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Relatório Psicologia e Educação

Por:   •  11/6/2018  •  6.355 Palavras (26 Páginas)  •  368 Visualizações

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político

dos estudantes na escola. Algumas propostas deste projeto são: proibir a escola de falar sobre

religiões; impedir os professores de transmitir conteúdos que estejam em desacordo com a

educação e a crença religiosa dos pais; denunciar professores que estejam se posicionando de

forma política e partidária na escola.

Ademais, o projeto limita ou impede discussões sobre relações étnico-raciais e sobre

gênero, dentre outros temas que estruturam a sociedade e que apresentam forte relação com

violências praticadas nela. Além da Escola sem partido, há a PEC 241 (Proposta de Emenda

Constitucional 241), a qual pretende congelar as despesas do governo federal, com cifras

corrigidas pela inflação, nos próximos 20 anos. Esta medida abala principalmente a saúde e a

educação, posto que essas áreas já sofrem por reconhecido subfinanciamento.

A equipe anterior fez uma vasta pesquisa e explanação sobre educação inclusiva,

salientando aspectos legais em relação à temática, como a Lei de Diretrizes e Bases, que coloca

como dever do Estado a garantia do acesso e permanência dos estudantes com deficiência na

escola, preferencialmente na rede regular de ensino.

Observa-se a importância, para o cumprimento deste direito constitucional, de planos

pedagógicos inclusivos e adaptados à realidade dos estudantes, garantindo que eles aprendam e

se desenvolvam, posto que incluir não significa apenas colocar a pessoa na escola. Assim, a

inclusão requer a realização de adaptações, como alterações curriculares. Como foi pontuado no

relatório do grupo anterior: para atender as individualidades dos estudantes é “ preciso recriar um

modelo educativo com ensino de qualidade e que diga não à exclusão física, sensorial, social,

econômica e cultural” (sic).

Comumente, nas escolas públicas, a inexistência de estagiários e monitores representa

uma dificuldade para a efetivação da inclusão. Em tese, os monitores colaborariam com a

atenção mais individualizadas para os alunos de inclusão, a qual, por causa do número de alunos

em sala de aula e da necessidade de seguir o cronograma de conteúdo pedagógico, é difícil de

ser feita pelo professor.. Dessa forma, o aluno de inclusão entra na escola, mas não é incluído

verdadeiramente, por não conseguir acompanhar o conteúdo de sala e responder as avaliações

das disciplinas. Neste sentido, a inclusão é um tema importante a ser trabalhado na escola, e a

equipe anterior disponibilizou uma lista de materiais de suporte para discussões sobre a temática.

O grupo anterior fez o trabalho com base na pesquisa-ação. Eles iniciaram as atividades

na Escola Municipal Hildete Lomanto, porém a escola entrou em greve e isso impossibilitou a

continuação dos trabalhos. Assim, o grupo passou a atuar na Escola Visconde de Cairú. Nesta

escola, foram realizadas conversas informais com funcionários e estudantes para elaborar o

roteiro de perguntas, sendo estas as principais perguntas: Quais aspectos positivos a escola tem?

Qual a principal dificuldade da escola? Existe o Projeto Político Pedagógico na escola?

A equipe anterior realizou 10 entrevistas, e dentre os entrevistados estão a diretora geral,

1 vice-diretora, 2 professores, 1 porteiro e 15 estudantes. A organização dos dados foi feita a

partir de pontos positivos e negativos. Por meio dos dados, a equipe percebeu a necessidade de

trabalhar a inclusão na escola. Na devolutiva feita à equipe da escola, o grupo apresentou três

propostas de intervenção:

Proposta 1: “Nós e a escola: O espaço que desejamos ter” - visa estimular o debate sobre qual

escola se quer construir e propor ações concretas para transformá-la no que se deseja que ela

seja.

Proposta 2: Disponibilizar uma lista de rede de instituições que ofertam atendimento e

acompanhamento psicológico ( O grupo anterior já disponibilizou essa lista à escola).

Proposta 3: “ Educação para todo mundo: repensando a educação inclusiva” - objetiva estimular

o estudo e debate do tema pelos atores da escola. (Uma lista de referências bibliográficas sobre

inclusão foi sugerida pelo grupo anterior para realização dessas atividades).

A partir dos dados e pesquisas realizadas pela equipe que nos antecedeu, fomos conhecer

a Escola e tentar confirmar os dados já coletados para iniciar as propostas de ação. Contudo, ao

entrevistarmos a diretora, coordenadora, alguns professores e alguns alunos, percebemos que

outros fatores, além da inclusão, poderiam ser trabalhados na escola. Assim, partimos para fazer

novas entrevistas e focar nas opiniões dos estudantes, pois a equipe anterior focou sua atuação

nos funcionários, professores e diretores.

Por meio de conversas informais com os estudantes, tivemos acesso a informações que

indicavam haver preconceito de professores direcionados a estudantes.

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