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A importância do Serviço Social no tratamento do paciente com transtorno e mental e a família

Por:   •  21/11/2017  •  4.589 Palavras (19 Páginas)  •  565 Visualizações

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O CAPS representa a efetiva implementação de um novo modelo de atenção em saúde mental para expressiva fração dos doentes mentais (psicóticos e neuróticos graves) atendidos na rede pública, sendo seu ideário constituído de propostas dirigidas à superação das limitações evidenciadas pelo ambulatório-hospital psiquiátrico no tratamento e reabilitação de seus clientes. Ele configura-se como serviços comunitários ambulatoriais e regionalizados nos quais os pacientes deverão receber consultas médicas, atendimentos terapêuticos individuais e/ou grupais, podendo participar de ateliês abertos, de atividades lúdicas e recreativas promovidas pelos profissionais do serviço, de maneira mais ou menos intensiva e articulada em torno de um projeto terapêutico individualizado, voltado para o tratamento e reabilitação psicossocial, promovendo também iniciativas extensivas aos familiares e às questões de ordem social presentes no cotidiano dos usuários.

Assim, a família é importante em todo o processo de tratamento do paciente com transtorno mental, sendo ela, considerada o ator social indispensável para a efetividade da assistência psiquiátrica e entendida como um grupo com grande potencial de acolhimento e ressocialização de seus integrantes. Cuidar da pessoa com transtorno mental representa para a família um desafio, envolve sentimentos intrínsecos à vivência de um acontecimento imprevisto e seus próprios preconceitos em relação à doença. Isso implica em perceber o ser humano como ser de possibilidades, capacidades e potencialidades, independente das limitações ocasionadas pelo transtorno mental.

O presente trabalho tem como objetivo analisar a importância do papel da família no tratamento do paciente com doença mental, pesquisar quais são as dificuldades encontradas pelos mesmos para superarem tal problema, conhecer quais são as atividades e/ou tratamento, acompanhamento que o CAPS oferece em conjunto com as famílias assim como o papel do assistente social e a sua importância para reinserir essas pessoas acometidas por uma doença mental dentro da sociedade e na família. E para subsidiar em nossa pesquisa, foram feitas entrevistas com familiares e pacientes que frequentam o CAPS de Itapuã e o profissional atuante que enriqueceu a pesquisa através de sua experiência e conhecimento, no caso o assistente social.

PROBLEMA

Qual a importância da família no tratamento do paciente com trnastorno mental atendido no Centro de Atenção Psicossocial – CAPS – de Itapuã?

OBJETIVOS

OBJETIVO GERAL

Esclarecer a importância da família no tratamento do paciente com transtorno mental atendido no Centro de Atenção Psicossocial – CAPS - de Itapuã.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

a) Analisar as dificuldades enfrentadas pela família no cuidado do paciente com transtorno mental;

b) Descrever as atividades desnvolvidas pelo CAPS que envolvem a família e o paciente com transtorno mental;

c) Conhecer a importancia do papel do assistente social no trabalho de resocialização da pessoa com doença mental na família e sociedade.

JUSTIFICATIVA

O motivo do presente trabalho se dá pelo fato do paciente com doença mental necessita da presença da família no tratamento para conseguir êxito e qualidade de vida, esta, é o grande e mais importante vínculo de carinho, segurança e amor que pode transformar processos lentos de tratamento em uma nova alternativa do modo de se viver. Dessa forma, a família, como sendo a base do indivíduo, quando se pensa em qualidade de vida é importante entender que o tratamento de um doente mental, está intimamente atrelado ao envolvimento da família, pois esta faz parte da segurança do indivíduo.

E nesse contexto a família e a realidade social do usuário passou a expressar um novo potencial de trabalho as ser realizado, em que o assistente social poderia mostrar para os outros profissionais e para a instituição dimensões da vida do usuário que antes não eram privilegiadas pela psiquiatria tradicional. O projeto ético político do serviço social visa os direitos humanos, a consolidação da cidadania, a garantia de direitos civis e sociais, a democracia, a equidade e justiça social, a universalidade de acesso aos bens e serviços, entre outros.

Na sociedade moderna, a estrutura familiar é representada pela figura do pai, mãe e filhos. O pai, chefe da família, responsável por prover o sustento e a sobrevivência. A mãe, com a incumbência de assumir os cuidados domésticos e a criação dos filhos. Esta era a chamada família nuclear ou tradicional, pais e filhos vivendo em uma casa com privacidade e unidos por fortes vínculos de pertencimento ao grupo.

Assim, a família moderna foi marcada pela dicotomia de papéis e por desigualdade dos sexos. Ao longo de toda história a família vem sofrendo transformações. Essas mudanças dizem respeito a sua organização e a forma de conviver em razão da nova dimensão nas relações entre a mulher e o homem e destes com os filhos e a divisão dos papéis familiares.

Essa pesquisa é de grande relevância e importante por trazer em discussão o papel da família no tratamento do paciente com doença mental. A família por muito tempo foi excluída do tratamento dispensado às pessoas com transtorno mental e, dentre os vários motivos estão, por exemplo, o impedimento de acompanhamento contínuo do seu familiar, bem como por ser considerada a causadora da doença. Restando-lhe o papel de encaminhar seu familiar à instituição psiquiátrica para que os técnicos do saber se incumbissem do tratamento e da cura.

Até então, as visitas dos familiares à pessoa em sofrimento psíquico no manicômio eram restritas e quando aconteciam eram sob a permissão da instituição ou depois de decorrido cerca de um mês de internação, quando o quadro do paciente estava mais estabilizado.

A família por ser uma instituição social complexa e fundamental para o processo de viver de todo o ser humano, que se efetiva por meio da convivência, ela não é apenas formada por um conjunto de pessoas, mas pelas relações e ligações entre elas. Ao longo do tempo essa trajetória familiar, seus integrantes passam por várias situações como; crises, previsíveis ou não, pelo processo de transição como nascimento, mudança de emprego, casamento, saída do filho de dentro de casa ou em

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