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FICHAMENTOS – HISTÓRIA DA ARTE E DA ARQUITETURA II

Por:   •  19/12/2018  •  2.848 Palavras (12 Páginas)  •  428 Visualizações

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1.2 O monastério, a primeira civitas Dei medieval

Monastério: a tentativa de cidade de Deus na Terra.

Homens como os anacoretas negam a si mesmo, se isolam para libertar do pecado, para buscar a própria civitas dei. Com o tempo, pequenas comunidades se formaram com esse objetivo, regidas pelo ora et labora de São Bento. Ocorre mais no séc. X, quando comunidades anteriores aderem ao Beneditismo, configurando um tipo arquitetônico: Ordem Cisterciense, uma ordem religiosa monástica católica beneditina reformada. Recebe este nome por estarem em clausuras, cercadas; minicidades, como o Monastério de Cluny

Nessas abadias os monges (sociedade monástica) estudavam, trabalhavam e oravam em prol do sagrado e do profano. Um verdadeiro centro urbano de colonização. Estima-se que o número de monges ligados à Abadia chegou a 10 mil espalhados em 1.450 casas clericais.

Importância religiosa: peregrinações.

Exemplos: monastério de Obona e Valdedios. Albergues de peregrinos.

Como são albergues, são locais denominados diferentes: núcleo eclesiástico e núcleo de convento. Estes conjuntos estavam assentados de maneira ordeira, próximos a vales férteis, protegido e com água canalizada e em seu complexo contendo: 1 igreja de 3 naves e 3 absides semicirculares, destacando a VOLUMETRIA do conjunto, edifícios para moradia e religião.

A dominação territorial dos monastérios partiu de dentro para fora, com uma demonstração arquitetônica da urbanização gradual decorrente do "claustro, pátio, horta, campo cultivado, mata, área cercada e bosque"

1.3 A Civitas Dei e a Estrutura Urbana Medieval

Séc. XIII, Alfonso X, define no Codigo Castelhano Las Partidas, o que seria uma cidade: todo lugar fechado por uma muralha, com os arrabaldes e edifícios que há neles. Parte de dentro mais urbana versus parte de fora; arredores. Esse "fora urbano" tem três definições em 3 idiomas: o arrabal espanhol, bunlieue francesa, hinterland inglês. O espanhol é comercial; o francês jurídico; e o inglês territorial. Estes dialogam com o "dentro" para formar o urbano.

O limite entre eles seria o portal, ponto onde há mercados ou feiras. Caminho interno e externo, os que se ligam, formam a rede viária. O público e o privado se unem. Praças são extensões das ruas, não são segregadas. Este conjunto gera a trama orgânica. Mas, o que seria trama orgânica? Mais próxima possível de um caráter natural.

As cidades medievais possuem variabilidade, mas possuem certos tipos gerais. Existem as cidades de fundação nova e fundação histórica.

1 - A cidade de base histórica: Assentada em terreno romano, planta quadriculada antiga, englobando os burgos dos arredores, até formar organismos mistos que deformam a planta quadriculada.

Cidades episcopais de base romana: Florença, Barcelona, Leon, colônia, Viena.

Cidades monásticas: de origem de cidades nascidas "de dentro para fora", dos claustros, um sistema urbano regido pela igreja católica.

2 - A cidade de fundação nova: crescidas em bases antigas, porém, com caráter espontâneo da construção e da organização urbana. Estas nascem do “Renascer comercial, nova economia de intercâmbio mercantil ou cultural como diretrizes para o seu desenvolvimento urbano. ” (PEREIRA; p.99)

1.4 A Alternativa Islâmica

Pode soar estranho, mas os muçulmanos, assim chamados os seguidores do islamismo, cujo Senhor Deus é Alah, já ocuparam a região sul da Espanha, na invasão da Península Ibérica onde, até hoje, se encontra vestígios de sua arquitetura.

O islã possui um caráter quase totalitário e um desejo controlador. Encontrou na Medina seu moo de expressão próprio de adoração e organização urbana. A trama é "confusa" e sem um ritmo para a distribuição das construções. A cidade desenvolvia-se num caráter centrípeto e introvertido, diferente da Igreja católica que tinha desejo expansionista.

Esquema comparativo entre ambas:

[pic 5][pic 6]

2 A CABANA CRISTÃ

Livro: PEREIRA, José Ramón Alonso. Introdução à História da Arquitetura; Bookman; Edição: 1ª (24 de novembro de 2009)

2.1 A relação entre igreja e cidade

Para analisar e definir as características arquitetônicas de um período, seleciona-se edifícios-destaque. Entretanto, num período de tantos séculos, mutações nas edificações são inevitáveis, como o caso dos torreões. “Não são objeto abstrato e imutável”.

A Arquitetura cristã, sendo um complexo, segue esta lógica de expansão temporal: catedrais, monastérios, casas e castelos. O complexo fazia parte e comandava a cidade. Ambas cresciam juntas, com a potência da cidade e a função da Catedral.

A Cabana Clássica, o templo grego, possuía grandiosidade e lembrava aos cidadãos da necessidade de manter a “boa conduta”. Seu exterior era apreciativo e contemplativo. Já a cabana cristã influenciava e condicionava a expressão externa e estas vêm do interior. Ou seja, decisões internas refletem na cidade.

2.2 A Basílica Paleocristã

Remanescente da Basílica Romana, cuja função era administrativa, a basílica paleocristã será a base para s igrejas atuais. Por sua vez, ambos embasados arquitetonicamente na stoa grega, devido à adição de uma cobertura e delimitação de paredes no entorno do paralelismo das colunas. As basílicas podem manter a mesma forma, mas suas funções não, mudando o modo de usar o espaço.[pic 7]

Basílica Romana:

- Simetria nos dois eixos.

- Colunata frente a frente

- Abside frente à abside

- Função: Edifício

Mudança na nomenclatura após a mudança da função e posição de elementos: espaço basilical ou nave central (stoas ou naves laterais), êxedra (abside ou presbitério). Como u corpo e cabeça, o espaço basilical e o presbitério, o “ombro” (transição) e o “arco do triunfo”,

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