Rio Tinto: um projeto que quase deu certo
Por: Salezio.Francisco • 9/10/2017 • 973 Palavras (4 Páginas) • 940 Visualizações
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Imagem 2: estatua de Frederico Lundgren e placa fincada no monumento
A fábrica recebeu a visita em 1930 de Getúlio Vargas. O prestígio do Grupo Lundgren era então imenso. A Companhia de Tecidos de Rio Tinto teve seu apogeu no começo da década de 1960, quando realizou exportações para a Europa e os Estados Unidos. Nessa época, Rio Tinto tinha então uma das maiores arrecadações tributárias do interior nordestino.
No período da Segunda Guerra Mundial a Companhia se deparou com algumas tensões como o quebra-quebra de alguns operários que queriam expulsar os alemães. Especulou-se até que os Lundgren dariam refúgio ao líder nazista Hitler.
Em 1946 morre Frederico João Lundgren e seu irmão Arthur assume a direção, procurando mudar os mecanismos de gestão empresarial então vigentes, suprimindo muitos dos benefícios até então concedidos à classe operária, como moradia e alimentação a custos irrisórios. Greves então se instalaram e os trabalhadores recorriam à justiça trabalhista em busca da preservação de seus direitos. Além disso, não houve modernização no maquinário da fábrica, o que afetava a produtividade. A Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) de 1943 e as mudanças trazidas pelo Estado Novo (1937–1945) foram o golpe final na manutenção da administração coronelista da Companhia.
Em 1963, um ex-operário da fábrica, o torneiro mecânico Antonio Fernandes de Andrade, consegue elege-se prefeito municipal de Rio Tinto contra os interesses dos antigos patrões.
Com a morte do idealizador da Companhia Têxtil de Rio Tinto, a desastrosa administração do irmão Artur Lundgren e a não atualização do seu maquinário para poder competir com as outras empresas, a Fábrica fecha as portas e sem manutenção vai se transformando em ruínas devido ao avanço tempo, com suas imponentes chaminés no centro da cidade que foi projetada para tornar real o sonho de um homem ousado.
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