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O Que é Sociologia - resumo comentado

Por:   •  3/12/2018  •  2.107 Palavras (9 Páginas)  •  358 Visualizações

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Em sua obra intitulada As regras do método sociológico, de 1895, Durkheim afirma que “espera ter definido exatamente o domínio da sociologia, domínio esse que só compreende um determinado grupo de fenômenos. É um fato social toda a maneira de fazer, fixada ou não, suscetível de exercer sobre o indivíduo uma coação exterior. Os fatos sociais dariam o tom da ordem social, sendo construídos pela soma das consciências individuais de todos os homens e, ao mesmo tempo, influenciam cada uma.

O importante é a realidade objetiva dos fatos sociais, os quais têm como característica a exterioridade em relação às consciências individuais e exercem ação coercitiva sobre estas. Mas uma pergunta se coloca: de onde vem esta ação coercitiva? Fomos criados, por nossos pais e pela sociedade, com a ideia de que não podemos, em um restaurante, virar o prato de sopa e beber de uma só vez, pois certamente as pessoas vão rir ou talvez achar um tanto quanto estranho, já que existem talheres para se tomar sopa. Não existem leis escritas que impeçam quem quer que seja de virar o prato de sopa, segurando-o com as duas mãos para beber rapidamente. Isso é a ação coercitiva do fato social, é o que nos impede ou nos autoriza a praticar algo, por exercer uma pressão em nossa consciência, dizendo o que se pode ou não fazer.

Se um indivíduo experimentar opor-se a uma dessas manifestações coercitivas, os sentimentos que nega (por exemplo, o repúdio do público por um homem de terno rosa) voltar-se-ão contra ele. Em outras palavras, somos vítimas daquilo que vem do exterior. Assim, os fatos sociais são produtos da vida em sociedade, e sua manifestação é o que interessa a Sociologia.

Capitulo III – O desenvolvimento

Se o contexto histórico do surgimento e da formação da sociologia coincidiu com um momento de grande expansão do capitalismo, infundindo otimismo em diversos sociólogos com relação à civilização capitalista, os acontecimentos históricos que permearam o seu desenvolvimento tornaram no mínimo problemáticas as esperanças de democratização que vários sociólogos nutriam com relação ao capitalismo. O desenvolvimento desta ciência tem como pano de fundo a existência de uma burguesia que se distanciara de seu projeto de igualdade e fraternidade, e que, crescentemente, se comportava no plano político de forma menos liberal e mais conservadora, utilizando intensamente os seus aparatos repressivos e ideológicos para assegurar a sua dominação (MARITNS., 1988).

Ao iniciarmos esse estudo torna-se necessário expor alguns conceitos básicos para uma melhor compreensão acerca do desenvolvimento da sociologia, primeiramente deve-se ressaltar que antes do capitalismo, o sistema predominante era o Feudalismo, cuja riqueza vinha da exploração de terras e também do trabalho dos servos. O progresso e as importantes mudanças na sociedade (novas técnicas agrícolas, urbanização, entre outros) fizeram com que este sistema se rompesse. Estas mesmas mudanças que contribuíram para a decadência do Feudalismo, cooperaram para o surgimento do capitalismo. Nesse novo sistema econômico os proprietários dos meios de produção (burgueses ou capitalistas) são a minoria da população e os não-proprietários (proletários ou trabalhadores – maioria) vivem dos salários pagos em troca de sua força de trabalho.

Com relação ao termo capitalismo, descreve-se que, sempre que possível, a ciência social convencional evita o uso da palavra “capitalismo”, preferindo expressões mais gerais como sociedade de mercado ou economia de mercado. Apesar disso, capitalismo é uma palavra forte e não pode ser evitada. Ou, em lugar de adjetivos, algumas expressões tentam sugerir que o capitalismo foi ultrapassado, tendo em vista seu próprio sucesso. Viveríamos agora em sociedades pós-capitalistas, ou em sociedades pós-industriais, ou na sociedade global.

Trata de uma sociedade permeada por inovações que integram as nações social, política, cultural e economicamente ao redor do mundo. Dessa forma, o estilo de vida, as relações sociais e valores morais também se modificaram. Nesse contexto percebe-se que a religião, os valores morais e éticos são utilizados de acordo com a convenção de cada um, pois nessa sociedade o indivíduo estabelece relações com o meio com o objetivo de satisfazer suas expectativas.

Dessa maneira, pensar o capitalismo como religião nos remete a alguns limites que se impõem a essa equiparação. Para estabelecer uma relação entre o capitalismo e religião, ou pensa o capitalismo como religião, ajuda muito pouco ir atrás da etimologia dos dois termos. Também não é muito frutífero partir da definição de conceitos, porque reina uma verdadeira “torre de Babel” quanto às definições.

As sociedades desde seus primórdios são regidas por sistemas que organizam a sua vida social, cultural, econômica e religiosa. Nos dias de hoje o sistema econômico capitalista tornou-se também cultura, por isso tem influenciado nas tomadas de decisões políticas, nas questões sociais e religiosas. “Religião e capitalismo, ou mercado capitalista, cumprem funções sociais que podem ser assumidas, conforme o contexto, ora por um ou por outro subsistema da sociedade[1]”. A religião no sistema capitalista tem acompanhado suas mudanças, ou seja, se ressignificando através de novos significados atribuídos por ela aos fatos sociais por meio da mudança de sua visão de mundo.

O campo religioso brasileiro, principalmente os evangélicos, que ao longo das últimas três décadas, observa-se mudanças significativas entre os mesmos, como o crescimento dos grupos históricos protestantes, sua presença na arena política, relações entre gêneros no interior das igrejas e mudanças no comportamento frente aos problemas sociais que se apresentam no cotidiano da realidade brasileira, levando pastores e fiéis a adotarem ações que vão além de uma resposta na esfera espiritual às situações como fome, desemprego, uso e dependência de entorpecentes químicos, dentre outros.

Isto quer dizer que o capitalismo é um sistema que se expande para outros contextos como a religião, pois proporciona ao fiel um sistema de fins últimos que envolvem o significado da vida e constituem critérios absolutos para o julgamento de acontecimentos e ações estabelecidos socialmente, ou seja, junto à religião apresenta caminhos que condizem com os seus valores e critérios. Dessa forma, o capitalismo na sociedade globalizada tornou-se cultura, comportamentos e valores.

Weber projetou uma Sociologia que partisse da ideia de que o social não estava acima dos indivíduos e nem fazia

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