A MÚSICA NA INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM TRANSTORNOS DO ESPECTRO AUTISTA
Por: eduardamaia17 • 29/11/2018 • 5.274 Palavras (22 Páginas) • 420 Visualizações
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Entretanto, estudos comprovam o que os profissionais diretamente ligados a essas crianças já sabem: nem todos os autistas rejeitam o afeto, o contato ou se isolam totalmente. (TREVARTHEN,1996 apud BAPTISTA, p. 34 2002) ao contrário, alguns demonstram muito afetividade, carinho até mesmo uma forma “pegajosa” segundo os pais e professores. Desenvolvem uma relação de apego, (mostra-se um sentimento de medo ao ver os pais indo embora, buscam atenção quando se machucam, e em situação de perigo), (CAPPS, SIGMAN; MUNDY,1994 apud BAPTISTA, p. 34 2002).
O ser humano interagi entre si e o ambiente, valendo-se da fala, da escrita e da linguagem musical. Seres humanos estão o tempo inteiro a interagir com os diversos tipos de sons. Desta forma, a música pode ser utilizada para estimular; tanto o comportamento, a criatividade, a socialização, que é a área mais afetada do autista, promove uma melhor aprendizagem, ajuda a criança a superar as barreiras que lhe imposta pela sua patologia. “Eu sou diferente, mas não sou inferior” (Temple Grandin, 2010).
A música é muito atrativa para criança, sendo ela considerada “normal” ou diagnosticada autista, pois é algo que a permite fazer diversas coisas como: correr, dançar, pular, e etc. Sendo assim, algo lúdico, tornando assim um valioso instrumento para a aprendizagem de forma geral, em especial aos autistas. A música em si, traz com ela alguns estímulos: a motivação, movimentação, concentração, socialização, refletindo assim de forma eficaz, pois a criança aprende de forma divertida, e ainda facilita a integração no meio com outras crianças.
A utilização da música como recurso didático para as demais áreas do conhecimento, trabalho e expressão, tem como finalidade criar no aluno especial uma percepção em relação a realidade humana/social, despertando neste o interesse pelo conteúdo. (DALBEN,1991,P.17)
Assim, o presente trabalho busca analisar os benefícios que utilização da música como recurso para promover com eficácia o aprendizado em sala de aula. O tema escolhido para apresentação deste projeto é: A música na aprendizagem de crianças com transtorno do espectro autista, um estudo de caso.
3 PROBLEMA
Como explicar a complexidade que é o autismo? Como trabalhar na escola com crianças que tem necessidades especiais, sem excluí-las por conta do deficit que apresentam? São questionamentos que todos educadores da atualidade, embora, isso já se apresente há algum tempo, enfrentam diariamente em sala de aula regular.
Compreender o autismo é abrir caminhos para o entendimento do nosso próprio desenvolvimento. Estudar autismo é ter nas mãos um “laboratório natural” de onde se vislumbra o impacto da privação das relações recíprocas desde cedo na vida. Conviver com autismo é abdicar de um só forma de ver o mundo – aquela que nos foi oportunizada desde a infância. É pensar de formas múltiplas e alternativas sem, contudo, perder o compromisso com a ciência (e a consciência) – com a ética. (Baptista, 2002, p. 37)
Com toda esta complexidade que é autismo e por conta da falta de percepção dos pais é na fase escolar da criança que as características ficam mais visíveis, pois dele será cobrado atenção, socialização entre outras situações cotidianas que para a criança autista por conta do transtorno terá dificuldades pela frente.
O Referencial Curricular Nacional Para a Educação Infantil (RCNEI,1998 p. 47) afirma que “música no contexto da educação infantil vem, ao longo de sua história, atendendo a vários objetivos, alguns dos quais alheios às questões próprias dessa linguagem.” Entre outras fontes asseguram que tem ou podem obter resultados positivos com o uso da música para aprendizagem em sala de aula.
Após compreender mais sobre a síndrome, é preciso ficar atento para as características pessoais e individuais do aluno, sendo a observação é fundamental de como se desenvolve nas atividades, para partir dai estabelecer metas para as praticas pedagógicas.
Neste sentido pretende-se responder a uma inquietação que norteará o desenvolver desta pesquisa: Como a música pode ser utilizada como instrumento metodológico para a aprendizagem da criança com Transtorno do Espectro autístico?
4 PRESSUPOSTOS
1. A influência da música na Educação Infantil, bem como a utilização para crianças diagnosticadas com autismo é pouco percebida.
2. A escola encontra dificuldade para associar a música ao contexto educacional o que dificulta o trabalho com essa linguagem, resultando apenas como uma atividade de apoio e distração sem um melhor aproveitamento.
3. Na busca de uma melhor qualidade para o educando, e no seu âmbito escolar, é necessário que o profissional da educação trabalhe de forma adequada a especificidade de seus alunos e desenvolva suas habilidades e competências necessárias, entre elas, a musical.
4. O despreparo do profissional é uma barreira para se desenvolver um trabalho eficaz na educação infantil. O aluno com necessidades especiais educacionais precisa de professor habilitado e capacitado para tal função. Neste sentido, observa-se que a formação do professor pedagogo, não tem cumprido essa perspectiva.
5. A música é um exemplo para se trabalhar de forma lúdica e eficaz, pois a criança aprende brincando. Ela propicia a comunicação verbal e não-verbal. Utilizando-se da música estimula-se a fala e a comunicação de modo geral, que é comprometida pelo transtorno em referência.
5 OBJETIVOS
5.1 Objetivo Geral
- Analisar de forma a música pode ser utilizada como instrumento metodológico para a aprendizagem da criança com Transtorno do Espectro autístico.
5.2 Objetivos Específicos
- Reconhecer o Transtorno do Espectro Autista na história.
- Identificar a inclusão como política publica no Transtorno do Espectro Autista na escola.
- Discutir a relação música, recurso didático e aprendizagem da criança com espectro autista no estudo de caso.
6 JUSTIFICATIVA
O autismo é um transtorno que afeta o desenvolvimento, isto é, afeta sua evolução, logo, a criança autista tem um comprometimento em algumas áreas fundamentais: Déficits sociais e de comunicação
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