Psicologia comunitária
Por: Ednelso245 • 16/6/2018 • 1.223 Palavras (5 Páginas) • 380 Visualizações
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2.3 – Dificuldades enfrentadas pelo psicólogo comunitário
As dificuldades encontradas pelos psicólogos para a realização da Psicologia nas Unidades Básicas de Saúde no país são consequência da inadequação da sua formação acadêmica para o trabalho no setor, do seu modelo limitado de atuação profissional, e da sua dificuldade de adaptar-se às condições de perfil profissional exigido pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
De acordo com Silva (1992) apud Dimenstein (1998, p.22),
Os métodos e as técnicas privilegiados na formação do profissional do psicólogo, em geral importados de outras realidades, têm sido pautados em valores sociais completamente diversos do das populações que se apresentam nas instituições públicas.
Sabe-se também da predominância no campo da Psicologia em que o indivíduo é tratado como um ser desvinculado do seu contexto social, como se todos os membros da espécie humana fossem iguais em qualquer época, em qualquer lugar. Entretanto, a sociologia e a antropologia vêm mostrando há algum tempo a não existência de uma “natureza humana”, a não universalidade dos modelos de ideias essencialistas entre os saberes “psi”, e que eles podem não só variar de uma cultura para outra, mas também entre as classes sociais.
Campos conclui com uma pequena reflexão.
Todos os que já viveram, ou tiveram algum contato com comunidades, sejam quais forem, sabem muito bem que todas elas possuem um “saber”, que em princípio não é nem pior, nem melhor, que o nosso; é apenas diferente. (CAMPOS, Regina Helena de Freitas, 1996, p.99).
Qualquer atividade que venha a ser desenvolvida com estes grupos devem ter em mente duas coisas:
- Respeito pelo “saber” dos outros. Isso exige que comece por prestar atenção não apenas ao que as pessoas dizem, mas também ao que as pessoas fazem. Mas isso só pode ser feito conforme formos inserindo nas comunidades.
- Incluir no projeto, o diálogo e a partilha de saberes, e a capacidade das próprias comunidades se administrarem, já que são eles que lá vivem. De uma maneira geral qualquer pessoa que vá prestar serviços, não deve nem pode retirar das comunidades a liberdade e a autonomia de seus membros. É uma troca de saberes e experiência onde deve haver participação de todos.
3 – Conclusão
Conclui-se então que psicologia comunitária deu-se através da necessidade de proporcionar autonomia para uma sociedade, de formar indivíduos críticos com consciência de si e de uma nova realidade social. Fazer psicologia comunitária é estudar as condições que impedem o homem de ser sujeito numa comunidade, é promover a passagem da consciência de classe em si a consciência de classe para si, favorecendo a “tomada de consciência”, e a organização da população para a reivindicação de bens em prol da comunidade em que vive. E que cada vez mais a realidade vem mudando, o psicólogo comunitário que antes era visto como educador social, como assistente social e até como clinico fora do consultório, agora passa a ser “militante” e ganha espaço nas unidades básicas de saúde.
4 – Abstract
This paper aims to reflect on the work done by psychologists in Basic Health Units (BHU). Trying to understand the process of origin, theories and methods of community psychology in work done in low-income communities and the factors that favored its inclusion in public health services.
Keywords: Community Psychology. Basic Health Units. Community. Low income.
5- Referências
CAMPOS (org.), Regina Helena de Freitas. Psicologia social comunitária: Da solidariedade á autonomia. – Petrópolis, RJ: Vozes, 1996.
http://www.scielo.br/pdf/%0D/pe/v6n2/v6n2a07.pdf. Acesso em 13 de agosto ás 21:44
https://psicologado.com/atuacao/psicologia-comunitaria/uma-reflexao-sobre-a-psicologia-social-comunitaria. Acesso em 03 de setembro ás 20:33
http://www.scielo.br/pdf/%0D/epsic/v3n1/a04v03n1.pdf. Acesso em 03 de setembro as 23:37
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