Fichamento da obra : A Construção do sentindo na Arquitetura
Por: Jose.Nascimento • 2/10/2018 • 2.086 Palavras (9 Páginas) • 625 Visualizações
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e de contribuir com o lugar de forma correta, sem prejudicar a sua referencia local, e sim agregando. Projetando algo na so por projetar mas que represente o lugar e sua sociedade que ali habita.
‘’ Este estudo propõe-se, assim, examinar as bases de uma linguagem da arquitetura. Os mais exigentes, como os semiólogos, poderão no entanto dizer que não é suficiente falar numa linguagem do espaço, sendo antes necessário provar que tal linguagem efetivamente existe e existe enquanto real linguagem - uma vez que proliferam os usos indevidos do termo e do conceito de linguagem. Não deixam de ter razão. Contudo, não me interessa demonstrar aqui que essa linguagem do espaço é de fato e rigorosamente uma linguagem, tal como a definem as teorias da linguagem, com suas articulações e unidades combináveis, mas sim considerar o espaço como uma forma genérica de expressão que efetivamente informa o homem (e COmo qual os homens se informam, de modo consdente ou não) e como detentor de sentidos passíveis de uma formalização necessária para a operação sobre esse mesmo espaço, para a prática arquitetura!.’’ ( p.15 )
O espaço é o homem e o homem é o espaço. Arquitetura deve descrever um homem assim como um homem descreve a arquitetura. Portanto, o espaço não deve ser somente preenchido, e sim complementado com algo que agrega a cultura e costumes locais e represente a sociedade habitacional do local.
‘’ Dê fato, se se passar em revista as diferentes e sucessivas definições da arquitetura, se verifica que são necessários mais de 2 000 anos, bem mais, para que se conceitue a arquitetura de, modo efetivamente adequado com seu objeto específico. Vitrúvio tece todo um discurso sobre arquitetura sem nem ao menos e delimitar de modo aceitável seu domínio: "ciência que deve ser acompanhada por grande diversidade de estudos e conhecimentos por meio dos quais ela avalia as outras artes que lhe pertencem...” ( p.18 )
Projeções, construções e definições.. O primeiro passo para uma cidade deve ser de um arquiteto. Cidades bem planejadas, são exemplos de que se pode ser evoluída e organizada, sem uma zona habitacional, desordem e tudo que leva ao caos. E essas praticas não são referentes somente o século XX, antepassados já tinham a arquitetura presente.
‘’ Estas constatações impõem que se reconheça um outro eixo fundamental de organização do Espaço na arquitetura, decorrente do primeiro e que deve ter seus sentidos especificamente determinados conforme a cultura e a época: o eixo Espaço Prixado X Espaço Comum (ou Espaço Individual X Espaço Social, embora a primeira denominação seja mais genérica e portanto deva ser a preferida). Para o arquiteto o problema que se coloca aqui, de modo específico, é o de saber como, numa dada cultura, se percebe um Espaço como sendo Privado e como se percebe um outro Espaço como sendo Comum, i.e., quais os limites de um e outro, até que ponto um espaço pode ser estendido sem se ferir os Espaços Privados, até que ponto estes aceitam e permitem aqueles. Considerando-se por um lado que o homem ocidental, de modo particular, valoriza ainda hoje, em termos genéricos, a possibilidade de recolhimento individual, de isolamento (periódico e delimitado, porém isolamento) e, por outro lado, os desequilíbrios psíquicos resultantes da convivência forçada e da promiscuidade, é fácil compreender a importância desse eixo para a prática da arquitetura. ‘’ (p.38)
‘’ Poderia igualmente ser recebido como projeto absolutamente "normal" na República Popular da China onde a noção do Espaço Comum predomina amplamente sobre a de Espaço Privado - e de forma muito mais acentuada ainda. Interessante ressaltar a respeito da China - para evidenciar a importância do modo de disposição e uso do Espaço na formação de uma cultura e uma ideologia - um dado normalmente não levado em consideração pelos analistas políticos e cuja inobservância dá margem a uma série de equívocos sérios e lamentáveis: se uma ideologia como a marxista pôde ser posta em prática na China foi porque ela já encontrou nessa cultura um conjunto de elementos de natureza semelhante aos por ela defendidos e contra os quais ela não teve de entrar em conflito. E a maior parte desses elementos estão justamente no modo de organização e utilização do Espaço, possivelmente um dos primeiros traços a determinar o tom geral de uma cultura. Efetivamente, na China sempre foi comum, em todos os tempos anteriores ao aparecimento de Mao, um modo de vida do tipo, em tudo e por tudo, coletivo: desde a organização do trabalho no campo, passando pelos modos de usufruir o tempo livre nas representações teatrais ou nas tavernas, até o costume de dormir em conjunto, membros de uma família ou não, não só no mesmo aposento como sob a mesma coberta, a norma (o ".normal") é a vivência num espaço comum (não só na China, aliás, como no Japão e, de modo geral, em todo o Oriente).’’ (p.39)
‘’ Estas observações sobre o segundo eixo definidor do Espaço arquitetural coloca o arquiteto-urbanista diante de um duplo problema: primeiro, o de determinar as significações que assumem para os membros de uma cultura cada um dos terminais do eixo (Espaço Privado e Espaço Comum) e saber na direção de qual deles ‘’tende’’ a prática social desse grupo.’’ (p.40)
O conhecimento sobre os diferentes espaços são primordiais. Saber pra que e pra quem produzira é essencial, pois, preservara a cultura e essência do local, mas para isso o arquiteto tem que ir afundo, ir além de uma simples entrevista com seu cliente, ele deve conhecer o lugar, ver que tipo de meio é aquele em que ele vai alocar seu projeto, são diversos fatores que torna o trabalho do arquiteto mais complexo do que parece ser.
‘’ Por outro lado, se se pode aceitar sem maiores objeções a tese de que a arquitetura é efetivamente uma arquitetura elaborada a partir do interior, que se volta para o interior tanto porém quanto para o exterior (como a gótica, que sob este aspecto atinge realmente um grau de plena identidade entre os dois planos, Exterior e Interior - pelo menos na catedral) e que visa proporcionar não só uma experiência do Espaço Privado Construído como também do Espaço Comum Construído, não é tão tranqüila a afirmação de que a arquitetura de hoje procura um equilíbrio entre interior e exterior, particularmente no que diz respeito ao eixo construído não-construído e ao Espaço Comum. De modo cada vez mais acentuado, o que se constata é uma proposição maciça de Espaços Comuns Construídos, especialmente sob a forma de estádios ou clubes esportivos. A praça como experiência de livres encontros humanos é de uma inexistência
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