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Aplicação da Metodologia QBR-Qualidade dos Habitats Ripários num troço do Rio Lima

Por:   •  27/9/2017  •  2.024 Palavras (9 Páginas)  •  963 Visualizações

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-Área agro-florestal não muito expressiva, espaço florestal dominado por povoamentos de pinheiro e folhosas.

-Agricultura sem grande expressão, minifúndio com dominância dos sistemas de produção com policultura. A produção de forragens, cereais, sobretudo para auto utilização, e a vinha assumem particular destaque; de notar um número significativo de explorações especializadas na produção de vinhos de qualidade.

-Pesca artesanal no Rio Lima, a pesca da lampreia no estuário do Rio Lima é uma atividade com algum impacto social e económico, que serve de base para muitos dos pratos típicos da cozinha minhota.

-Proporciona a prática de desportos aquáticos como o jet-ski, a vela, o remo, a canoagem, a pesca ou simplesmente um passeio de barco, com partida da Marina.

3.2-Caraterização das zonas em estudo

Estas zonas estão classificadas numa lista nacional de sítios de uma rede ecológica europeia, conhecida por Rede Europeia Natura 2000,são caraterizadas por formações geológicas e ínsuas junto ao estuário do Rio Lima com vegetação herbácea típica de sapal, coexistindo com extensas orlas de areia, faixas marginais por vezes arenosas e com galerias ripícolas desenvolvidas ou transformadas em áreas agrícolas férteis.

Na realidade, a paisagem desta zona de estudo é caraterizada por uma estrutura onde é clara uma dominância de espaços agrícolas na envolvente do rio, mas com a presença em alternância de pequenas áreas florestais. No fundo trata-se de uma paisagem bastante humanizada com uma distribuição de povoamento difuso ao longo do curso do Rio Lima.

3.2.1- Troço 1

O troço número um apresenta grandes perturbações antrópicas sendo que o numero de árvores de grande porte é muito reduzido ou quase inexistente e mostra-se poluído por resíduos de consumos humanos. Apresenta grande erosão dos solos e uma instabilidade nas margens do Rio Lima onde o lodo e a abundancia de inertes é bastante constante.

Análise com aplicação do índice QBR nesta zona ribeirinha

1-Grau de cobertura da zona ribeirinha:0

2-Estrutura da cobertura: 0

3-Qualidade da cobertura vegetal:0

4-Grau de naturalidade do Canal fluvial:5

Classificação: V (Péssima qualidade)

[pic 2] [pic 3]

3.2.2- Troço 2

O troço número dois inicia-se com a presença de pequenos terrenos privados com finalidades de produção minifundica e pastoreio divididos por muros de pedra. Nestas margens existe uma grande concentração de helófitos visto que o declive das margens acentua-se muito em relação ao primeiro troço. Depara-se com a presença da Zantedeschia aethiopica que apesar de agradar á visão, esta tem um caracter invasor e foi introduzida por pessoas que as usam na decoração de jardins. Também é notável a presença espaçada de alguns Quercus suber mas a predominância é para as silvas silvestres (Rubus fruticosus).

Análise com aplicação do índice QBR nesta zona ribeirinha

1-Grau de cobertura da zona ribeirinha:5

2-Estrutura da cobertura: 15

3-Qualidade da cobertura vegetal:40

4-Grau de naturalidade do Canal fluvial: 0

Classificação: III(qualidade aceitável)

[pic 4] [pic 5]

3.2.3- Troço 3

O troço número três apresentar campos de cultivo através de uma Agricultura sem grande expressão, minifúndio com dominância dos sistemas de produção com policultura. A Mancha florestal predominante é muito densa, onde a espécie predominante é o eucalipto (Eucalyptus), mas avistam-se em pequenas quantidades junto do leito Salgueiro Branco (Salix alba), Freixo (Fraxinus excelsior) Carvalho Alvarinho (Quercus róbur), Sobreiro (Quercus suber) Silvas silvestres (Rubus fruticosus) e as herbáceas como por exemplo fetos (Nephrolepis cordifólia). A nível de plantas invasoras existe a Acácia-Austrália (Acacia melanoxylon), é uma angiospérmica, dicotiledónea, nativa da Austrália e continuam presentes, muito espaçadamente os bonitos jarros (Zantedeschia aethiopica) .

É marcada pela presença de um moinho abandonado e pela represa no leito do rio.

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Análise com aplicação do índice QBR nesta zona ribeirinha

1-Grau de cobertura da zona ribeirinha:15

2-Estrutura da cobertura: 10

3-Qualidade da cobertura vegetal:40

4-Grau de naturalidade do Canal fluvial: -10

Classificação: III (qualidade aceitavel)

[pic 6] [pic 7]

3.2.4-Troço 4

O troço número quatro contínua apresentar uma mancha florestal muito densa de eucalipto (Eucalyptus), sendo em termos de biodiversidade de espécies muito semelhante ao troço 3.

Análise com aplicação do índice QBR nesta zona ribeirinha

1-Grau de cobertura da zona ribeirinha:15

2-Estrutura da cobertura: 10

3-Qualidade da cobertura vegetal:15

4-Grau de naturalidade do Canal fluvial:-10

Classificação: IV ( Má qualidade)

[pic 8]

3.2.5-Troço 5

O troço número cinco termina com a grande mancha florestal de eucalipto (Eucalyptus), presente desde o troço 3. Aqui avistam-se junto do percurso a Oliveira (Olea europaea L.) pela primeira vez mas não deixam de estar presentes espécies como: Salgueiro Branco (Salix alba), eucalipto (Eucalyptus), Freixo (Fraxinus excelsior) Carvalho Alvarinho (Quercus róbur), bétula celtibérica (Betula),Sobreiro

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