RESUMO COMENTADO: GEOGRAFIA POLÍTICA E GEOPOLÍTICA: DISCURSO SOBRE TERRITÓRIO E O PODER - CAPÍTULOS: 2 A 4
Por: Juliana2017 • 7/4/2018 • 5.685 Palavras (23 Páginas) • 729 Visualizações
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do Território e do Estado, enfatiza que, os estados são organismo que devem ser concebidos em sua íntima conexão com o espaço, daí a ideia de organismo, na qual o solo dar condições a novas formas de vida, por esse motivo faz uma analogia entre o solo e o estado, pois tenderiam a nascer, avançar, recuar estabelecer relações, declinar etc., ou seja, o solo pode favorecer ou não o desenvolvimento dos Estados, de modo que, o estado dependeria das condições naturais para sua evolução. Para isso, Ratzel concebe o Estado como dependente de determinadas condições materiais, para estreitar relações de coesão e unidade de modo a atingir toda a extensão do ecúmeno; o estado como um organismo espiritual e moral, referente ao seu papel político entre a sociedade; a ideia de um estado forte e centralizador, trata-se de uma unidade nacional-territorial comandada pelo poder; interessa-se pelo desenvolvimento desigual entre as regiões, pois para Ratzel o sistema econômico de cada região estabelece o desenvolvimento desigual e as diferenças entre as relações centro e periferia, daí a importância da estrutura de circulação, definindo o fenômeno de centralidade e finalmente para Ratzel, pensar o desenvolvimento político das nações, como espaço dominante nas políticas territoriais de estado é formular e pôr em práticas as estratégias destinada a manter a todo custo o que chama de coesão interna.
CAMILLE VALLAUX E GEOGRAFIA POLÍTICA COMO CIÊNCIA SOCIAL
O centro dos trabalhos de Vallaux fundamenta-se no conteúdo das teorias do trabalho de Ratzel, Vallaux apresenta sua concepção acerca dos problemas da teoria e dos métodos ratzelianos, divergindo, concordando ou inovando, mas sempre tendo como referência o trabalho do alemão. Nesse sentido, serão traçados os pontos divergentes e convergente na obra de Vallaux, relacionado acerca da concepção de Estado e como ele define os tipos de Estados. Primeiro, abordaremos os pontos divergentes entre os autores acerca do modo como Vallaux aborda a relação do Estado com o solo, criticando as teorias sociológicas racionalista e romântica sobre o Estado, que segundo ele situa seu processo e desenvolvimento no plano da inteligência e da coletividade, sem atentar as condições materiais da vida, inclui-se o espaço geográfico. Por outro lado, destaco o ponto maior de atrito entre os dois autores, referindo-se ao conceito de espaço, pois para Ratzel, o espaço representa a noção de poder, possuindo um valor absoluto para as sociedades e os Estado, para Vallaux o espaço é relação cotidiana entre cada um, por esse motivo que não vê a chamada consciência coletiva do espaço, ou seja, parte da ideia de espaço concreto (física e humana), ressaltando que o conceito de espaço é o ponto mais frágil da geografia política de Ratzel e acaba não concordando com o Alemão. Por outro lado, destaco os pontos convergentes, que segundo Vallaux concebe o estado com sendo uma analogia entre sociedade política e estado, reconhecendo que os estados passe pela soberania de um povo, sobre uma porção determinada do solo, ou seja, definindo território e domínio de espaço político, assim sendo, define os dois tipos de Estados (simples e complexos), de modo que, os Estados simples tende a caracterizar-se como espaço uniforme e que seu desmembramento não alteraria seu aspecto físico e o seu nível de coesão interna é baixo; os Estados complexos apresenta uma forte coesão, de modo que o domínio político se faria mais completo e nesses aspectos, Vallaux concorda com Ratzel. De maneira que, suas ideias também foram inovadoras para a geografia da época, por isso, tenta descobrir de que modo o solo, enquanto meio natural e espaço físico, pode influenciar o desenvolvimento das sociedades e dos estados, a partir dos estudos críticos sobre o trabalho de Ratzel, Vallaux, ressalta que o geógrafo está habilitado a verificar o conjunto dos estados que estão distribuídos sobre a superfície, como cada elemento do meio natural pode influenciar sua característica internas (como a qualidade e intensidade de população), aspectos essenciais dessa diferenciação. Outro ponto a destacar dentro da geografia política de Vallaux, são as análises a respeito do problema da circulação, das cidades e das fronteiras, elementos fundamentais para estudo e que são abordados até os dias de hoje. O pensamento de Camille Vallaux teve uma importância enorme para época, onde procurou situar o objeto de estudo da geografia política no campo de debate teórico das ciências sociais, entendendo-a como interdisciplinar.
O DISCURSO GEOPOLÍTICO
Apresenta e discute a confusão conceitual e terminológica em torno da definição do discurso geopolítico, abordando alguns aspectos desse problema e ressalta a importância de Rudolf Kjéllen como pioneiro da geopolítica enquanto abordagem aplicada às relações entre estado e o território, diferenciando a geopolítica como ciência autônoma, tomando de Ratzel a ideia de Estado como organismo territorial. Serão destacados o imperialismo, como contexto desse tipo de perspectiva e as contribuições de Mahan e Mackinder com seus mais conhecidos pioneiros.
IMPERIALISMO, GRANDES POTÊNCIAS E AS ESTRATÉGIAS GLOBAIS COMO CONTEXTO DA GEOPOLÍTICA
Na virada do século XIX para o XX, surge o interesse relacionado ao espaço e poder envolvendo o mundo em escala global, caracterizado pelas potenciais mundiais, trazendo consigo o imperialismo como forma de relacionamento internacional. Desde então, surge os conceitos de potência mundial e imperialismo, como forma de expandir o capitalismo, baseado na industrialização, na reprodução do próprio capital assumindo a sua forma monopolista e a sua desigual internacionalização.
No final do século XIX encerra-se o período de expansão colonial e surge então, as grandes potências que passam a disputar o controle de mercados e territórios. Como não se trata de conquista territorial e sim de competição entre estados, nasce um novo tipo de imperialismo capitalista em escala mundial. Esse novo caráter imperialista da economia e das políticas territoriais das grandes potencias, estabelecia-se em dois movimentos principais de caráter estratégico de dominação em escala global: disputa hegemônica de vizinhança e competição pelo domínio de território. A partir de então, refere-se aos processos de constituição e consolidação dos impérios em diferentes escalas: os maiores e os menores, a essa altura encontra-se as grandes potências como os impérios: Alemão, Russo, Austro-Húngaro, Japonês e Turco-Otomano.
Acontece que estabelecia uma nova força de potência mundial, representado
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