OBSERVAÇÃO E INTERVENÇÃO PRÁTICA NO ENSINO MÉDIO
Por: YdecRupolo • 23/6/2018 • 7.433 Palavras (30 Páginas) • 358 Visualizações
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Para a produção do trabalho, estudamos os PCNs de História, as circunstâncias de sua elaboração, a sua recomendação de trabalhar a História a partir de eixos temáticos e a ligação entre a História ensinada e a construção da cidadania. Nesse curso, verificamos que os PCNs indicam o ensino de História, a partir de eixos temáticos, empenhado com a prática da cidadania e com a edificação de uma sociedade plural e democrática. Apesar disso, a falta de um maior comprometimento da sociedade na produção do documento tem atrapalhado a realização dessa proposta. O Ensino Médio no Brasil está mudando. A solidificação do Estado democrático, as novas tecnologias e as modificações na produção de bens, serviços e saberes requerem que a escola proporcione aos alunos integrarem-se ao mundo contemporâneo nos princípios fundamentais da cidadania e do trabalho.
Tendo como ponto de partida os princípios definidos na LDB, o Ministério da Educação, num exercício conjunto com educadores de todo o País, chegou a um novo contorno para o currículo, alicerçado em competências básicas para a inserção de nossos jovens na vida adulta. Possuíamos um ensino descontextualizado, compartimentalizado e fundamento no acúmulo de informações. Ao inverso disso, procuramos dar significado ao conhecimento escolar, através da contextualização; fugir da compartimentalização, por meio da interdisciplinaridade; e promovendo o raciocínio e a capacidade de aprender.
Estes Parâmetros desempenham o duplo papel de divulgar os princípios da reforma curricular e guiar o professor, na procura de novas abordagens e metodologias. Ao reparti-los, temos a convicção de contar com a capacidade de nossos mestres e com a sua dedicação no aperfeiçoamento da prática educativa. Por isso, reconhecemos sua construção como um processo contínuo: não só ansiamos que influenciem positivamente a prática do professor, como aguardamos poder, com base nessa prática e no processo de aprendizagem dos alunos, analisá-los e melhorá-los.
O projeto de reforma curricular do Ensino Médio teve como esqueleto, desde seu início, uma referência cujo principal pensamento era proporcionar um diálogo constante entre os dirigentes da Secretaria de Educação Média e Tecnológica, a equipe técnica coordenadora do projeto da reforma e os vários setores da sociedade civil, unidos direta ou indiretamente à educação. Determinou-se que, para a formulação de uma nova idealização do Ensino Médio, seria crucial a participação de professores e técnicos de vários níveis de ensino. A primeira reunião entre os dirigentes, a equipe técnica da Secretaria de Educação Média e Tecnológica e professores convidados de várias universidades do País expôs a necessidade de se produzir uma proposta que, incorporando os pressupostos acima citados e obedecendo o princípio de flexibilidade, orientador da Lei de Diretrizes e Bases, se mostrasse executável por todos os Estados da Federação, respeitando as desigualdades regionais. A primeira versão da proposta foi criada pelo então diretor do Departamento de Desenvolvimento da Educação Média e Tecnológica, professor Ruy Leite Berger Filho, e pela coordenadora do projeto, professora Eny Marisa Maia. Sugeriu-se, numa primeira abordagem, a reorganização curricular em áreas de conhecimento, com a finalidade de facilitar o desenvolvimento dos conteúdos, numa perspectiva de interdisciplinaridade e contextualização.
Foram convidados a integrar-se ao processo de elaboração da proposta de reforma curricular professores universitários com reconhecida experiência nas áreas de ensino e pesquisa, os quais trabalharam como consultores especialistas. As reuniões seguintes foram organizadas com a participação da equipe técnica de coordenação do projeto e representantes de todas as Secretarias Estaduais de Educação, para as discussões dos textos que fundamentavam as áreas de ensino. O método de trabalho visava ampliar os debates, tanto no nível acadêmico quanto no âmbito de cada Estado, integrando os professores e técnicos que trabalhavam no Ensino Médio. Os debates realizados nos Estados, coordenados pelos professores representantes, teriam que permitir uma análise crítica do material, contendo novas questões e sugestões de aperfeiçoamento dos documentos. Encerrada esta etapa, os documentos foram submetidos à apreciação dos Secretários de Estado em reuniões do CONSED e outras, organizadas pela Secretaria de Educação Média e Tecnológica com esse objetivo específico. O debate ampliou-se por meio da participação dos consultores especialistas em várias reuniões nos Estados e pela divulgação dos textos de fundamentação das áreas entre os professores de outras universidades. Ao mesmo tempo, a reformulação dos textos teóricos que embasavam cada área de conhecimento, foram feitas duas reuniões nos Estados de São Paulo e do Rio de Janeiro com professores que lecionavam nas redes públicas, escolhidos aleatoriamente, com a finalidade de averiguar a compreensão e a receptividade, em relação aos documentos elaborados.
ATIVIDADE 3 - ANÁLISE DA PROPOSTA PEDAGÓGICA DA ESCOLA
E. E. “Padre Paulo”, localizada no município de Santo Antônio do Monte, MG, Avenida Francisco Teotônio de Castro, 1.110, bairro São José tem como missão servir pessoas e instituições formando cidadãos: cristãos, academicamente competentes e solidariamente comprometidos com a dignificação do ser humano. A Escola Estadual “Padre Paulo” recebe grande número de alunos vindo de bairros periféricos que constituem sua comunidade escolar externa. A faixa etária dos alunos abrange dos 06 aos 16/18 anos, cursando o Ensino Fundamental com 9 anos de duração e, também, o Ensino Médio Geral.
A maioria desta clientela situa-se na faixa sócio - econômica inferior (70%) e uma minoria na classe média - baixa (30%). São filhos de operários das fábricas de fogos, retireiros, lavradores, granjeiros, diaristas, domésticas, faxineiras, sacoleiras e “rifeiros” (vendedores de rifas).
Os projetos pedagógicos, inseridos na realidade nacional, visam à formação de pessoas críticas, criaturas autônomas e comprometidas com a construção de um mundo melhor e mais solidário.
A escola atualmente dispõe de três turnos de estudo, sendo assim distribuídos:
1º turno, de 7:00 h às 11:20, oferece ensino para as séries finais do Ensino Fundamental 7º, 8º e 9º ano e os três anos do Ensino Médio.
2º turno de 12:30 às 16:50, oferece ensino para os anos iniciais do Ensino Fundamental 1º ao 6º ano.
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