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Fichamento Arquiteturas Silenciosas

Por:   •  4/11/2018  •  1.303 Palavras (6 Páginas)  •  277 Visualizações

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durabilidade? Afinal, uma boa arquitetura seria no caso onde o essencial é o menos? Se não for a cenográfica nem a interessante, qual é a boa arquitetura? É aquela onde uma placidez e uma formalidade seja algo a ser admirável? O que para alguns possa ser algo considerável belo, para outros possa ser apenas uma caixa de vidro. É tudo questão de publicidade, é a sua interferência em algo que lhe relaciona, arquitetura é algo realmente enternecedora, assim como a arte; e arquitetura é nada mais nada menos que arte. Hoje o simples, o minimalismo, esse padrão clean é considerado algo agradável, belo sim, funcional não, a arquitetura vai muito mais além da beleza, muito mais além da funcionalidade e sim, unir todos juntos e uma única construção; que juntas provocam excessivamente uma grande perturbação emocional, é algo intenso e rápido, e que pode se alterar com facilidade. Hoje a arquitetura necessita de uma volta ao passado; para pegar ideias do passado e reinventá-las, corrigindo, copia-las. Já não se existe mais a ideia de ser original; ser original naquilo que você faz; trabalhamos com ideias, tanto arquitetos quanto designers trabalham inventando, a todo tempo. Inventar agora virou algo fútil, virou algo de fracassado. Copiar é ser fracassado, roubar ideias de outro isso sim é ser fracassado. Ser altamente original é não apenas seguir o típico padrão de uma arquitetura pobre em todos os aspectos. (MAHFUZ, pg.04)

Arquiteturas silenciosas: a evolução do modernismo no Brasil – "A existência de produção de tal qualidade mostra que, quando uma atividade chega a ser tão supérflua para a cultura atual como é a arquitetura, não há nenhuma desculpa para não se aspirar à excelência".

Aqui e ali se observa uma arquitetura que, se fosse receber algum qualificativo, poderia ser chamada de "silenciosa". Essa produção rechaça a concepção artística promovida pela pseudocultura midiática atual, que resulta em uma agressão histérica aos sentidos e ao bom senso; [...] "arquiteturas silenciosas": trata-se de um grupo não muito numeroso de obras projetadas e construídas em várias partes do Brasil, de autoria de arquitetos de várias gerações, sendo o mais proeminente deles Paulo Mendes da Rocha, nosso melhor arquiteto há pelo menos duas décadas - e talvez aquele que melhor represente os princípios desse modo de praticar arquitetura. [...] Do ponto de vista projetual, essas arquiteturas caracterizam-se por adotarem formas elementares, serem pouco ornamentadas e figurativamente neutras, constituindo objetos enganosamente simples, cuja complexidade vai sendo revelada à medida que nos familiarizamos com eles. [...] Conforme Helio Piñón, "o organicismo, o realismo, o brutalismo, o historicismo, a tendenza, o inclusivismo, o sintaticismo, o pós-modernismo, o regionalismo crítico, a desconstrução e, há alguns anos, o minimalismo, são as doutrinas mais celebradas até hoje entre as que tentaram - pelo que se vê, sem sucesso - enterrar para sempre os princípios e critérios sobre os quais se apóia a noção moderna de ordem". [...] A arquitetura moderna nos ensina que um modo de controlar essa arbitrariedade é fundamentar as decisões projetuais sobre as condições intrínsecas e específicas de cada problema

arquitetônico. O outro modo de garantir esse controle é não ter a busca da inovação constante como objetivo. As condições internas a cada problema arquitetônico são o programa, a técnica e o lugar. O projeto é, portanto, uma síntese formal dessas três condições que utiliza os materiais arquitetônicos (estruturas formais e elementos de arquitetura) fornecidos pela história e resulta em uma ordem visual/espacial que define a identidade formal de cada objeto. (PIÑÓN, pg.08)

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