A Psicologia da Educação
Por: Evandro.2016 • 14/7/2018 • 8.170 Palavras (33 Páginas) • 352 Visualizações
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Ao fazer um retrocesso no tempo, verificamos que o homem das cavernas deixou marcas de seu conhecimento nas paredes, quando desenhou a si mesmo e a figura da caça, demonstrando emoção, graça e sensibilidade.
O senso comum e a Ciência caminham muito próximos. Para fazer Ciência, é necessário basearmo-nos na realidade cotidiana. Nesse ponto, a Ciência aproxima-se do cotidiano e afasta-se dessa realidade, transformando-a em objeto de investigação.
A Ciência avança por meio de negações, reafirmações e descobertas de novos aspectos, caracterizando-se como um processo inacabado, uma vez que está em constante construção.
ASPECTOS HISTÓRICOS DA PSICOLOGIA
O século 19 foi palco do grande desenvolvimento da Ciência diante do crescimento do capitalismo. Nesse período, o processo de industrialização corria a passos largos, e a Ciência deveria oferecer respostas e soluções técnicas às dificuldades práticas enfrentadas na época.
A Neuroanatomia e a Fisiologia, por exemplo, estudavam as atividades motoras e o funcionamento do cérebro ligado a elas. Além disso, alguns estudiosos já se preocupavam com o fenômeno psicológico como estudo científico.
A Ciência, no continente europeu, teve forte influência de Descartes, cujo pensamento foi altamente racionalista, isto é, baseado apenas na razão, nos fatos reais.
Em meados do século 19, nos Estados Unidos, semelhantemente aos países europeus, houve um galopante processo de urbanização e avanço industrial, decorrendo daí um estímulo à expansão do sistema escolar.
É nesse contexto que a Psicologia passou a ter um papel relevante no ajuste, classificando e selecionando os indivíduos necessários à nova demanda nas fábricas e escolas.
Desse modo, diante de toda a modernidade, houve um estímulo, também, ao desenvolvimento das universidades norte-americanas e uma influência acentuada do evolucionismo darwinista, que contribuiu com novos conceitos, tais como adaptação, função e equilíbrio, para a Ciência da época.
É importante que saibamos que o pragmatismo pregado pelos norte-americanos era decorrente do rápido crescimento de fábricas e da economia em alta.
ESTRUTURALISMO
o Estruturalismo, assim como o Funcionalismo, baseia-se no estudo da consciência. Entretanto, diferentemente do Funcionalismo, estuda os aspectos estruturais do sistema nervoso central. Para realizar seus estudos, utiliza os métodos ligados ao introspeccionismo e os experimentais, adotados em laboratórios.
De acordo com o que vimos anteriormente, Titchener, fundador da escola estruturalista, por influência dos estudos de anatomia cerebral da época, comparava o psicólogo ao anatomista, que organizava seus estudos sobre o corpo nas estruturas do qual é composto. Assim, o psicólogo deveria analisar a mente humana com base nas unidades elementares que a compõem. Essas unidades elementares correspondem aos elementos básicos da consciência, subdivididos em: estados de sensação, imagens e estados afetivos.
O estado de sensação (vinculado à percepção) inclui as ações da visão, do olfato, do tato e da audição. Já as imagens relacionam-se às ideias, isto é, torna-se possível recorrer às lembranças. O terceiro elemento, por fim, representa os estados afetivos experimentados em situações de tristeza, amor e ódio (GOODWIN, 2005).
Para Titchener, o método de introspeccionismo era realizado pelos observadores treinados de seu laboratório. Dessa forma, a introspecção era treinada e baseada em vários estímulos, de maneira que o observador deveria se esquecer de ter atenção subjetiva e deveria estar em estado de observação mecanizada.
Ação da mulher nesse período
A história mostra-nos uma ascensão muito lenta da mulher no campo profissional, você concorda? Vejamos, então, qual foi a relação desse momento histórico com a Ciência.
Titchener foi um cientista bastante intransigente, visto que ele decidia sobre os temas que seriam discutidos na reunião de estudo para psicólogos, que realizava com orientandos, e sobre a escolha dos participantes. Também devemos mencionar o fato de ele proibir a participação das mulheres nessas reuniões.
Essa proibição nas reuniões, segundo ele, dava-se em razão do uso de charutos e da liberdade para interromper relatos, discutir. Para ele, a presença de mulheres não seria possível em virtude de elas serem muito delicadas para fumar.
Críticas e contribuições do Estruturalismo
Entre Outras críticas, se, por um lado, o método do introspeccionismo comprovou-se falho nos experimentos de Titchener; por outro, a grande contribuição dessa escola foi a de possibilitar que a Psicologia se tornasse uma Ciência.
FUNCIONALISMO
Essa escola foi considerada a primeira sistematização, genuinamente norte-americana, de conhecimentos da Psicologia. O movimento social estava voltado para o pragmatismo, que foi exigido também dos cientistas. Por isso, houve a importante busca pelas respostas para as perguntas: (1) o que fazem os homens? (2) por que o
fazem? Para isso, James apontava a necessidade da compreensão da consciência e seu funcionamento, em função de usá-la para adaptar-se ao meio.
A sociedade norte-americana, então, embasada no pragmatismo decorrente dos efeitos da Revolução Industrial, da produção em massa e do capitalismo, exigia de seus cientistas uma visão pragmática, ocorrendo da mesma forma com a Ciência psicológica.
Como vimos, o Estruturalismo compreendia uma tradição, na qual se perguntava: o que é a consciência?
Sob a i influência da teoria da evolução de Darwin, que foi um estímulo para o surgimento da Psicologia animal e, conseqüentemente, para a evolução dessa corrente, os funcionalistas, nessa escola, iam mais além e questionavam: para que é a consciência?
A escola funcionalista foi a primeira grande escola da Psicologia originalmente norte-americana, tendo como grande representante William James (1842-1910). Este foi o primeiro doutor norte-americano em Psicologia, aluno de Wundt, que, ao regressar aos Estados Unidos, se dedicou às áreas da Psicologia da infância, da adolescência e da velhice, e da Psicologia da Educação, bem como à Filosofia e à Religião.
Após
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