FICHAMENTO DO LIVRO “COMPLEXIDADE E CONTRADIÇÃO EM ARQUITETURA”
Por: SonSolimar • 15/6/2018 • 1.836 Palavras (8 Páginas) • 670 Visualizações
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“A convenção irônica é relevante para o edifício individual e para a paisagem urbana. Reconhece a condição real de nossa arquitetura e seus status em nossa cultura.” (Pág. 50)
CAPÍTULO 7 – A contradição adaptada.
“A contradição adaptada é tolerante e flexível. Admite improvisação.” (Pág. 54)
“Contém contrastes violentos e oposições intransigentes. A contradição adaptada termina num todo que talvez seja impuro. A contradição justaposta termina num todo que talvez esteja por resolver.” (Pág. 54)
“Os ritmos consistentes e dominantes no edifício da Embaixada tendem a negar as complexidades circunstanciais dentro de seu programa moderno e a expressar a pureza seca de uma burocracia cívica.” (pag. 59)
“Já vimos como Le Corbusier concilia intimidade a arquitetura com as necessidades excepcionais do automóvel na Villa Savoye (84). Mas a ordem de Wright não permite inconsistências: a ponte é perpendicular e análoga à ordem da casa, e o caminho curvo dos automóveis não é levado em consideração. (Pág. 63)
CAPÍTULO 8 – A contradição justaposta.
“Se a contradição adaptada corresponde ao tratamento com luvas de pelica, a contradição justaposta envolve o tratamento de choque.” (Pág. 67)
“Mas essas contradições na experiência visual são ainda mais ricas quando nos acercamos do edifício e entramos nele.” (Pág. 69)
“As ordens clássicas favorecem uma outra espécie de adjacência contrastante quando a ordem gigante é justaposta à ordem menor e a proporção mantém-se constante, independente das dimensões.” (Pág. 72)
“Ordens gigantes em relação com ordens menores expressam contradições de escala na mesma construção, e a série de pilastras sobrepostas na arquitetura barroca sugere profundidade espacial numa parede plana.” (Pág. 76)
“A grande escala pública e a ordem rígida do exterior contrastam nitidamente com os pequenos padrões em escala privada requeridos no interior. Esse jogo de aberturas é discordante, por vezes, em ritmo e escala.” (Pág. 80)
“Na arquitetura moderna, as justaposições contraditórias de escala envolvendo elementos imediatamente adjacentes são ainda mais raras do que as superadjacências.” (Pág. 84)
“[...], mudanças maciças de escala são verificadas em nossas cidades, mas elas costumam ser mais acidentais do que propositais [...].” (Pág. 88)
CAPÍTULO 9 – O interior e o exterior
“O contraste entre o interior e o exterior pode ser uma importante manifestação de contradição em arquitetura. Entretanto, uma das poderosas ortodoxias do século XX consiste na necessidade de continuidade entre eles: o interior deve expressar-se no exterior.” (Pág. 89)
“Um edifício pode incluir coisas dentro de coisas, assim como espaços dentro de espaços.” (Pág. 92)
“Essencialmente, a planta de Le Corbusier da Villa Savoye exemplifica um acúmulo de complexidades dentro de uma estrutura rígida.” (Pág. 96)
“Contenção e complexidade também têm sido características da cidade. Muralhas fortificadas para proteção militar e o cinturão verde para proteção civil são exemplos desse fenômeno.” (Pág. 98)
“Os múltiplos domos do barroco representam, em corte, camadas análogas porém desligadas. Através de seus oculi centrais, é possível ver espaços além de espaços.” (Pág. 101)
“Na arquitetura moderna, Johnson foi quase único em enfatizar múltiplos recintos dentro de recintos em planta e corte.” (Pág. 104)
“Kahn citou mais as modificações de luz do que a expressão espacial de recintos fechados como motivo para as camadas contrastantes.” (Pág. 105)
“Revestimentos independentes deixam espaços de entremeio. Mas o reconhecimento arquitetural desses espaços intermediários varia.” (Pág. 108)
“[...] A arquitetura deve ser concebida como uma configuração de lugares intermediários claramente definidos. Isso não implica uma transição contínua ou um adiantamento sine die no que diz respeito à ocasião.” (Pág. 111)
“A contradição ou, pelo menos, o contraste entre o interior e o exterior é uma característica essencial da arquitetura urbana mas não é unicamente um fenômeno urbano.” (Pág. 115)
“E, ao reconhecer a diferença entre o interior e o exterior, a arquitetura abre a porta, uma vez mais, para um ponto de vista urbanístico.” (Pág. 119)
CAPÍTULO 10 – O compromisso para com o todo difícil.
“Uma arquitetura de complexidade e acomodação não abandona o todo.” (Pág. 121)
“O difícil todo numa arquitetura de complexidade e contradição inclui multiplicidade e diversidade de elementos em relações que são inconsistentes ou, no plano perceptivo, estão entre as espécies mais fracas.” (Pág. 121)
“A inflexão em arquitetura é o modo como o todo é subentendido pela exploração da natureza de cada uma das partes, mais do que por sua posição ou por seu número.” (Pág. 124)
“Quando nos colocamos perto o bastante para ver um elemento menor de inflexão, precisamos às vezes girar quase cento e oitenta graus a fim de ver sua contraparte a uma grande distância.” (Pág. 128)
“A inflexão acomoda tanto o todo difícil de uma dualidade quanto o mais fácil todo complexo. É um modo de resolver uma dualidade.” (Pág. 131)
“A arquitetura moderna tende a rejeitar a inflexão em todos os níveis de escala.” (Pág. 133)
“Se a inflexão pode ocorrer em muitas escalas – desde um detalhe de um edifício até um edifício inteiro -, pode também conter vários graus de intensidade.” (Pág. 134)
“O todo, que é denominado por relações hierárquicas das partes, mais do que pela natureza inflexiva inerente às partes, também pode ser uma característica da arquitetura complexa. A hierarquia está implícita numa arquitetura de muitos níveis de significado.” (Pág. 138)
“Mas um relacionamento mais ambiguamente hierárquico das partes não inflectidas gera um todo perceptivo mais difícil. Esse todo
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