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A OBSERVAÇÃO E INTERVENÇÃO PRÁTICA NAS SÉRIES DO ENSINO MÉDIO

Por:   •  21/12/2018  •  8.301 Palavras (34 Páginas)  •  260 Visualizações

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Neste sentido, a História está intimamente imbricada as intencionalidades educativas expressas na política educacional, no contexto político de globalização da economia, criação de novas tecnologias e consolidação da democracia no Brasil. Tal lugar deriva de grandes mudanças na política educacional conquistadas durante a década de 1980 e a promulgação da Constituição de 1988. As mudanças mais relevantes a se destacar incluem o fim das disciplinas de Educação Moral e Cívica, Organização Social de Política e Estudos dos Problemas Brasileiros, além do fim dos cursos de Licenciatura Curta em Estudos Sociais e a avaliação dos livros didáticos dos quatro anos iniciais do ensino fundamental. Esse processo de mudanças no ensino foi ainda ampliado de forma sistemática em governos posteriores. Vale também destacar as mudanças apresentadas nos Parametros Curriculares Nacionais, de 1997, que validam oficialmente a separação das disciplinas “História e Geografia” e o fim dos Estudos Sociais como componente curricular.

O texto da LDB, Lei 9.3945 apontou diretrizes que podem se apresentar como respostas do Estado as perguntas anteriormente apresentadas. Em forma de Lei, ele expressa oficialmente o que deve ser ensinado obrigatoriamente na disciplina de História. O texto da ênfase ao estudo da História do Brasil e da tríade “as matrizes indígena, africana e europeia na formação do povo brasileiro”. Quanto aos PCNs, estes respondem-nos a perguntam de o que ensinar, tendo nos quatro anos do Ensino Fundamental os dois eixos temáticos: I) Historia local e do cotidiano e II) História das organizações populacionais. Quanto aos anos finais do Ensino Fundamental, os PCNs também apresentam dois eixos temáticos: II) História das relações sociais, da cultura e do trabalho e II) História das representações e das relações de poder.

Precisamos salientar aqui também as posteriores mudanças na LDB, datadas de 2003, conquistadas graças a inúmeras lutas dos grupos negros brasileiros, que garantem como obrigatório o ensino da “História e Cultura Afro-Brasileira”, além da conquista do Dia da Consciência Negra no calendário escolar, realizado dia 20 de novembro. Posteriormente, em março de 2008, o documento sofreu novas mudanças que garantiram, também, o ensino da História Indígena em sala de aula.

Cabe a nós também analisar algumas das mudanças no PNLD, que é um dos programas mais antigos do ensino brasileiro. Em relação a ele, podemos destacar os estudos mais recentes de avaliação dos livros didáticos da disciplina de História (datados do início da década de 1990 e posteriormente, de 2011), que destacam grande mudança em relação a forma como os conteúdos de História são apresentados nos livros didáticos: nos estudos dos anos 1990, ficava claro a superficialidade da história, que se passava de forma fragmentada, simplificada, tornando os livros de História livros de Estudos Sociais, tamanha era a pobreza dos textos. Já nas análises de 2011, podemos perceber a mudança dos livros, que passaram em grande parte a se apresentar com a forma de História Integrada, que trabalham quando possível a História nacional, ainda evidenciando a História europeia e usando-a como base da cronologia.

O ensino da História no Brasil passou por inúmeras mudanças nas últimas décadas, mas pudemos notar, essencialmente, como houveram inúmeras melhorias nos currículos escolares e na forma de se ensinar dentro de sala de aula. Ainda temos muito a trabalhar com nossos livros, mas estamos nos aproximando do ensino ideal da Historia em sala de aula.

ANÁLISE DO TEXTO DOS PARAMETROS CURRICULARES NACIONAIS PARA O ENSINO MÉDIO

O estudo da História vem se destacando nas últimas décadas como cada vez mais importante para a experiência escolar. Estudando História, ensinamos aos alunos noções de cidadania, ética e de como devemos construir nosso futuro, evitando erros do passado. Portanto, é cada vez mais essencial que tenhamos currículos mais ricos e diversificados para atender à necessidade escolar de nossos alunos. Os Parâmetros Curriculares Nacionais apresentam-se como uma ferramenta norteadora para o professor de História, pois nele podemos ver como são os conteúdos, objetivos, metodologia e avaliação para a disciplina.

O ensino médio no estudo da História enquanto disciplina vem para expandir e consolidar os conteúdos e conhecimentos adquiridos durante o ensino fundamental, visando especialmente a formação cidadã dos alunos. Durante o ensino médio, a cultura deve ser a principal fonte de estudo, pois é nela que criamos o modo como vemos o tempo e como o diferenciamos em tempo mítico, escatológico, cíclico, cronológico, geológico e astronômico. O tempo histórico também deve ser grande fonte de estudo. É através da noção de tempo que podemos entender a sociedade e a cultura de cada povo, pois cada cultura tem seu próprio modo de entender e explicar a continuidade do tempo. Conhecendo as noções de tempo e as várias culturas presentes no mundo e na sociedade, a formação cidadã do aluno se dará de forma espontânea, pois poderá se ver como ser histórico e como formador de história, entendendo assim sua importância para o mundo.

A organização dos conteúdos em temas é um assunto que requer atenção com seus métodos. Os temas devem ser formulados através de pesquisas históricas que permitem a pesquisa de várias fontes tanto como documentais quanto iconográficas. Na escolha dos métodos é indispensável pensar de forma com que auxiliem a capacidade de entender as próprias ações e as de outras pessoas no tempo e no espaço. É importante salientar o estudo das temporalidades históricas para que os alunos adquiram a capacidade de análise crítica quanto a história, podendo ressaltar os ganhos e perdas das sociedades e culturas ao longo do tempo.

O trabalho em sala de aula deve ser o permanente estudo com pesquisas como uma forma de fazer uma alternativa viável essas sugestões pedagógicas. Com o desenvolvimento dos conteúdos através de temas pautados nas diversas temporalidades se pretendem desenvolver no discente a capacidade de pensar sobre o tempo em que está inserido também como processo.

É importante também salientar a importância da memória no ensino da História, uma vez que hoje em dia se valorizam muito mais os acontecimentos imediatos e não há tempo para se prolongar os assuntos demais. Portanto, é essencial ressaltarmos o uso da memória em sala de aula, valorizando o conhecimento prévio que cada aluno traz de casa.

A relação entre aluno e docente deve ser evidenciada e ser dada de forma natural, para que os

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