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PROJETO DE ARQUITETURA - CASA DE CAMPO

Por:   •  24/8/2017  •  952 Palavras (4 Páginas)  •  594 Visualizações

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Brandi, se opõe à Viollet-le-duc. Não aceita intervenções fantasiosas, mas defende a restauração como maneira de devolver a eficiência e vitalidade à obra, desde que todas as intervenções atuais possam ser percebidas e diferenciadas da obra original. Assim, Brandi interviria mantendo a pátina como passagem da obra de arte no tempo, no entanto, admite a sua limpeza para manutenção, e até mesmo o acréscimo de outros elementos, caso necessário.

Conservação da obra

Assim, é o estado de conservação da obra de arte no momento da restauração que irá condicionar e limitar a ação restauradora, a qual deverá, sob o ponto de vista da instância histórica, “limitar-se a desenvolver as sugestões implícitas nos próprios fragmentos ou encontráveis em testemunhos autênticos do estado originário” (p. 47). E em relação à instância estética, os limites da ação do restaurador estão postos em função da matéria original da obra e de sua definição mesmo como obra de arte, pois “a unidade figurativa da obra de arte se dá concomitantemente com a intuição da imagem como obra de arte” (p. 46).

O que deve guiar a intervenção é, portanto, um juízo crítico de valor: “O julgamento do valor dos elementos em causa e a decisão quanto ao que pode ser eliminado não podem depender somente do autor do projeto”. Daí a afirmação da restauração como processo coletivo, que não pode depender do gosto ou do arbítrio de um único indivíduo, antes deve ser sustentado por profundos conhecimentos, seja do ponto de vista da técnica a ser empregada, seja do ponto de vista humanístico, relacionado com o domínio da história, estética e filosofia, sem os quais não se pode assegurar a legitimidade das escolhas efetuadas nos procedimentos de restauro.

Brandi define ainda como princípios para intervenção restauradora mais dois aspectos fundamentais:

1º. “a integração deverá ser sempre e facilmente reconhecível; mas sem que por isto se venha a infringir a própria unidade que se visa a reconstruir” (p.47);

2º. “que qualquer intervenção de restauro não torne impossível, mas, antes, facilite as eventuais intervenções futuras” (p. 48).

Para Brandi a restauração e um ato crítico-cultural do presente e, portanto, condicionado pelos valores do presente, tanto para sua geração quanto para as futuras.

Referências Bibliográficas:

- BRANDI, Cesare. Teoria da Restauro. Apresentação Giovanni Carbonara. Cotia, SP: Ateliê Editorial, 2004.

- VIOLLET-LE-DUC. Eugène Emmanuel. Restauração. Tradução e comentários de Betriz Mugayar Kühl. Cotia, SP: Ateliê Editorial, 2007.

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