambiente ao dirigir sob influência de alguma substância psicoativa, estressado, emocionado, cansado ou sonolento.

A atuação do psicólogo do trânsito no Brasil normalmente está associada ao período que o exame psicológico para motoristas profissionais se tornou obrigatório, e que se estendeu a todos os candidatos a motorista.

Apesar de essa atuação ser a mais visível da contribuição dos psicólogos no estudo do comportamento no trânsito é a partir dela que pode-se afirmar que nos últimos 40 anos pouca coisa mudou em relação a atuação do psicólogo de trânsito. Os matérias de testagem estão desatualizados (os processos de validação e padronização para a realidade de trânsito são ainda escassos), a capacitação profissional para essa atuação são raros, assim como a participação de psicólogos brasileiros nos congressos de trânsito.

Além dos recursos usuais, pode-se avaliar possíveis ações que podem ser desenvolvidas por psicólogos em relação ao trânsito

- trabalhar com fobias de pessoas que embora possuam CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e carro na garagem, não têm coragem de trafegar na via pública;

-propor intervenções com alcoólicos, tendo em vista que freqüentemente se envolvem em acidentes e que dos acidentes fatais nas rodovias, 50% dos motoristas ingeriram álcool.

- desenvolver estudos e atividades com viciados de drogas. Ainda que não sejam totalmente conhecidos os efeitos das drogas sobre o comportamento no trânsito, sem dúvida o aumento de traços de agressividade têm reflexos evidentes sobre o comportamento ao volante;

- trabalhar em comunidades de bairro, avaliando com a população quais as dificuldades enfrentadas em relação ao trânsito, de que formas ocorrem os acidentes, como é o serviço dos transportes coletivos;

- ajudar na promoção da educação ambiental na qual também deve ser incluída a educação ambiental para o trânsito;

- trabalhar com as empresas que operam ônibus e outros veículos que atendem a população, passando vídeos e outros meios para mostrar as situações e as manobras perigosas, nas quais muitos motoristas e pedestres morreram ou se acidentaram;

Concluindo, a Psicologia do Trânsito está ligada ao tema de saúde em geral e saúde mental em particular. Nasceu do estudo do acidente, mas avançou na direção da avaliação dos fatores que levam ao acidente e em particular, dos conflitos associados.

Portanto, o papel do psicólogo do trânsito consiste em estudar e avaliar as características do participante, isto é, do grau da adequação e adaptação às condições dadas por engenheiros e políticos, tarefa tradicional da avaliação psicológica para o trânsito.

O psicólogo precisa estar consciente de seu papel perantE a sociedade brasileira para intervir em programas e projetos sociais baseados na legislação atual, amparado pelo Sistema Nacional de Trânsito, dando prioridade à educação e a formação do cidadão. Através, de métodos e diretrizes para o ensino, promovendo um ambiente de aprendizagem permanente, compartilhando valores, como vencer os desafios do trabalho em equipe e o clima de cooperação; ficando a cargo do Psicólogo a promoção dessas premissas básicas na educação para o trânsito. É uma construção e modificação cultural, em que as crianças, posteriormente condutores, aprenderão através da prevenção a se educar para o trânsito