A Psicologia da aprendizagem

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Totalidade: nossa tendência, diante de uma situação qualquer, é a de olharmos primeiramente o todo, para depois, darmos atenção às partes. A química nos fornece um exemplo: a fórmula da água é H2O; se você consumir o hidrogênio e o oxigênio separados, não terá sua sede saciada, pois você quer tomar água. A água contém relação específica entre ambas as partes que constituem a totalidade. Para a Gestalt, o todo é mais que a soma das partes.

É muito comum dizermos que os adolescentes quando estão em grupo, tem coragem para fazer coisas que não fariam se estivessem sozinhos. Para a Gestalt, o grupo forma uma totalidade que não pode ser desmembrada para que seja conhecido o comportamento de cada um de seus membros.

Percepção: de acordo com a totalidade, a estimulação sensorial não garante por si só a percepção. O que o indivíduo percebe só ocorre por meio de suas relações mentais. Para a Gestalt, a inteligência depende da estrutura perceptiva interna do indivíduo.

Estrutura: a estrutura é um todo organizado e harmônico, que não pode ser considerada como a soma de partes, mas sim, uma relação de conjunto. Por exemplo, quando montamos um quebra-cabeça, descobrimos uma figura, a qual corresponde a uma estrutura formada pelo conjunto de peças que se relacionam entre si. Ao modificar uma peça, mexemos em toda a estrutura.

Meio geográfico e meio comportamental: nossos comportamentos se revelam a partir da percepção do meio e não apenas pela identificação das propriedades físicas dos fenômenos. Por exemplo: se temos medo de sapo, e de repente encontramos um nos assustamos. O susto não é resultado da percepção de que o que vimos de imediato foi um sapo de brinquedo, mas, sim, o medo de sapo gerou o comportamento de repulsa, de medo.

Figura-fundo: o campo perceptivo tende a organizar-se segundo a relação de figura-fundo. Ao observarmos uma figura ela aparece como um todo organizado e estruturado, ao passo que o fundo parece um espaço vazio.

Leis perceptivas: quando observamos algo, nossa tendência é percebermos às formas mais simples, simétricas, regulares e estáveis. Um exemplo: ao ler um livro, reconhecemos e separamos o essencial do secundário. Se isso não ocorrer, é porque existe alguma dificuldade no campo perceptivo (que é interno e organizado psicologicamente). Há outros pontos a considerar nas leis perceptivas como: a tendência a considerar as semelhanças e as proximidades dos elementos observados, assim como completarmos intuitivamente uma figura, mesmo que falte uma pequena parte dela (a necessidade da totalidade é que orienta essa ideia; por exemplo, no caso da fofoca, “completamos” as informações para se tornar um todo).

Insight: um dos princípios da Gestalt que mais influenciou a educação; ainda hoje professores utilizam a ideia de “clic”, do “estalo”, do “de repente”, “da luz”, que acontece com o aluno que aprende. É o momento em que se dá conta de que um problema foi resolvido gerando o “ah, é assim...”, como se tudo ficasse claro e compreensível, num passe de mágica.

6. O que motiva o estudante a aprender na escola, segundo Rogers?

Para Rogers a experiência de vida de cada indivíduo, em particular ou em grupo é o que determina suas projeções para o futuro.

Por esse motivo, esse autor afirma que a motivação de cada estudante para aprender, na escola, é a mesma que envolve os projetos de se manter e se atualizar para conseguir os objetivos de vida. Em outras palavras, para Rogers, o aluno que se sente acolhido e bem aceito na escola, apresenta um melhor desenvolvimento no aprendizado.

Além disso, exige-se uma convivência valorativa entre estudante e professor, de forma que cada qual possa se sentir “a si mesmo” e desenvolver a realização pessoal.

Aprender faz parte íntima do aspecto individual e social do processo de existir e de viver.

Dadas às condições, todos buscam o próprio caminho de desenvolvimento.

☞ Questões para saber mais e para os exames

Investigue nos livros da bibliografia básica e complementar, em revistas, jornais, na internet e assista aos vídeos indicados.

1. Analise o caso a seguir, apresentado no fascículo, que descreve a conduta de uma professora fictícia, e explique, de forma argumentativa, qual é a teoria seguida por ela:

Inês é professora de crianças de 4 e 5 anos de idade. No geral, segue a orientação pedagógica de intervir o mínimo possível na escolha das atividades desenvolvidas pelas crianças. Os materiais lúdicos são colocados em prateleiras dispostas de maneira a facilitar a retirada de objetos. Inês acredita que, se deixar as atividades evoluírem conforme os desejos infantis estará proporcionando um desenvolvimento harmônico dos conhecimentos e das personalidades individuais. Toda vez que entramos na sua sala a encontramos silenciosa num canto, enquanto cada grupinho de crianças se entretém fazendo algo. Quando muito Inês tenta solucionar disputas de materiais ou pequenos desentendimentos (SEBER, 1995, p.21).

Inês usa a teoria inatista, visto que ela intervém o mínimo possível, deixando as crianças trabalharem sozinhas, solucionando apenas disputas de materiais e pequenos desentendimentos.

2. De acordo com a concepção inatista/apriorista, o conhecimento pode ser transmitido? Justifique sua resposta.

De acordo com a concepção inatista/apriorista o conhecimento não pode ser transmitido, você nasce ou não com o conhecimento, e por isso ele será desenvolvido.

3. Em síntese, explique os conceitos de campo fenomenal, self e congruência, desenvolvidos por Rogers.

Campo fenomenal é o mundo das coisas e das pessoas, que a pessoa percebe a sua volta e atribui significados e valores a cada aspecto percebido.

Self (si mesmo) é a autoimagem que formamos de nós mesmos, ela se atualiza constantemente em busca de autorrealização.

A congruência é quanto quando agimos ou reagimos em conformidade com o que pensamos e sentimos, está em harmonia o self com o que esta sento apreendido pela consciência. Se não tiver correspondência entre o que sabemos e sentimos e o comportamento então seremos incongruentes, gerando tensão e confusão sendo chamada de comportamento neurótico. Para Rogers para uma melhor