História do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro
Por: Lidieisa • 26/1/2018 • 11.655 Palavras (47 Páginas) • 702 Visualizações
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RIGUES, Ferdinando – Desenho Urbano: Cabeça, Campo e Prancheta, ProEditores.
BRASIL. Polícia Militar. Apostila de Armamento do Curso de Formação de Soldado - Centro de
Formação e Aperfeiçoamento de Praças. Rio de Janeiro.
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Criação e Evolução do CBMERJ
A eclosão de diversos incêndios, alguns de proporções consideráveis para a época, levaram o Imperador D. Pedro II a organizar o serviço de extinção de incêndios. Entre os mais importantes eventos que precederam a criação da Corporação, podemos citar: o incêndio da Alfândega do Rio de Janeiro, ocorrido em 1710; o Mosteiro de São Bento, em 1732; o do Recolhimento do Parto, em 1789; os do Teatro São João (atual Teatro João Caetano), em 1824, 1851 e 1856; os da Casa da Moeda, em 1825 e 1836 e o do Pavilhão das Festas do Campo da Aclamação (atual Praça da República), ocorrido em 1841.
O Imperador, através do Decreto Imperial nº 1.775, de 02 de julho de 1856, organizou o serviço de extinção de incêndio, sendo significativo o artigo 3º da seção II, cujo resumo determina que essa corporação seria composta por operários ágeis, robustos, moralizados e, preferencialmente, os mais habilitados e os detentores de ofícios, atributos essenciais ao bombeiro até os dias atuais.
Enquanto não fosse definitivamente organizado um Corpo de Bombeiros, o serviço de extinção de incêndio seria, pelo decreto, executado por operários dos Arsenais de Guerra e Marinha, das Obras Públicas e da Casa de Correção, sendo criada e organizada em cada uma dessas repartições uma seção destinada a esta atividade. Essas seções formavam o Corpo Provisório de Bombeiros da Corte, sendo o seu primeiro comandante um oficial superior do Corpo de Engenharia do Exército, o Major João Batista de Castro Moraes Antas, nomeado em 26 de julho de 1856.
No dia 13 de março de 1857, o Major Moraes Antas informou ao Ministro da Justiça, Conselheiro Dr. José Nabuco de Araújo, ter organizado o Corpo Provisório de Bombeiros da Corte. O efetivo compreendia 130 homens e todo material de extinção constituía-se de 15 bombas manuais, 240 palmos de mangueira de couro, 23 mangotes, 190 baldes de couro, 13 escadas diversas e 02 sacos de salvação. O alarme de fogo, segundo o Art. 21 da seção IV do referido Decreto Imperial, era dado por tiros de peça de artilharia, disparados no morro do Castelo e pelo toque de sino da igreja de São Francisco de Paula ou da Matriz da freguesia, onde ocorria o sinistro.
No dia 01 de maio de 1857, foi instalado o Posto Central, que ocupava o pavimento
térreo da Secretaria de Polícia situada na Rua do Regente, cujo efetivo era constituído
de um comandante, um instrutor, dois chefes de turma e vinte e quatro bombeiros que,
juntamente com mais duas seções das obras públicas, ficavam em prontidão
permanente. Voluntários da Corporação, mais de uma centena, juntaram-se às tropas do Império e atuaram bravamente na Guerra do Paraguai, escrevendo uma página gloriosa no ano de 1865. Nesse ano o Corpo de Bombeiros recebeu a sua primeira bomba a vapor.
No ano histórico de 1889, o Corpo de Bombeiros participou ativamente da proclamação da República, ao lado das tropas revolucionárias, saindo do Campo da
Aclamação e se juntando a estas.
No ano de 1927, o efetivo já somava 64 Oficiais e 900 Praças e, em cinco de
março deste mesmo ano, foi instituído o Serviço de Salvamento e Proteção, em
cumprimento ao Aviso Ministerial nº 2.180, de 30 de dezembro do ano anterior.
A violenta explosão, que ocorreu no paiol de munição da Diretoria Central do
Material Bélico do Exército, em 1948, deslocou quase todo o efetivo disponível para as
ações de combate ao incêndio e remoção de materiais explosivos. Foi uma das maiores catástrofes já assinaladas na história do Estado.
A Lei nº 427, de 11 de outubro de 1948 equiparou a Corporação às Polícias Militares, passando a gozar, desta forma, das vantagens e predicamentos constantes do artigo 183 da Constituição. Restabeleceram-se assim as condições em que se encontravam desde 13 de janeiro de 1917 até 1946, ou seja, Força Auxiliar do Exército Brasileiro. Em 1954, o Decreto nº 35.309 instituiu o dia 02 de julho como o .Dia do Bombeiro Brasileiro.
Fato marcante enlutou a Corporação no dia 07 de maio de 1954. A luta, a dor e o sofrimento estiveram presentes na brutal catástrofe na Ilha de Braço Forte. Atendendo ao chamado para debelar o incêndio, que lavrava em um depósito de inflamáveis daquela ilha, dezessete bombeiros foram surpreendidos com uma súbita e violenta explosão que levou pelos ares Braço Forte, ocorrendo um espetáculo horrendo e dantesco. Apenas seis sobreviveram à tragédia.
O dia 28 de julho de 1963 foi marcado pela .Tragédia do Edifício Astória., onde
um violento incêndio, ocorrido no centro da cidade, deixou um saldo negativo de 04
mortos e 30 feridos. Cerca de quarenta viaturas da Corporação, além de dezenas de
veículos particulares, estiveram presentes nas operações.
A maior enchente do Estado da Guanabara teve início com um violento temporal, em 10 de janeiro de 1966. As chuvas, incessantes e torrenciais, fizeram com que a Corporação mobilizasse todo seu material e pessoal. O volume de solicitações de socorro extrapolava
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