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NOÇÕES CARACTERÍSTICAS DA PESSOA

Por:   •  18/7/2018  •  6.394 Palavras (26 Páginas)  •  391 Visualizações

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No entanto a pessoa pode perceber o mundo exterior, seu corpo e seu eu, mas é impossível que em absoluto possa converter-se em objeto da representação executada por ela mesma ou por algum outro, e assim pode dizer que da essência, da pessoa vive e exista e viva unicamente a relação de atos intencionais.

Por conseguinte, ela não é, essencialmente nenhum objeto. Ao contrario, toda postura objetiva, bem seja o perceber, seja o representar, o pensar, o recordar, o espera, seja imediatamente no transcendente do ser da pessoa. Daqui se conclui que toda objetivação psicológica é idêntica a personalização; portanto á pessoa é dada sempre como realizador dos atos intencionais que se acham ligados pela unidade de um sentido.

Esta inobjetividade afeta também a pessoa como depositaria dos valores morais, no entanto os valores éticos, em geral, são primariamente, valores cujos depositários nunca poderão ser dado como objetos originariamente, já que estão no plano da pessoa e que elas nunca pode ser nos dadas como objetos, nem tampouco igualmente, nenhum ato, por elas realizadas.

2.2 AUTONOMIA

A autonomia é um predicado da pessoa enquanto tal. Em primeiro lugar, a pessoa deve se sentir dona do próprio corpo, não na consciência deste.

O fenômeno da personalidade não está essencialmente limitado ao homem sensato e maior de idade, senão unicamente aos homens em quem se manifesta o senhorio sobre seu corpo de modo imediato, sabendo-se, entendendo-se, vivendo-se a si mesmos, imediatamente como dono de seus corpos.

A pessoa é autônoma de duas maneiras: por um lado, temos a autonomia da visão pessoal do bem e do mal; por outro lado, a autonomia do ato de querer o que é dado como bem ou mal. A pessoa esta também unida ao corpo, mas sem qualquer relação de dependência relativamente a ele; o domínio sobre o corpo é antes uma das condições de existência da pessoa. Por ultimo a pessoa nunca é parte, mas e sempre o correlato de um mundo, de sorte que a cada pessoa corresponde um mundo (microcosmo) e a cada mundo uma pessoa. (BACHENSCKI, 1968, p 145)

A relação, pois do homem com seu corpo é importante para que se possa descobrir este aspecto da pessoa. Quem vive predominantemente na consciência de seu corpo, de modo que se identifica com o conteúdo daquela, não é uma pessoa - segundo a concepção de Scheler já mencionado anteriormente. Só pode chegar este homem àquele que vive o corpo como pertencente a si mesmo.

Esta autonomia se reflete no plano psicológico porque os atos verdadeiramente humanos e pessoais se subtraem á causalidade da natureza. O que constitui a novidade na pessoa humana é a posse de atos sujeitos a uma lei autônoma frente a toda causalidade vital psíquica.

O homem, embora seja independente está condicionado por fatores físicos e psíquicos, no mais profundo do seu ser, está submetido às leis naturais. Tem-se suficiente liberdade, para passa por cima dela. Outra coisa é que a maioria dos homens não poderá alcançar a um nível de liberdade e de autonomia sobre as coisas e sobre si mesmo, porem, por si só a pessoa humana tem capacidade para dominar esses condicionamentos.

Hoje podemos dizer que conhecemos, ao menos teoricamente, o caráter pessoal e, por conseguinte, também o caráter autônomo a todo homem, ou ao menos teoricamente, e como se isso mostramos no passado a triste historia dos escravos, a faltam modo de não conhecer o caráter do homem. Mas hoje também com o domínio político e do poder econômico de grandes sobre pequenos países e o predomínio de uma classe ou sobre as raças, a imposição das idéias, etc...,

A autonomia da pessoa física é caracterizada também no plano ético. Sendo assim só a pessoa possui valores éticos. O valor ético não está nas coisas e nos acontecimentos, pelo contexto histórico também é possível de se atribuir valores à certa época, por conseguinte, só as pessoas podem ser originariamente boas ou más; podendo ser responsabilizadas por seus atos, que provem da sua pessoa.

Deste valor autônomo da pessoa na ordem ética se deduz que todo juízo definitivo de pessoa sobre o valor e dês-valor morais alheios, é em si um absurdo, pois lhes falta necessariamente o conhecimento da esfera pessoal absolutamente intima do outro, como já citamos anteriormente esta esfera pertence essencialmente ao depositário dos valores morais. Após o conhecimento empírico, histórico ou psicológico de uma pessoa percebesse que ela revela sob os seus valores morais. Novamente aqui o amor ajuda na compreensão, sendo o melhor caminho para entender uma pessoa.

2.3 INDIVIDUALIDADE

A pessoa espiritual é o único ser que tem uma existência individual, irrepetivel, inconfundível. Em razão dessa essência tem um destino individual irrepetivel. Este destino não está fatalmente marcado: está submetido à evolução livre de cada pessoa (poderíamos dizer que, antes que “destino”, cada pessoa tem uma “vocação individual”). Se cada pessoa evolui conforme seu principio individual certamente terá um lugar inconfundível no mundo de outras pessoas, sem medo de ser confundido com o das pessoas, pois se agir assim certamente não será confundido e será ela mesma sobre todos os aspectos.

“É necessário levar em conta que, como sabemos, existem “outros eus” individuais de natureza psíquica, exteriores a nós, mas que somos incapazes de apreender de uma forma adequada naquilo que constituí a sua essência.” (SILVEIRA, 1996, p 52). Aqui podemos destacar os aspectos que são nossos que somente as outras pessoas conhecem e que e são ocultas a nos mesmo, e que assim torna cada pessoa singular e única, sendo uma autentica obra de arte.

Se a pessoa é singular, isso não deve ao fato de ter sido individualizada por uma matéria, como afirma, segundo Aristóteles, a tradição tomista. A singularidade, pelo contrario, caracteriza a pessoa em sua própria essência, de modo que, ainda quando os homens se assemelham pelas propriedades gerais do corpo e do psiquismo, cada um deles é, em seu ser espiritual, único em seu gênero, e cabe defini-lo como um individuo absoluto que recebe individualmente daquilo que o constitui mais intimamente, e não de fatores extrínsecos.(DARTINGUES 1992 p 142)

A pessoa é totalmente individual, cada homem, na medida em é uma pessoa, é um ser e um valor único. O individual opõe-se, neste caso, ao geral, não a totalidade, mas a uma unidade com um valor que transforma a pessoa um ser supremo, mas que nem sempre e assim considerado por outras pessoas.

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